31 de dezembro de 2018

O ano em revista.


   Mais um ano que agora finda. Dois mil e dezoito teve tanto de bom quanto de mau. Nos primeiros seis meses, dediquei-me a explorar Lisboa e arredores, nos seus museus e monumentos. Conheci todos os museus e grande parte dos monumentos - preparai-vos, que virão novidades agora em Janeiro. Nos últimos seis meses, tive um grande contratempo, que não explorei em qualquer rede social, e que não o farei, porque, ao contrário do que muitos julgarão, só partilho o que quero, e regressei à faculdade, cujo semestre terminei como um dos melhores alunos a determinada disciplina - Processo Penal.

   Vamos, então, revisitar 2018 - já sabem que poderão reler cada publicação clicando na respectiva hiperligação: logo a iniciar o mês, debrucei-me sobre os dez anos do blogue, um decénio de muitas aventuras e mudanças. Recordo-me de me propor a republicar um texto antigo todos os meses. Acabei por desistir da ideia porque a apatia da blogosfera torna qualquer esforço um mal evitável. No primeiro fim-de-semana do mês, fui ao Museu da Marinha e ao MAAT, no primeiro dos meus cultural sundays. No segundo fim-de-semana do primeiro mês do ano, visitei o Palácio da Ajuda, que não conhecia. Última visita de Janeiro, a Igreja de Santa Engrácia, um dos nossos panteões nacionais, e o Museu Nacional de Arqueologia. Pelo meio, no dia 20, fui convidado a comparecer numa palestra da Nova Portugalidade, subordinada ao tema d'Os Jesuítas em Portugal: um projecto do tamanho do mundo.

   Fevereiro começava com um sol radioso, e logo pelo dia 4 fui ao Mosteiro de São Vicente de Fora e ao Museu Nacional de Etnologia. No fim-de-semana seguinte, tive o Jantar da Amizade, habitualmente por aqueles dias, e passei pelo Museu Nacional de Arte Antiga (sobretudo pela exposição sobre o arquipélago da Madeira). Revi o Call Me By Your Name, um filme que me deu a conhecer o Timothée Chalamet, que adoro. Na terceira visita do mês, decidi-me pelo Museu do Azulejo e pelo Museu da Água. Vi o Forma da Água, que adorei. Na minha sétima visita desde o início do ano, optei pelo Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado e pelo Mosteiro dos Jerónimos. As idas ao cinema ainda há pouco haviam começado. Num ápice, vi o The Post, o I, Tonya e o The Florida Project. No último fim-de-semana do mês mais curto do ano, fui ao Museu Nacional de Arte Popular, subi ao Padrão dos Descobrimentos e passei pelo Jardim Tropical de Belém. Antes, todavia, de o mês findar, mais duas sessões de cinema: Three Billboards Outside Ebbing, Missouri e Phantom Thread.

   Março, primavera quase a despontar, mas ainda com muito frio. Para começar, a recriação das horas mais difíceis de Churchill na II Grande Guerra, com Darkest Hour. Dois dias depois, um filme de guerra, também ambientado no mesmo conflito: Dunkirk. Tantos filmes só poderiam culminar com a minha crónica sobre os Oscars de 2018. Na primeira visita deste mês de Março, a escolha recaiu sobre o Museu de São Roque e a Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva, num domingo que não esquecerei pela molha que apanhei à saída da fundação. Tempo ainda de ver Lady Bird, que acabara de estrear, seguido de Get Out. Na segunda visita do mês, fui a três museus: Museu do Aljube, Museu do Teatro Romano e Museu de Santo António. Pelo meio, um filme sobre a triste realidade do bullying homofóbico, Marvin. Antecipando um pouco as visitas culturais, no dia 16 de Março fui ao Museu do Oriente, em Alcântara, que adorei. No domingo seguinte, três visitas: Museu do Fado, Atelier-Museu Júlio Pomar e Lisbon Story Centre. Tempo de mais dois filmes, Final Portrait, com Armie Hammer, que tantos deixou loucos, e Red Sparrow, uma desilusão. Para encerrar o mês, no que às visitas diz respeito, três visitas: Museu Bordalo Pinheiro, Museu da Cidade e Museu do Centro Científico e Cultural de Macau, também em polos opostos da cidade. Dois filmes deram o mês por concluído, efectivamente: Maria Madalena Hostis.

  Abril, águas mil, com um Março que já havia sido chuvoso. Na primeira visita do mês, Casa Fernando Pessoa e Museu Colecção Berardo. Mais cinema, para não perder o hábito, com 7 Days in EntebbeCinema Paradiso, que se converteu num dos meus filmes preferidos. Num mês chuvoso, nada como visitar o Museu de Farmácia e o Reservatório da Mãe d'Água das Amoreiras, o que fiz no dia 7. O pior filme a que assisti, no cinema, foi em Abril, sim, e chama-se Manifesto. De fugir. A visita que se seguiu contemplou três locais: a Fundação Ricardo Espírito Santo, no Palácio Azurara, o Museu de História Natural e da Ciência, com o seu Jardim Botânico, e o Reservatório da Patriarcal. O mês continuou concorrido, entre visitas e cinema. Seguiu-se A Maldição de Casa de WinchesterSoldado Milhões, sobre o percurso pessoal do bravo Aníbal Milhais, que se distinguiu pelos seus feitos no CEP da I Guerra Mundial. Penúltimo fim-de-semana do mês, com uma passagem pelo Museu do Dinheiro e pelo Museu da Música. Houve tempo ainda para uma crónica sobre o 25 de Abril. No derradeiro final de semana do mês do meu aniversário, escolhi o Aqueduto das Águas Livre, o Museu da GNR e o Museu Arqueológico do Carmo.

   Maio começou com uma comédia sobre a morte de Stalin. Para variar, o filme que se lhe seguiu fiz questão de ver no Nimas, sobre Callas, Maria Callas. No dia 3, assinalei o décimo aniversário do blogue - dez anos que se passaram num piscar d'olhos. A polémica com o futuro Museu dos Descobrimentos estava ao rubro, tendo sido o tema da crónica de dia 6. O tempo começava a ficar progressivamente mais quente. Na primeira das visitas daquele mês, fui à Casa-Museu Medeiros e Almeida e ao Museu da Fundação Portuguesa das ComunicaçõesAll I See Is You foi o filme de dia 9. Midnight Sun, um drama adolescente com interesse. Falou-se de José Sócrates, e dos desenvolvimentos nos casos que o visam, antes de recebermos, pela primeira vez, a organização de uma edição da Eurovisão, que trouxe milhares e milhares de turistas a Lisboa. No mesmo dia do certame, e arriscando, pus os pés a caminho, com uma visita ao Museu Geológico de Lisboa e ao Museu da Carris, passando, entretanto, pela Capela de Santo Amaro. Mais um filme, ambientado, desta feita, no Médio Oriente, Beirut, para viajar até às paisagens britânicas, com The Guernsey Literary and Potato Peel Pie Society. Já com menos azáfama, quando comparando com o fim-de-semana que o precedera, andei pelo Museu do Desporto e pelo Museu da Electricidade. Um filme pesado preenchia as noites de finais do mês, com You Were Never Really Here, com um mais ameno, digamos, poucos dias depois, Submergence. Na última visita cultural do mês, andei pelo Museu do Combatente e pela Torre de Belém. Encerrando as sessões de cinema, How to talk to girls at parties.

   Em Junho, as minhas visitas culturais diminuíram drasticamente, ao ponto de terminarem. Por, sucintamente, três motivos: o tempo já estava bastante quente, tornando as visitas mui cansativas e desgastantes; o Campeonato do Mundo começara, levando-me a acompanhar todos os jogos; em último, haviam sido seis meses, todos os fins de semana. Quis parar. Em todo o caso, comecei logo com uma comédia giríssima, I Feel Pretty. Na penúltima visita cultural do ano, fui à Quinta da Regaleira. Cinema português, no dia 6, com Cabaret Maxime. Passei, inevitavelmente, pela Feira do Livro. Na última visita cultura do ano, fui ao Aquário Vasco da Gama e ao Centro de Arte Manuel de Brito, ambos em Algés. O Campeonato do Mundo / Rússia 2018 começou, levando-me a acompanhar, como gosto, todos os jogos, do primeiro, da fase de grupos, ao último, na final, disputada entre a França e a Croácia. Também as idas ao cinema se ressentiram. Houve uma última, de terror, Hereditário, no final do mês.

    Em Julho, comecei com um filme sobre a temática gayLove, Simon. Regressando às crónicas, achei por bem opinar sobre a trasladação dos despojos mortais de Franco, envolta em polémica. Mais sessões cinematográficas, com Nico, 1988, Lean on PeteMamma Mia! Here We Go Again e, em mais um filme da temática gayDesde Allá. A completar o mês, uma pequena dissertação sobre as incoerências da esquerda.

   Agosto, sol ao rubro e filme péssimo. Gotti figurará entre os piores a que assisti em 2018. Backstabbing for Beginners foi um nadinha melhor, se bem que o passeio pelo Jardim do Torel me soube bem melhor. No dia 16, o mundo despedia-se de Aretha Franklin, após anos de luta contra uma doença do foro oncológico. No mesmo dia, Madonna assinalava o seu 60º aniversário, agora que mora em Lisboa, sendo praticamente minha vizinha. Praticamente. Encerrei o mês com dois filmes: Down a Dark HallSlender Man.

    Em Setembro, e após uns retemperantes dias no sul do país, voltei e associei-me ao MotelX, com o primeiro filme que vi do festival, Unsane. Seguiu-se-lhe um remake do clássico Papillon, com o grande destaque do mês, efectivamente, a incidir no festival de cinema LGBT de Lisboa, o Queer 2018, que acompanhei do início ao fim, com sessões diárias. Foram nove, entre filmes e documentários, traçando, no final, o meu balanço.

   Outubro, já em pleno vapor nas aulas, reflecti sobre o regresso. Ronaldo estava no meio da polémica em torno de um alegado abuso sexual, enquanto Haddad e Bolsonaro se digladiavam pela mais alta magistratura da nação brasileira. Tivemos mais cinema, sim, com SearchingBad Times at the El RoyaleA Star is Born, o aguardado filme de Lady Gaga, e First Man, sobre a campanha norte-americana para levar o primeiro homem, Armstrong, à Lua. No final do mês, Bolsonaro lograva obter a vitória no segundo turno das eleições brasileiras.

   O ano encaminhava-se a passos largos para o final, logo, em Novembro, com dois filmes: um de terror, Halloween, sobre o terrível Michael Myers, Bohemian Rhapsody, o filme sobre Freddie Mercury, que alegrou uns quantos e decepcionou outros tantos, e The Wife, um dos melhores do ano, a meu ver e entre os que vi. Nova crónica, no dia 11, acerca dos cem anos sobre o Armistício que pôs termo à I Guerra Mundial. Cinema alemão, com Dieses Bescheuerte Herz, numa das escolhas do mês. Lisboa já estava preparada para receber o Natal, iluminação que fiz questão de ver em primeira mão, no dia 24. Beautiful Boy, com o meu Timothée Chalamet, se me permitem, encerrou o mês.

   Em Dezembro, procurei direccionar as actividades, tanto quanto possível, para a quadra que celebramos. No dia 9, tive o meu primeiro concerto de Natal, na Aula Magna, que adorei. Os exames não me permitiram actualizar o blogue com a frequência habitual. Em todo o caso, tive um concerto no dia 21, que ainda não me mereceu quaisquer palavras - fá-lo-ei em Janeiro, e o grande Jantar de Natal - Lisboa 2018, no dia 22. Ben is Back, há dois dias, dava também por concluído o ano no que respeita à sétima arte.


   Como facilmente se verifica, 2018 foi um ano preenchido, nos primeiros seis meses, com fins de semana culturais. As sessões cinematográficas perpassaram todo o ano, do início ao fim. O blogue ressentiu-se nas crónicas. Houve menos do que em anos anteriores, uma vez que também privilegiei outras actividades. Não será menos justo atribuir às aulas a responsabilidade por alguma ausência destas lides. Ainda assim, conclui-se mais um ano em que, estoicamente, mantive o padrão que sempre, desde há dez anos, imponho a mim mesmo quanto ao blogue.

   Resta-me agradecer-lhes por me terem acompanhado ao longo destes doze meses. Que o novo ano, a não ser melhor, não seja pior do que este que está a parcas horas de terminar. Excelentes entradas em 2019! Vemo-nos por aí!

A azul, as hiperligações para os artigos correspondentes.

28 de dezembro de 2018

Ben is Back.


   De regresso ao cinema, após a pausa para as frequências, com um filme que me ficou sob a mira após assistir ao trailer. Ter Julia Roberts no elenco principal ajuda, ajuda muito.

   O filme mostra-nos 24 horas da visita de Ben à família, para passar o Natal, vindo do centro de desintoxicação. Nesse curto período de tempo, Holly, a mãe, descobre mais sobre o filho do que em anos. Várias revelações vão surgindo, até, inclusive, a de uma troca de favores sexuais com um professor, visando obter dinheiro para a droga ou para o pagamento de dívidas a ela associadas.

   Mais um filme sobre adição, como Beautiful Boy, o último que tinha visto. Difícil não fazer um paralelismo com este. Beautiful Boy é mais impactante do ponto de vista visual, mais dramático; Ben is Back, talvez por se passar no Natal, que é um filme natalício, retrata o mundo das drogas mais sob o prisma de um dealer, que também é consumidor, e que, mesmo sem o querer, envolve a mãe numa busca incessante pelo seu cão, furtado como forma de retaliação, após uma investida sobre a sua casa. O realizador, Peter Hedges, que por acaso é pai do actor principal, Lucas Hedges, poupou-nos à degradação física e psíquica dos toxicodependentes, muito embora a cena final seja de uma angústia total. Duas maneiras de abordar o mesmo assunto, comungando, ambas, de uma cena de overdose.



   Também, uma vez mais, e numa semelhança com Beautiful Boy, o realizador mostra-nos um rapaz amigo da família, brincalhão, quando limpo. E Roberts, aquela progenitora, bem como em Beautiful Boy, que no caso era o pai, é uma verdadeira mãe-coragem, destemida, impiedosa, quando é caso - atentem no diálogo com o pediatra dos filhos. A raiva está lá, mitigada pela coragem e pela obstinação em não abandonar o filho que tanto dela precisa. Holly culpa-se, ainda, pelo divórcio, indagando-se se o mesmo não terá influenciado, de alguma forma, o comportamento de Ben. Sem descurar o ambiente que os envolve, Holly é confrontada com a realidade, dramática, dos toxicodependentes, quer nos amigos do filho, quer nos locais que ele frequenta. Um retrato de uma realidade com a qual, sociedade, convivemos.

    Uma palavra para Lucas Hedges, que teve um desempenho à altura da classe de Roberts.

24 de dezembro de 2018

Feliz Natal.


   Natal, um substantivo com significados tão díspares, fonte de controvérsia. Há quem o comemore, há quem o considere o expoente máximo do cinismo e do consumismo, há quem o enfrente, e poucos lhe são indiferentes. O ano encaminha-se para o Natal, se repararem, uma vez que se trata do período de união por excelência, quando as famílias se reúnem, que tantas e tantas vezes os seus membros estão afastados por milhares de quilómetros durante os onze meses que o antecedem. É, efectivamente, "the most beautiful time of the year".

  Sem querer cair em lugares-comuns, o mais importante no Natal é a paz e a comunhão com os que queremos. É tempo de fazermos balanços, de pensarmos - não só hoje como nos restantes dias do ano - nas pessoas que nada têm, e são tantas. Nas que o passam, ao Natal, nas ruas. Nas que o passam em hospitais. Nas que o comemorarão pela última vez. Também em Deus, para os cristãos, que se fez carne para que alcançássemos a salvação. Tão pouco se fala de Deus no Natal...

  A todos os meus leitores, aos que o são e aos que o foram, um feliz e santo Natal. 


23 de dezembro de 2018

Jantar de Natal - Lisboa 2018


  Comecemos pelo Jantar de Natal, o evento por que todos esperávamos. O encontro havia sido combinado para 19h:20m. Fui o primeiro a chegar. Aos poucos e poucos, foram-se juntando os demais convivas, um por um, ao local acordado: a Cervejaria Portugália, na Almirante Reis, a clássica.

   Tivemos uma noite com céu limpo, não excessivamente fria, sem aguaceiros. Não poderia ser melhor.



    Veio uma pessoa que ninguém conhecia, nem eu. Este jantar teve, portanto, ao contrário de outros, esse factor surpresa. Uma pessoa que animou a mesa com os seus pontos de vista, que colidiram com outros, apimentando-se o convívio. Foi, talvez, o jantar mais dinâmico, com conversas soltas. Tratou-se vários assuntos, abrangentes, e ninguém se ficou apenas pelas costumeiras conversas da época. A interacção entre os presentes foi o ponto alto.



    No que respeita à comida, a maioria optou pelo fantástico bife com molho à Portugália, a grande especialidade, mas rodaram gambas também. Ainda antes, devorámos as fantásticas entradas que nos disponibilizaram: recheio de sapateira, salada de polvo e, claro, as manteigas da praxe. Nunca vi tão poucos comerem tanto pão. Quatro cestas. Mais, só rogando a Deus para que os multiplicasse - bem a propósito. De sobremesa, não tenho palavras para descrever o delicioso bolo de chocolate quente acompanhado de uma bola de gelado de baunilha, no contraste quente / frio. Que maravilha!



   Após o jantar, jogámos ao tradicional Amigo Secreto. O trato tinha sido cada um trazer um presente simbólico, algo que não fosse caro para não termos uma disparidade entre o que se recebe e o que se oferece. Em todo o caso, houve quem não o cumprisse. Tive sorte, e arrecadei um livro sobre o Eça de Queiroz - felizmente, não era um livro do Eça, que considero um aborrecimento.



   Ainda que pareça um lugar-comum, foi um dos melhores jantares em que participei, e que tive a honra de organizar. O grupo era simpático, pequeno, o que permitiu que todos pudessem conversar uns com os outros. Houve inclusão. Como referi acima, foi um jantar dinâmico. Teve poucos momentos (terá tido algum?) de acalmia. Conversou-se muito, e com qualidade, o mais importante.

   Quero agradecer aos que estiveram presentes. Ano após ano, cada vez mais sinto o apelo para organizar estes jantares de confraternização. O Natal é uma época que me é mui especial. Partilhar o espírito da quadra com outras pessoas é do melhor que há. Tive um verdadeiro presente antecipado: a vossa companhia. Obrigado!

20 de dezembro de 2018

Dear Jesus.


   Lisboa, aos vinte de dezembro de dois mil e dezoito,


   A ti,


   Aproxima-se outro Natal. Estamos a meros quatro dias. Este ano, entretanto, ao contrário dos anteriores, o Natal tem um sabor diferente. Não tenho tido muito tempo para pensar nele, como sabes. As aulas terminaram ontem, e bem, que fui uma das melhores notas da turma a Processo Penal, dispensando o exame de Janeiro. Quero agradecer-Te por isso também. Não fosses Tu, a força que me tens dado, não sei se conseguiria.

  Bem sabes que, este ano, nada mais peço para mim, senão que continues a guiar-me no meu trilho universitário. Peço, sim, pelos meus pais, e sobretudo pela minha mãe. Precisamos ambos de ti, que os últimos seis meses do ano tiveram tanto de bom, - o meu regresso às aulas -, como de mau. Os detalhes ficam connosco.


   Hoje, mais logo, irei às minhas tradicionais compras de Natal. Nada de novo. Encher-me com algumas porcarias que não me fazem falta e que, surpreendentemente, já nem me confortam. Até nisso estou a mudar. Creio que irei comprar mais para oferecer do que para mim, e é isso que subjaz aos presentes, ofertar a quem gostamos, já assumindo que o Natal, verdadeiramente, é tudo menos consumismo e gula. Na sexta, amanhã, terei o meu concerto de Natal e, no sábado, o jantar que estou a organizar, com um grupinho simpático que já confirmou presença. É este o encanto da quadra na qual evocamos o Teu nascimento: os pequenos momentos vividos, que fazem a diferença face ao resto do ano.

   Nada mais quero do que passar os próximos dias com serenidade, na companhia de velhos amigos e da minha mãe. Se mo permitires, já te ficarei grato.

   Não te prendo mais. Vai olhando por mim, pelos meus e pela humanidade, regra geral. Perdoa-nos as falhas.



Lots of Love,
Mark

16 de dezembro de 2018

Jantar de Natal - Lisboa/2018


   Sim, já estamos no dia 16! Quer vir ao jantar de Natal e não confirmou a sua presença? Teme ter ultrapassado o prazo? Não há problema! Excepcionalmente, até ao dia 20, quinta-feira próxima, portanto, aceito umas últimas inscrições. O local e a hora estão definidos. Quer mesmo perder um jantar num local agradável, perto do Natal, completamente dominados pelo espírito da quadra? Tenho a certeza de que não.

  Não pense duas vezes! Ponha os receios de lado. Clique no banner que encontrará no canto superior direito do blogue e participe! Venha desfrutar de um jantar animado, com boas estórias e bons convivas, afinal… é tempo de partilha. Conto consigo! :)


10 de dezembro de 2018

Concerto de Natal.


   Há já uns dias que não vinha ao blogue. Tenho andado assoberbado com avaliações. Tive duas, na semana passada, com um intervalo de dois dias entre cada uma. É manifestamente pouco. Quando não estou em aulas, estou a estudar. Os dias têm sido passados assim. Aguardo ansiosamente pelas férias do Natal, que serão curtas. Em Janeiro, o mais provável é que tenha exames - digo provável porque há sempre a hipótese, remota, de os dispensar.

   Como só terei uma avaliação na semana que antecede o Natal, aproveitei e fui ao concerto da Universidade de Lisboa. Um concerto com a orquestra e o coro próprios da universidade. Teve lugar na Aula Magna, e foi lindíssimo.

   Gosto de música clássica e, como é sabido, do Natal. Conjuguem-nos. O auditório estava lotado. Tinha um convite a mais. Lembrei-me e convidei um amigo. No final, jantámos e fomos observar de perto a iluminação natalícia do Chiado, que ainda não havíamos visitado. A zona d'A Brasileira está giríssima, cheia de enfeites coloridos. Um enorme Pai Natal ornamenta a Praça Luís de Camões. Não que a Câmara negligencie a iluminação, se bem que este ano se esmerou. A cidade está um encanto, que dá gosto calcorreá-la.

    Deixo-lhes algumas fotos.

O concerto foi sublime

Bem decorado, o átrio da reitoria
" Oh, Oh, Oh! "