Teve de ser aqui, numa das comunidades autónomas mais a norte do Reino de Espanha, que mergulhei pela primeira vez tão cedo, considerando a época do ano. Pois bem, no mês passado pude desfrutar de uma tarde no Embalse d'As Guístolas, aqui perto, e, já na semana passada, na praia fluvial O Caneiro, também a escassos quilómetros.
As Guístolas são uma barragem no Rio Návea. Proibido está mergulhar ou tão-pouco nadar a uma distância inferior a 200 metros. Receei um pouco nadar por ali, e evidentemente que não me afastei da margem. Ver as comportas lá ao longe atemorizou-me e comprometeu a minha liberdade ao me ver na água. Valeu pelas lindíssimas paisagens daquele vale verdejante.
Bonito lugar, não? |
Em contrapartida, O Caneiro é um encanto sem perigos. Trata-se de uma praia fluvial no Rio Bibei. A água, como se imagina, é gelada, no entanto, para quem gosta de nadar, diria que a temperatura não é um obstáculo. Treme-se de início e, quando damos por nós, já estamos a gozar aquela água doce e límpida, com uma nascente do lado direito.
Uma água tremendamente fria, mas um local magnífico |
Um pequeno paraíso escondido |
Uma experiência diferente, visto que jamais nadara noutro local que não fosse uma praia dita comum, de mar ou oceano. De quando em vez, pesquisava sobre praias fluviais em Portugal e pensava: Porra, que bonitas! Foi aqui, no país vizinho, que me estreei. A Galiza, como é sabido, tem uma paisagem distinta daquela que tipicamente associamos a Espanha. Sendo um Estado de nações, cada uma tem os seus costumes, tradições, e é inevitável que o microssistema molde também os hábitos dos povos. Esta Espanha natural, selvagem, nada tem que ver com a Castela das fortificações e dos moinhos ou com a Andaluzia das mesquitas árabes. É uma Espanha que facilmente associamos ao tão nosso Trás-os-Montes.
Deixo-lhes fotos. Quem me acompanha pelas demais redes sociais já sabe que tem acesso a estas e outras.