Mas existe outro motivo... Em 2003, numa praia para os lados do Baixo Alentejo (Milfontes), conheci uma pessoa que se tornou muito minha amiga. Estava eu na água, a relaxar, quando A. apareceu a nadar. Subitamente, e quando voltou à superfície, olhou para mim. Os olhos de A. penetraram a minha alma, e senti uma conexão muito forte a A. Começámos a falar quando A. me disse: "Olá!", e não foi um "Olá" qualquer, mas uma saudação forte, única... Quis prolongar ao máximo aquele momento e já nem sabia como fazê-lo. Mas, notei uma reciprocidade de A. naquilo que estava a sentir. Foi óptimo. Falámos das férias e A. disse-me que também não era de Milfontes, mas sim do Norte. Confesso que, com tanta exaltação, nem reparei no seu sotaque nortenho. A. era especial em todos os sentidos. Como sentíamos o mesmo, à saída da água, fui buscar o meu telemóvel e trocámos de número.Nos dias seguintes continuámos a ver-nos na praia e a falar. Passeávamos enquanto os meus pais (na altura juntos) estavam deitados ao sol. Eram passeios no areal, muito ingénuos e simples, onde existia uma comunhão de ideias e vontades. E assim foi durante o resto das férias... Não passou das conversas e dos olhares. Na altura, tanto eu como A. éramos muito novos, e não estávamos preparados para nada, para além da confusão que a nossa cabeça tinha. Hoje tenho pena de não ter insistido com A., porque na verdade lembro-me muito de A. O que teria acontecido? Fica a dúvida...
Ainda trocámos sms durante uns tempos, mas a distância e a precocidade da nossa amizade fizeram o seu papel... Nada mais soubemos um do outro, mas do pouco que conheci A., sei que também não se esqueceu de mim.
Ainda trocámos sms durante uns tempos, mas a distância e a precocidade da nossa amizade fizeram o seu papel... Nada mais soubemos um do outro, mas do pouco que conheci A., sei que também não se esqueceu de mim.