Na sexta (17), comprámos a máquina fotográfica da Canon, preparando-nos para o desafio que aí viria: visitar todos aqueles monumentos no centro e Alentejo.
Domingo (19) começou bem cedo. Pusemo-nos a caminho, e a viagem até Tomar ainda nos levou algumas horas. Chegados à cidade, soubemos que o Convento, o famoso convento dotado da igreja que Dom Manuel I mandou erigir, que exibe orgulhosamente a janela manuelina, ainda se situava um pouco afastado do centro. Lá subimos a estreita encosta, até que nos deparámos com o monumento que é Património da Humanidade pela UNESCO desde 1983. E como é maravilhoso!
É linda, não é? |
Já lá dentro, pudemos apreciar claustros e mais claustros, e são tantos, bem como compartimentos usados pelos monges da ordem que ali se instalara, e cujos membros viviam na mais singela clausura. Toda a minúcia é digna de registo fotográfico. O convento é dos mais belos monumentos que visitei.
A porta manuelina deixou-me atónito. Atentem na riqueza do trabalho |
A entrada principal deixa-nos logo sem fôlego
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A Janela do Capítulo mereceu-me uma atenção especial, evidentemente, ou não esperasse há anos por poder apreciá-la de perto.
Aviso-os de que é natural que nos percamos por entre a imensidão do Convento. Melhor dizendo, a páginas tantas damos voltas e mais voltas e julgamos ser impossível poder ver tudo.
Digam lá se este claustro não é de uma beleza extasiante? |
Tão ricamente decorada, com uma ornamentação sacra, simbólica e heráldica que nos reporta à epopeia marítima portuguesa
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O convento e a sua maravilhosa igreja não era tudo o que Tomar tinha para nos oferecer naquela manhã e tarde convidativas, não; faltava-nos explorar a muralha do famoso Castelo dos Templários, ou Castelo de Tomar, que rodeia o convento e que nele se integra. As muralhas e os jardins circundantes estão acessíveis aos visitantes. Percorrer aqueles estreitos caminhos muralhados pode ser custoso, especialmente quando temos máquina e casacos em mãos. Tenham cuidado.
Calcorreei cada troço de muralha |
Visitar todo o complexo levou-nos a manhã e a tarde. Entretanto, tivemos tempo ainda de conhecer o Museu do Fósforo, uma colecção particular legada por um coleccionador já falecido, naquela que será talvez a maior colecção de caixas de fósforos do mundo. São milhares delas, de vários países, de várias épocas. Um espólio curioso, digno de se ver.
Uma visita-surpresa-relâmpago
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Antes de voltarmos, nada como jantar num espaço simpático. O bife na pedra e os secretos estavam divinais.
Deliciei-me |
Quando passeamos com gosto e num espírito aventureiro, de partir em busca do desconhecido e do conhecimento, nem o cansaço nos demove. Assim foi com a visita a Tomar. Houve pouco tempo para descansar, que na segunda-feira as Azenhas do Mar e o Palácio da Pena já esperavam por nós.
Todas as fotos foram captadas pelo meu iPhone ou pela minha câmara Canon. Uso sob permissão.