Chegou a primeira pandemia do século XXI, a Gripe A. Todas as autoridades mundiais estão assustadas com o aparecimento de casos sistemáticos de infecções generalizadas desta nova mutação do vírus Influenza. Não se sabe ao certo qual é a constituição deste vírus, mas já ouvi dizer que se trata de uma mutação da variante humana, suína e aviária da gripe. De facto, o aparecimento de casos sistemáticos é um motivo de alerta; mas estarão as autoridades portuguesas preparadas para enfrentar uma contaminação em massa? Não parece muito provável, na semana em que também veio a público uma alegada negligência médica em relação ao tratamento de doentes com problemas oftalmológicos. Sinceramente não confio no sistema de saúde português, bem como na justiça e em outros sectores. Creio que muitas coisas estão erradas neste país, e adoecer por adoecer, é preferível que suceda noutro país. Pessoalmente, esta pandemia não me assusta em nada, e a verdade é que continuo a fazer tudo o que fazia anteriormente sem que tivesse alterado rigorosamente nada. Para que nos aconteça algo, estar vivo é o suficiente. Afinal, a vida em si é um risco, mas que muitos não estão dispostos a correr.
31 de julho de 2009
20 de julho de 2009
Homossexuais em Portugal não podem dar sangue
Parece uma notícia vinda de um qualquer país do Médio Oriente ou do Sudeste Asiático, mas garanto-vos de que é mesmo em Portugal. Surpreendidos? Eu também fiquei, quando ouvi tal notícia na Sic Notícias há uns dias atrás. Segundo o srº Gabriel Olim, director do Instituto Português de Sangue, um homem que tenha relações sexuais com outro está mais susceptível de contrair DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis). De realçar que as homossexuais femininas estão fora da lista negra, apesar de há relativamente pouco tempo uma mulher ter sido impedida de dar sangue por ser assumidamente lésbica.
Pois bem, perante os factos apresentados, parece-me oportuno dar alguns esclarecimentos relativamente a este caso. Hoje em dia já não existem grupos de risco, mas sim comportamentos de risco, o que engloba qualquer orientação sexual seja ela qual for. Há homossexuais promíscuos assim como há heterossexuais, parece evidente. Aliás, nos últimos anos a SIDA tem aumentado consideravelmente nos heterossexuais, já tendo ultrapassado a taxa de infecções em homossexuais. De relembrar ao srº Gabriel Olim e ao Ministério da Saúde (que corroborou a opinião deste senhor), que a SIDA não é mais a "doença dos paneleiros" como era conhecida na década de 80. Não era assim que muitos a designavam? O castigo de Deus! Não é, infelizmente para alguns. Atinge todas as faixas etárias, raças, estratos sociais, credos...
Para além disso, todas estas tomadas de posição levam-me a fazer uma perguntinha muito simples; o sangue é examinado, não é? Nunca me ocorreu outra coisa...
Por último, como referi anteriormente, as homossexuais femininas estão excluídas desta directriz. Não é de estranhar, afinal na nossa sociedade latina e máscula, um casal lésbico é muitíssimo bem visto. Recordo-me até que assistir ao acto sexual entre duas mulheres é uma fantasia de muitos homens machos e latinos que, por vezes, muitos deles também têm os seus namorados secretos...
Daí advém todo o preconceito contra os homossexuais masculinos...
Acho mesmo que, na medida em que não têm todos os direitos como deveriam ter, os homossexuais masculinos deveriam, sei lá, pagar menos impostos, o que é devido a seres humanos de 2ª...
Não podem casar, adoptar, dar sangue... deixá-los-ão viver em paz também?
14 de julho de 2009
Eleições, PS vs PSD (nada mais existe...)
Já sabemos que se aproxima (mais) um momento imperdível em Portugal: as eleições legislativas de 2009. E digo imperdíveis porque agora é que o circo vai começar, juntamente com todas as atracções do costume. E é sempre a mesma coisa; os beijinhos, as promessas...
No entanto, o que mais me irrita é o dualismo PS - PSD que assombra o panorama eleitoral português. Parece não existirem outras alternativas para além dos dois partidos dominantes. De facto, o mesmo sucede nos outros países europeus, mas a realidade é que neste jogo de interesses existem outros protagonistas que, por vezes, não conseguem fazer ouvir convenientemente as suas propostas. O meu carácter democrático vai tão longe a este ponto. Não simpatizo propriamente com nenhum dos partidos mais à esquerda do PS, mas reconheço o seu direito a uma participação justa e democrática. Refiro-me, obviamente, à Comunicação Social, que controla e manipula as opiniões de forma verdadeiramente inadmíssivel. É preciso limitar totalmente este poder instaurado que joga com o interesse dos cidadãos destacando apenas os seus benefícios próprios. O perigo está verdadeiramente aí.
Por isso, que acabe este capítulo único entre o PS e o PSD... Será pedir demais?
E ainda a procissão vai no adro...
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