31 de dezembro de 2010

É Preciso Acreditar


Um novo ano começa a aproximar-se muito timidamente. Sinto mesmo que este 2011 é sorrateiro. Tem ar de mau ano, tem cheiro de coisa ruim. Sinceramente, enfrento cada novo ano com muita cautela. Tenho tendência a tirar conclusões precipitadas desde o início. Se o Janeiro foi mau, o resto do ano será pior. Pouco auspicioso, não é?
É preciso, no entanto, que continuemos a sonhar com uma vida melhor. Uma vida nova ou renovada, como queiram. É preciso que não deixemos a realidade inóspita da vida roubar o que de melhor existe dentro de nós.
Cada novo ano é mais um pedaço de sonho, de esperança e de ambição. Os sonhos das pessoas misturam-se num amontoado de desejos por realizar, juntando a todos os anseios que morreram pelo caminho. As desilusões também fazem parte da vida.
Escolhi "Fora do Mar", do filme da Disney A Pequena Sereia, para encerrar 2010. É o meu filme de animação preferido de sempre. Assisti-o pela primeira vez com uns dois ou três anos e ainda hoje ao revê-lo os meus olhos brilham como da primeira vez. A Ariel sonhou com o seu príncipe e o seu sonho tornou-se realidade. Transformou-se em humana e viveu para sempre ao lado do seu amado.
É uma boa forma de terminar este ano, a meu ver.
Bom 2011 para todos vós.









lots of love,
mark

30 de dezembro de 2010

Faz Acontecer!


Todos nós sofremos diariamente com coisas que nos acontecem e que nos tornam os dias mais cinzentos. Ninguém pode dizer de pleno direito: "Eu sou feliz!". Será uma mentira porque ninguém é inteiramente feliz. Na medida em que a felicidade é um termo absoluto (ou se é feliz ou não se é feliz), ninguém é feliz. Temos, contudo, momentos de abstracção, de verdadeira alienação com a realidade. Desfrutamos de pequenos prazeres que nos dão a ilusão de que detemos a felicidade: somos falsamente e inversamente felizes. É uma felicidade ilusória e meramente parcial. A felicidade é eterna, logo, não poderia nunca ser quebrada. Mais uma prova de que não somos felizes. Por fim, é perpétua. Tem início, mas não tem fim.
Devemos, então, desistir, baixar os braços? Não. Esse não é o caminho. Se queremos alguma coisa, devemos persistir na luta para atingirmos esse objectivo. Devemos acreditar em nós próprios, na nossa infinita capacidade de superarmos os nossos limites. Ao acreditarmos nas nossas capacidades, enfrentamos o desafio de frente, não virando a cara ao risco inerente a qualquer batalha. Apenas temos de nos manter firmes e sempre com a determinação inicial.
Ter fé, é importante ter fé, mais não seja em nós.
Quando acreditamos, as noites tornam-se menos longas e mais aprazíveis.
Luta, vive, acredita. Faz acontecer!

28 de dezembro de 2010

Correr ao Vento


A vida passa por nós e a verdade é que raramente a vivemos. Quem sabe o que é viver? Viver não será, com toda a certeza, acordar, enfrentar filas de trânsito, entrar numa repartição oficial, trabalhar dez horas por dia, voltar para casa, dar de comer às crianças e ir para a cama (sim, que com tanta azáfama lá se vai a vontade de fazer amor ou sexo...). A isto dá-se o nome de «sobrevivência». E é nesta condição que se encontram grande parte das pessoas. Há bastantes que vivem a vida, mas vivem-na porque podem, porque têm possibilidades financeiras e sentimentais - a estabilidade - para o fazer.
O que é «correr ao vento»?
Correr ao vento é ser livre, em primeiro lugar. É viver a vida, tentando vivê-la com os mínimos problemas possíveis. É possível fazê-lo sem nos tornarmos uns eremitas ou uns hippies loucos alienados da realidade? Eu provo que isso é possível todos os dias. Eu vivo a minha vida de forma intensa.
Apetece-me comer um gelado e correr com uma amiga no meio da rua durante o Verão? Pois bem, faço-o, sem me importar minimamente com as opiniões dos transeuntes que por ali possam passar. Apetece-me brincar, gargalhar e aproveitar cada sensação de alegria que invade o meu ser? Faço-o, pouco me importando se os meus sentimentos possam ser bem ou mal interpretados. Todavia, a tudo devemos imprimir um pouco de classe. É importante não confundir a liberdade com a vulgaridade. Para tudo há limites, mas a auto-imposição de limites é algo a que estamos habituados.
Viver a vida a cada segundo, aproveitando cada momento único e irrepetível que sucede na nossa existência. Viver a vida sem grilhões de terceiros, principalmente sem as amarras sociais que nos retiram o brilho e ânsia de viver. É tudo tão breve, tão efémero!...
Se negligenciarmos a nossa vida, um dia chegaremos à conclusão de que não a vivemos: outros a viveram por nós.

27 de dezembro de 2010

Boys, We Love Them!



Boys, Boys, Boys!
We like boys in cars
Boys, Boys, Boys!
Buy us drinks in bars
Boys, Boys, Boys!
With hairspray and denim
    Boys, Boys, Boys!    





WE LOVE THEM! ;)





Boys, Boys, Boys - Lady Gaga

26 de dezembro de 2010

Da Quinta


O Natal regressa para o ano. Foram dois dias bem passados, confesso. Ontem, da parte da tarde, rumei para a quinta dos avós no Alentejo. Nem todos os anos passo cá o Natal, todavia, confesso que tem outro sabor. Um sabor mais rural, mais calmo e tranquilo. Passei a noite de consoada com os avós, o mano do meio, a sua namorada, os tios, os primos e ainda com dois amigos dos avós que já não têm família viva. Claro, a mãe também lá estava.
Durante a viagem, observava as cores que o céu assume na quadra natalícia. O escurecer, a queda do orvalho húmido que enobrece a seiva do campo. A mãe dirigia calmamente ao som de Michael Bublé, cantarolando timidamente as letras de cada música ouvíamos. À chegada, os avós receberam-nos com dois beijos quentes e alegres. Os primos já brincavam no chão da sala, junto à lareira. Soube, mais tarde, que os presentes tiveram de ser escondidos da curiosidade infantil. Os primos mais velhos bebiam os aperitivos cá fora. Os primos teenagers (onde ainda me incluo, acho) mandavam sms às respectivas caras-metades e amigos. Fui para o meu quarto na quinta e telefonei ao R. Desejei-lhe um feliz Natal e uma noite agradável. Notei alguma apatia na sua voz. Um descontentamento com a quadra, uma falta de vivacidade... Tentei animá-lo com palavras de apreço e, mais uma vez, tentei redimir-me da falha. Em todo o caso, disse-lhe que tinha trazido o presente na bagageira para o abrir à meia-noite.
A avó bateu na porta do quarto e chamou-me para jantar.
Quando desci já a árvore de Natal tinha imensos presentes (menos os das crianças, que de outra forma não resistiriam até à meia-noite). Já estavam quase todos sentados à mesa, exceptuando eu e mais alguns primos. A avó já sabe que alguns não comem o tradicional bacalhau, onde me incluo, algumas primas e uma tia, mulher do tio Zé. A prima Ana, que é uma querida, apesar de ser uns aninhos mais velha do que eu, o que provocou algum afastamento natural entre nós, tem um corpo de sonho. Não é por ser minha prima, mas é linda. Não a imagino a comer bacalhau com batatas e couve. Ahahahahahahah. Por todos estes motivos, a Glória preparou-nos polvo cozido com salada. É, como se sabe, a ementa de Natal alternativa para esta noite. E a prima Bá ainda quis peixe!, nem comeu o polvo.
À meia-noite foi a hora de abrirmos os presentes. Durante o jantar, um dos tios saiu discretamente e foi a todos os carros descarregar os presentes e colocá-los na árvore, incluindo os nossos que comprámos para oferecer. Ver as faces de alegria dos primos mais pequeninos é um bálsamo para a alma. Sentei-me perto da árvore e ajudei-os a abrirem os presentes. Eram seis, com idades entre os dois e os sete anos. As vozinhas deles: ""Pimo", ajuda a abrir..." chega a comover-me. Isto é o meu relógio biológico. Ahahahahahah. Tenho de ser pai em breve. Alguma mãe se candidata? :)
Acabámos a noite a falar, sentados na sala. A mãe bebia o seu whisky velho, assim como o avô e os tios. A mãe é "um dos homens mais fortes que eu conheço", roubando a ideia a Ronald Reagan quando se referiu a Margaret Thatcher, adaptando-a. A mãe é, efectivamente, uma mulher num mundo (ainda) de homens. Muito feminina, mas implacável e masculina na forma de agir nos negócios. Admiro-a imenso e lastimo não ter herdado a sua veia económica. Sou um menino de Letras. :)
Os primos rapazes falavam de futebol, de televisão, de política e das namoradas. Como devem imaginar, não somos especialmente próximos. Tenho uma relação com as primas que não tenho com os primos. Eles respeitam-me, claro, e gostam de mim, apesar de um por outro olhar para mim com um ar: "Será que ele...?", mas não comungamos dos mesmos interesses.
Os presentinhos foram bons.
Hoje, o almoço de Natal foi o tradicional faisão com laranja, que eu não comi, como é evidente. :) A Glória fez-nos peru e isso lá comi. É carne, eu sei, mas é branca.
Da parte da tarde, quase todos se foram embora para Lisboa. Eu e a mãe ficámos, assim como os avós, a prima Bá, o Pedrinho e a namorada.
Ainda cá estou e devo ficar até meados da semana que vem. A mãe tirou estes dias para descansar. Infelizmente, tive de trazer os livros da faculdade e os cadernos para estudar, para além de uma mala com roupa para um mês. Ahahahahahah. Eu sou assim.
Quanto aos doces, comi dois sonhos e uma fatia de torta de laranja, mas já rezei três Avé-Maria e vou fazer uma dieta em Janeiro. :)
Gostava que o R. estivesse aqui comigo. A planície é fantástica de Inverno. Se bem que com ele não necessitaria da lareira, de forma alguma. Ahahahahahahah.

24 de dezembro de 2010

Feliz Natal




Não há muito a dizer no dia de hoje.
Muitas palavras são ditas e muitas são perdidas e esquecidas com o tempo.
O Natal é uma época de reconciliação e quisessem - quisessem - os homens torná-lo extensível a todos os dias do ano.
A todos os meus leitores, seguidores e também a todos os que passam aqui por acaso, desejo um Natal feliz e recheado de paz, amor e fraternidade. Eu acredito no que existe para lá de cada blogue, para lá de cada computador. Existem pessoas. Cada um de vós é uma pessoa que sente, uma pessoa que sofre, uma pessoa que ri, vive e sonha! Não são meros nicknames desprovidos de realidade; não, são mais do que isso.
Por todos esses motivos, reitero mais uma vez os votos de Feliz Natal a todos.



Lots of Love,
Mark













PS: Este Natal queria vos oferecer um presente lindo, fantástico, imprescindível, maravilhoso e único, mas lamento, eu não estou à venda. Ahahahah :) Merry Christmas!

23 de dezembro de 2010

Sons do Natal 2 - O Holy Night



Mais uma vez retirada do multiplatinado álbum Merry Christmas, esta versão fantástica de O Holy Night fez um enorme sucesso na época e continua a fazer actualmente. Apesar do Merry Christmas ter muitos originais  natalícios da Mariah, continuo a apreciar mais as suas versões destes grandes clássicos. A Mariah tem o dom de superar os originais e imprimir um lado muito pessoal a qualquer música. O seu admirável e reconhecido alcance vocal é visível nesta performance. Espero sinceramente que gostem e para quem ficou entusiasmado com estas duas músicas que apresentei do Merry Christmas, corra a comprá-lo porque é sempre um álbum indispensável nesta quadra. :)

21 de dezembro de 2010

Dia de Compras


Ontem foi o dia oficial das minhas compras de Natal. Eu explico a razão do porquê de «Dia Oficial». É que geralmente eu vou às compras num determinado dia - o dia mais importante - e depois há sempre qualquer coisa para comprar, o que me obriga a ir noutros dias. Como são mais do que um dia de compras, o dia em que eu compro mais é o célebre «Dia Oficial». Exemplificando: eu hoje vou comprar uns presentes para a família mais afastada.
Como sabem, o R. ficou de vir comigo às compras. Às 14: 30 fui buscá-lo à estação. Pensei em não levar o carro, mas como queria ir a mais do que um shopping tornou-se necessário. Ele não está muito familiarizado com Lisboa, tive de ser eu a escolher os lugares onde iríamos.
Em primeiro lugar, fomos ao Amoreiras, onde comprei o meu iPhone 4. Ele, apesar de brincar, mostrava-se sério. Estava vestido de uma forma mais cuidada, se bem que o conceito de «forma cuidada» tem diferentes acepções consoante a personalidade de cada um. Usava uma t-shirt preta sob uma camisa aos quadrados vermelhos e pretos acompanhadas por uns jeans pretos e uns ténis pretos e vermelhos. Gostei da combinação preto/vermelho que sobressaía da sua roupa. Geralmente sou eu que gosto de usar duas cores-padrão dominantes. De seguida, passámos pela Springfield, onde comprei (mais) um casaco. O R. comprou uma t-shirt na C&A para oferecer a um familiar e comprou um perfume na Perfumes&Companhia para oferecer à mãe.
O R. estava a gostar bastante do Amoreiras, uma vez que estivemos lá algum tempo, mas depressa notou que eu estava a ficar algo impaciente. Motivo: queria ir ao El Corte Inglés.
Ele nunca lá tinha estado. Fomos ao parque de estacionamento, peguei no carro e voámos para lá.
Até a esta altura, ainda só tinha comprado duas coisas. O meu iPhone 4 (presente do pai, que está no Porto a viver mas não se esquece do meu «depósito generoso») e o casaco.
No El Corte Inglés comecei por comprar uns ténis para mim. Gostei imenso deles. Têm um verde que adorei. Passei pela secção dos perfumes e comprei o último da Paco Rabanne, o 1 Million. É uma fragrância fantástica. O pai usou desde sempre estes cheiros intemporais. Este perfume é uma delícia. Não tem aquele aroma intenso do modelo clássico (anos 60, 70), mas sim um aroma suave, jovial e moderno. O R. estava ligeiramente impressionado com a elegância daquele espaço até então novo para ele. Notei algum desconforto.
-"Isto é fino demais p'ra mim..." - sussurrou-me ao ouvido.
-"Descontrai. Não me faças rir..."
Entretanto, surgiu a hora do lanche. Fomos até ao último piso, ao salão de chá. O empregado trouxe-nos o menu. Ele estava meio baralhado com o que escolher, por isso, vi-me na obrigação de o ajudar. Ao invés do tradicional chá, pedi dois chocolates quentes clássicos e duas tostas mistas. Foi o bocadinho de tempo em que falámos mais à vontade. Disse-me que estava a gostar da tarde e que realmente um dia nas compras comigo era uma experiência única (até pelo tempo que eu demoro, acrescento eu...). O R. é uma simpatia. Fez questão de pagar o lanche, mesmo indo contra a minha vontade. Ele tem um lado muito requintado e educado, já tinha percebido essa faceta.
Voltámos às compras. Fomos ao piso Moda Jovem, onde comprei uns jeans fantásticos e uma camisa curtinha, meio subida e justíssima, como eu gosto. Subimos ao piso Electrónica e Electrodomésticos. Precisava de uma escova progressiva nova. Desta vez comprei um modelo fantástico. A empregada disse-me que era o último grito em tecnologia alisante. O R. comprou uma cafeteira eléctrica para oferecer à avó.
Descemos ao piso Moda Senhora. Comprei um casaco para a avó e umas luvas lindíssimas de renda trabalhada à mão também para a avó. Descemos ao piso dos pequenos artigos. Comprei uma caneta para o avô e outra para um tio. A um dado momento, lembrei-me que tinha de comprar um anjo para a árvore, uma vez que o que já tínhamos há imensos anos partiu-se o ano passado nas arrumações. Portanto, voltei ao piso superior das decorações natalícias...
Às tantas, o R. estava cansadíssimo de andar por ali. Apesar de não mostrar desagrado, constatei que estava entediado. Para além disso, fez questão de carregar todos os sacos, menos um, que estava comigo. :)
Fomos ao Balcão dos Embrulhos. Era a pessoa com mais sacos por ali. Estava tudo a olhar para nós. Senti-me constrangido. Este povo tem «olhar gordo»... Detesto! Depois de tudo devidamente embrulhado, fomos ao carro colocar os sacos. Tornava-se insustentável andar com tanta coisa.
No regresso ao shopping (sim, ainda não acabou, ahahahahah), fiquei na parte das consolas de jogos enquanto o R. foi ao banheiro. Uma vez que ele estava a demorar, fui comprar um jogo para a minha PSP (PlayStation Portable). Nem sei porque comprei aquela porcaria. Nunca lhe toco. Só não dou aos primos porque eles têm tudo. Estragam aquelas crianças de mimos (fala, fala...)! Pode ser que com este jogo novo ganhe alguma utilidade. No seu regresso, disse-me que tinha demorado porque foi comprar um presente de última hora e aproveitou e foi ao Balcão dos Embrulhos... Ainda fomos embrulhar o meu jogo. Sim, eu embrulho (mando embrulhar) os meus próprios presentes que compro para mim.
Saímos de lá eram 20: 30. O R. estava cansado. Notava no seu olhar. Eu, como é evidente, estava óptimo.
Fiz questão de o levar a casa, mas ele quase que me obrigou a deixá-lo na estação.
-"Eu deixo-te em casa, não me custa nada!" - disse-lhe.
-"Custa-te tempo, dinheiro e gasolina." - riu.
-"É o mínimo. A sério, trouxeste os sacos... foste... demais..." - continuei.
Ao chegar à estação, desliguei o motor.
-"Obrigado pela tarde." - agradeci.
-"Eu é que agradeço."
-"Vamos separar os teus sacos?" - perguntei.
Saímos do carro e fomos à bagageira retirar os seus sacos. A um dado momento diz-me:
-"Este é para ti."
-"Para mim? Mas eu não comprei nada para ti..." - senti-me envergonhado.
-"Aceita." - estendeu-me o saco -"Abre na noite de Natal." - sorriu.
-"Sinto-me envergonhado. Eu não comprei nada. A sério, desculpa-me..."
-"Não tens de pedir desculpa. Eu não comprei a pensar que ia receber alguma coisa. Só espero que gostes." - disse.
Era um momento propício para algo mais, mas só consegui dizer-lhe o seguinte:
-"Posso te dar um abraço?"
-"Claro." - respondeu.
Abracei-o, mas não o fiz como dois homens o fazem. Abracei-o de forma terna e prolongada, colocando a cabeça no seu ombro. Pude sentir o seu cheiro, sentir o calor dos seus braços que agora envolviam suavemente o meu corpo. Ele manteve-se estático, apenas os seus braços me envolviam. Vi a luz da cidade reflectida nas poças d'água.
Quis acariciar-lhe o cabelo, não o fiz; quis beijá-lo, não o fiz; quis beijar o seu pescoço, não o fiz.
Será que ele quis o mesmo?
O nosso abraço demorou uns dois minutos. Quando acabámos, meti-me no carro, liguei o motor e segui. 
Quando cheguei a casa, a mãe estava na sala de estar a ler um livro a meia luz. Entrei em silêncio e fui colocar os presentes por baixo da árvore de Natal. Não resisti à tentação e espreitei para dentro do presente que o R. me deu. É um livro histórico sobre a U.R.S.S. Ele sabe como adoro História. 
Fiquei à conversa com a mãe até subir para o quarto.
Foi um dia produtivo. Ahahahahah. Gastei imenso dinheiro e, sinceramente, ainda não fui ver o extracto das minhas contas. Eu queria o cartão Gold da mãe, mas ela não mo deu. :)
Dormi tranquilamente, descansando de um dia de compras diferente. 

19 de dezembro de 2010

Sons do Natal



Há músicas de Natal medianas, há aquelas que são engraçadas, há as que são bastante ouvidas e, por último, há as que são realmente boas. Este Christmas (Baby Please Come Home) é uma das músicas extraídas do álbum Merry Christmas, de 1994. Até à data, Merry Christmas foi o álbum de Natal mais vendido de todos os tempos, com cerca de doze milhões de cópias vendidas em todo o mundo.
Esta música não é um original da Mariah, mas esta versão soa-me como a melhor conseguida.
Ouço esta música desde criança. Lembro-me da mãe e dos manos a enfeitarem a árvore ao som das músicas do Merry Christmas. Deveria ter uns quatro aninhos. :)
É uma excelente música para quem passa o Natal longe da pessoa amada. Se é esse o vosso caso, desfrutem da nostalgia que uma ausência no Natal provoca. :)
Bom começo de época natalícia!

17 de dezembro de 2010

Último Dia de Aulas


Hoje foi o último dia de aulas. Confesso que estava à espera deste dia há algum tempo. A faculdade é tão cansativa, principalmente para mim, que estudo mais do que deveria. Estudo uma média de quatro horas por dia, das 14 às 18, cinco dias por semana. Aos sábados, estudo duas horas da parte da tarde; aos domingos, não estudo nada. É o meu dia de descanso. Mas não pensem que durante as horas de estudo estou concentrado a cem por cento. Não, faço paragens, ouço música, lancho às 17 (o meu eterno chá...), etc.
Os professores lançaram as notas. Fiquei satisfeito com os meus resultados. Ainda tenho os exames, por isso, terei de me aplicar mais.
Num dos intervalos, a meio da manhã, fui até ao jardim da faculdade ter com o R. Como vos disse, pensei em convidá-lo para vir comigo às compras na segunda-feira. Hesitei um pouco, pensando que talvez não fosse de bom tom, mas a atenção dele para comigo, ultimamente, permitiu que tomasse esta decisão. Quando cheguei ao jardim, ele estava sentado num banco a fumar um cigarro. A pose dele dava uma boa fotografia. Estava sentado de pernas abertas, apoiando o braço esquerdo na perna enquanto o direito manuseava o cigarro. Estava ligeiramente inclinado sobre si. À medida que inspirava o cigarro, franzia os olhos numa expressão bastante masculina. Sentei-me ao seu lado em silêncio. Fazia muito frio.
-"Parabéns pelas notas." - disse-me, continuando a olhar em frente.
-"Obrigado. Parabéns também pelas tuas, apesar de saber que não conseguiste a Direito Civil." - agradeci-lhe, tentando confortá-lo pelo facto de ter tido negativa no teste.
-"Tinhas razão. És melhor do que eu. Lembras-te, no anfiteatro, no outro dia?" - perguntou-me, num tom triste.
-"Não coloques as coisas nesses termos. Estou triste por ti como se de mim se tratasse. Eu gosto de ti, por isso, sinto as tuas perdas como se fossem minhas." - tentei confortá-lo ainda mais.
-"Sinto-me derrotado."
Atirou o cigarro para o chão, pisando-o de seguida. Expirou o último fumo que tinha nos pulmões.
-"Não fiques assim. Eu estarei aqui sempre para te ajudar. Podemos estudar juntos, se quiseres. Ainda tens o exame e a oral. Nada está perdido. Apenas terás de te esforçar mais um pouco..." - tentei dar-lhe força e ânimo.
-"Mais ainda?"
-"Um pouco mais. Valerá a pena, vais ver." - disse-lhe, continuando - "Segunda vou fazer as minhas tradicionais compras de Natal; pensei que talvez pudesses vir comigo... Aceitas o convite?" - sorri.
Olhou para mim e sorriu.
-"Estás a falar a sério?" - perguntou-me.
-"Claro. Achas ridículo da minha parte?" - respondi com outra pergunta.
-"Não, não é isso, mas não vejo que interesse eu posso ter para ir contigo..."
-"O interesse normal de um colega... Mas, bom, esquece..." - rematei.
-"Não, não, não leves a mal. Não é nada contigo. É que somos tão diferentes... Não sei que interesse eu possa ter..."
-"Deixas que seja eu a julgar isso?" - sorri, apesar de querer parecer «sério»...
Devolveu-me o sorriso.
-"'Tá bem, 'tá bem" - disse, continuando a sorrir - "E vamos a que horas?"
-"Bom, eu sou muito chato nas compras. Costumo ficar toda a tarde até à noite. Do género, das duas da tarde às dez da noite." - respondi.
-"Agora digo eu: estás a brincar? Isso é um exagero, desculpa lá." - disse, rindo, num tom brincalhão, nada sério.
-"Pronto, eu modero um pouco este ano." - prometi.
-"Não, ficas as horas que quiseres. Eu também tenho de comprar umas prendas para a família. Vou aproveitar e compro também. Parece mal seres só tu a comprar."
-"Não se diz «prenda», é feio; o certo é «presente»." - disse-lhe, brincando, mas não deixando de dizer a verdade.
-"Desculpe, menino, não volto a fazê-lo." - gargalhou.
-"Goza, goza!" - sorri.
-"É melhor irmos andando. É que já entrámos!" - exclamou.
Saímos do jardim e fomos a correr pela faculdade como duas crianças que correm ao sabor do vento. A ânsia e a vontade de sabermos a nota a mais uma cadeira era muita. Porém, enquanto corria, sentia-me mais leve e feliz. Senti-me quase o seu namorado, ou a sua «namorada». Sinto-me mais uma rapariga ao seu lado do que um rapaz. A masculinidade dele consome-me enquanto homem quase por completo. Apesar disso, gosto desta nova sensação. Gosto do papel que desempenho quando estou perto dele. Gosto de saber que ele é a força, eu a delicadeza; ele o trato banal, eu a educação; ele o imprevisto, eu a previsibilidade; ele o comum, eu o incomum; ele a timidez, eu a falta dela. Conseguimos recriar as expectativas que um tem em relação ao outro. Eu quero que ele seja o que é; eu quero ser o que sou.
Olhei pela janela da sala de aula. Os colegas falavam, a professora ouvia.
Eu sentia o frio que trespassava por entre o vidro húmido.
Voei por entre as árvores que observava. Corri ao seu redor.
Voltei à sala quando a professora chamou pelo meu nome.


















PS: Tentei recriar as palavras do nosso diálogo da forma mais fidedigna possível. Como devem calcular, é impossível escrever com exactidão cada palavra que dissemos. No entanto, eu tenho uma excelente memória. O discurso foi esse, com mais ou menos alterações. :)

16 de dezembro de 2010

Suspiro...


Realmente, este desafio é um pouco bimbo, mas vá lá, seria uma desfeita para o Speedy (que mo passou com tanto carinho) se não o fizesse.
As regras são as seguintes: publicar o selo e responder às perguntas que se seguem.

O que te faz suspirar?
Imensas coisas. O amor, quando é verdadeiro; a amizade, quando é sentida e real e, por último, os presentes que recebo seja em que altura do ano for. Sabe tão bem receber presentes...

Quem te faz suspirar?
As pessoas de quem gosto.

Qual o gesto mais bonito que já tiveram para contigo?
Pode parecer muito simples, mas foi um gesto inocente e puro. Quando tinha quinze anos, a pessoa de quem gostava levou-me até ao Parque das Nações (uma viagem curta...). Parámos no gradeamento junto ao rio. Demos as mãos e eu fui presenteado com um beijo do qual não me esquecerei nunca. Não foi o primeiro, porém, foi um momento único.
Em jeito de remate, gostei dessa pessoa até há uns meses atrás. Foi muito tempo. Foi, efectivamente, a primeira pessoa de quem realmente gostei.
Não deu, por diversos motivos, mas posso adiantar o primeiro: medo da rejeição da sociedade (da outra parte).
Bom, agora teria de passar a cinco blogues. A regra mantém-se. Faça-o quem quiser. :)


















PS: Este desafio é um horror. Detesto selinhos. Affff.... LOL

15 de dezembro de 2010

Orais de Confirmação


Não conhecia esta modalidade na faculdade, confesso, mas achei interessante. Em que consistem as famosas orais de confirmação? Soube, a semana passada, que os melhores alunos a uma determinada cadeira são chamados a uma oral de confirmação com o professor-regente. Os alunos que tenham média de 14 ou superior vão a uma oral para provarem os seus conhecimentos, de forma a confirmarem ou não se são verdadeiramente merecedores de tal nota. Claro que isto não sucede a todas as cadeiras.
Na semana passada, o professor-assistente disse-me que, devido ao facto da minha nota final ser elevada, seria benéfico para mim se fosse a uma oral de confirmação. Não confundir com as orais de melhoria. Essas são depois da época de exames e, como o nome indica, servem para melhorar a nota de determinado aluno.
Hoje foi o dia da última aula àquela cadeira, logo, foi o dia da oral de confirmação. Éramos oito num universo de bem mais de uma centena. Estava nervoso, assumo. O anfiteatro estava cheio de pessoas, uma vez que as orais são públicas. Dos oito, seis eram raparigas. Acho que este dado é bastante esclarecedor. Não querendo criar ainda mais um estereótipo, há quem diga que os gays e as mulheres são mais inteligentes  do que os homens heterossexuais... Eu não disse nada!
O professor-regente começou a chamar um por um. Eu fui o quinto. Perguntou pelo meu nome, eu levantei-me e fui sentar-me na fila da frente do anfiteatro, de modo a que fiquei em frente ao professor. Perguntou se eu tinha alguma preferência num tema de início. Mantive a calma e disse que não. Começou a fazer-me perguntas. Fez seis perguntas. Respondi bem (ele disse mais tarde) a quatro, sendo que nas outras duas respondi de forma incompleta. Quando acabou a minha vez, levantei-me e voltei para o meu lugar inicial.
No final de todas as orais, o professor confirmou cinco notas (incluindo a minha) e não confirmou as restantes (eles espalharam-se ao comprido!...).
Suspirei de alívio porque provei o que sei e as minhas qualidades. Não conseguem imaginar a tensão de estar a ser observado e escutado por dezenas e dezenas de pessoas, entre as quais, outros professores, alunos mais velhos, os nossos colegas, etc.
De salientar que para estas e quaisquer outras orais vamos de fato e gravata (o que para mim não é algo que abomine, antes pelo contrário). No colégio, usávamos gravata na farda. Usei durante muitos anos. Ainda hoje, eu utilizo camisa e gravata várias vezes, mas de formal informal, com jeans e ténis.
Houve uma atitude em especial que me marcou. O R., antes da oral, veio ter comigo e desejou que tudo corresse bem. Antes de se afastar, piscou-me o olho, num acto que me transmitiu calma e segurança como se me dissesse: "Vai correr tudo bem, eu confio em ti...".
Gostei imenso desta atitude. Outros colegas desejaram-me sorte. Era quase uma representação da nossa turma. Fui o único da subturma. Ahahahahahah.
Claro que tudo tem o lado bom e o mau. Lá vou ficar (se é que ainda não fiquei...) com fama de inteligente e marrão, o que como devem compreender coloca-nos num patamar interessante, mas quase que nos desvirtua dos outros alunos. Parecemos uns semi-deuses. Para além disso, os professores começam a criar expectativas... Já conheço esse processo...
Sinto-me eu, por mais estranho que isso possa parecer.

13 de dezembro de 2010

Consumismo Natalício


Com toda a certeza, já todos saberão que sou um consumista de primeiríssima qualidade. Eu compro por tudo e por nada. Claro que adoro o Natal. Apesar de tudo, sou crente em Deus, como já tive a oportunidade de o referir e, por isso, dou um significado religioso à quadra.
Confesso, no entanto, que o Natal para mim significa, essencialmente, compras e mais compras. Creio que o disse no ano passado, mas na minha família não temos muito enraizado o hábito de trocarmos presentes de Natal. Os avós compram-me sempre qualquer coisa, bem como os tios, os manos e os primos (oferecer dinheiro em mão é a coisa mais horrorosa que se pode fazer). Todavia, a mãe faz-me um depósito generoso, bem como o pai, e lá vou eu comprar o que realmente quero e necessito (se bem que raramente necessito mesmo de alguma coisa...).
Este ano não é excepção. Na próxima segunda-feira é provável que vejam um rapazinho simpático, meio elistista e de nariz empinado no Amoreiras, El Corte Inglés, Baixa, por aí... :) Se tiver paciência levo o carro e vou até ao CascaiShopping. Ia lá imenso quando os pais estavam casados... Bom, pensando bem, levo o carro em qualquer circunstância. É que venho sempre carregadíssimo. Quanto muito venho de táxi. Geralmente vou com algum amigo ou amiga para me ajudar com os embrulhos no meio do shopping. Este ano podia ir com o R.... Com aqueles braços fortes e aquela determinação máscula, agarrava-me nos sacos e transportava aquilo em três tempos. Um homem é um homem. Ahahahahahah. :) A brincar, a brincar, mas tive uma excelente ideia. Descarado sou eu para o convidar; ele toparia?...
Lista! É o tema que todos quererão saber. Para ser sincero, quero tanta coisa que nem sei bem o que quero realmente. É paradoxal, mas é assim mesmo. As ideias surgem-me sempre no meio da azáfama natalícia. Agora, perguntarão: "Vai às compras tão em cima da hora?" Sim, é verdade. Eu adoro o stress natalício, ver montes de pessoas a correrem para a secção dos embrulhos e a comprarem tudo em cima do tempo, adoro! Tem sido assim desde que me conheço. Faço-o propositadamente, porque não estou propriamente à espera do subsídio de Natal. LOL. 
O que eu agora quero mesmo é que a faculdade termine para poder descansar. É que se andar descansado, tiro notas médias. Como detesto aquele número "10", número que para muitos é uma maravilha, tenho mesmo de estudar.
Preciso de pensar nas minhas compras de uma vez!
Ai, gosto mesmo do Natal. :)















PS: Ainda estou em ressaca do concerto da Gaga. Foi fantástico. Passo a vida a ouvir o The Fame Monster. :) Adoro-a.

11 de dezembro de 2010

O Concerto do Ano


Não há muitas palavras para descrever esta actuação da Lady Gaga pela primeira vez em Portugal. Ela é fenomenal. Fisicamente, posso garantir que é muito bonita, contrariamente ao que parece em alguns vídeos. Em relação à voz, canta bastante bem. Tem um alcance vocal admirável.
Feitas estas primeiras impressões, o espectáculo foi fantástico desde o início ao fim. Todos os seus grandes êxitos foram apresentados e eu dancei e dancei ao som de Bad Romance, Lovegame, Just Dance ou Paparazzi. O figurino, as coreografias, foram pensadas ao pormenor.
Saliento a simpatia da Gaga, que pronunciou a palavra «Portugal» milhentas vezes. Por vários momentos, dirigiu-se ao público português com palavras de carinho e de respeito, incluindo o momento épico em que tomou a nossa bandeira num gesto de respeito e admiração para com os seus fãs.
Fiquei no Balcão 1 (claro, ahahahahahah) com uma amiga e posso dizer que vi tudo, dancei imenso e diverti-me ainda mais.
Em palavras finais: repetia a dose já amanhã.
Volta sempre Gaga!












Mariah, cuida-te, porque qualquer dia gosto da Gaga como de ti. :))

8 de dezembro de 2010

Desafio 2

Uma vez que ninguém me passou o desafio, eu, qual criança birrenta (mimada), resolvi fazê-lo por minha total e exclusiva iniciativa. Boa ideia, não foi? :) Então, para quem não sabe, este jogo muito engraçado consiste em revelarmos sete detalhes sobre nós agrupados em alguns itens próprios.
Cá vão as respostas:

7 Coisas que pretendo fazer antes de morrer:

1. Conhecer os Estados Unidos da América;
2. Conhecer ou ir a um concerto da Mariah;
3. Viver no Palácio Nacional de Queluz;
4. Embarcar num paquete e dar a volta ao mundo durante um ano;
5. Escrever (finalmente) e editar o meu livro;
6. Ter pelo menos dois filhos biológicos;
7. Ser um juiz conhecido e afamado;

7 Coisas que mais digo:

1. 'tá a ver?
2. Sua gorda!
3. Ouça!;
4. Olhe, vá dar uma volta àquela coisa grande!;
5. Faça-me o favor...;
6. De todo!;
7. Agarre-me que vou desmaiar...;

7 Coisas que amo:

1. A mãe;
2. A Mariah:
3. Os manos;
4. Os avós, tios, primos e restantes familiares;
5. O meu leão lindo de pelúcia, o Simba;
6. Amigos;
7. ... Hum, ah, o pai...

7 Coisas que odeio:

1. Pessoas que falem alto;
2. Falta de educação;
3. Mediocridade intelectual;
4. Matemática;
5. Comidas típicas portuguesas (entenda-se, feijoadas, cozidos, blharrrghhh...);
6. Heavy metal;
7. Acordar cedo;

7 Defeitos:

1. Pessimista;
2. Impertinente;
3. Teimoso;
4. Orgulhoso;
5. Arrogante;
6. Impaciente;
7. Algum elitismo social;

7 Qualidades:

1. Eficaz;
2. Persistente;
3. Dedicado;
4. Solidário;
5. Justo;
6. Incorrupto;
7. Estudioso;

7 Coisas que faço bem:

1. Ir às compras (ahahahah);
2. Gastar dinheiro (ahahahahah);
3. Ler, falar e escrever;
4. Dar festas e jantares;
5. Fazer piadas imprevistas sobre as mais variadas situações;
6. Nadar;
7. Escolher a roupa adequada para cada situação;


Muito bem, agora é chegada a hora de revelar a quem passo o desafio. Como praticamente todos o receberam - e como sou muito liberal nestas questões - quem gostar, faça-o. Olhem, façam como eu. :)




PS: À última hora, o Speedy passou-me o desafio. Thanks. :)

6 de dezembro de 2010

Nós e Um Teste


As avaliações persistem. Se algumas cadeiras apenas nos exigem um teste escrito, outras cadeiras há que nos pedem dois testes escritos. Por um lado é bom, uma vez que permite a quem teve negativa no primeiro teste uma oportunidade para uma possível positiva; pelo outro é mau, pois obriga-nos (me) a estudar para mais um teste. Não me posso esquecer que não vou ter férias de Natal... Sim, leram bem, não há férias de Natal quando a época de exames começa no início de Janeiro. Nem réveillon. E as minhas passagens de ano são sempre fantásticas... oh...
Bom, hoje foi dia de mais um teste. Costumo ficar perto das minhas amigas, como é habitual. Sentei-me, tirei a folha de teste e aguardei pelo teste. Temos de deixar um lugar vago entre cada aluno. Digamos que é uma forma de evitar que copiemos uns pelos outros. A mim não me faz qualquer diferença. Nunca copiei na vida. Não o digo porque seja muito certinho, atinadinho ou bonzinho, mas sim porque nunca precisei. Simples. Aliás, gosto mesmo que não me perguntem nada. Sou muito individualista nestas questões. Perco tempo, desconcentro-me e, no fim, quem sai (saía...) prejudicado sou eu.
Do meu lado esquerdo, uma vez que estava quase na ponta da fila, não estava qualquer pessoa. Passados uns minutos adivinhem quem chega? Ele mesmo. Vi logo ao que vinha. Cumprimentou-me, sorriu, brincou um pouco, até que os professores-assistentes começaram a distribuir os testes. Foi logo na primeira pergunta.
Esteve constantemente a perguntar-me respostas. A todas as perguntas.
«E diz-me qual é esta.» e «Sabes a resposta desta?» e «O que é que eu meto aqui?» e «Aqui, aqui» (...)
Imaginem o que é passar uma frequência de cinquenta minutos a ouvir isto! Ele falava baixinho, claro, mas incomodou-me imenso. A pergunta que se impõe: ajudei-o? Sim, ajudei. Se eu não gostasse dele... Grrrrrrrrrrr!
Disse-lhe praticamente tudo, ou seja, tópicos de resposta. Depois ele desenvolvia. Se vocês vissem o jeito dele. É safado demais, com aquele ar de descarado e reguila.
Eu fui incapaz de não o ajudar. Não me perdoaria. Claro que abri um grave precedente: se o ajudei, terei de ajudar outras pessoas quando me solicitarem ajuda. É que eu levei a vida escolar toda a fazer ouvidos moucos aos pedidos de ajuda nos testes. Agora, lembro-me de casos do passado e sinto-me mal. Parece que violei uma regra minha.
Espero que ele tire ao menos um dez. No final, agradeceu-me. Disse-lhe que ele era um chato e que me tinha desconcentrado imenso.
-"Deixa lá, eu recompenso-te. Para a próxima ajudo-te eu." - sorriu.
-"Tens consciência de que isso é um pouco difícil, não tens?" - disse-lhe ironicamente.
-"Eu sou melhor a Direito Civil do que tu." - continuou a brincar comigo.
-"Sim, sim, tiveste sorte." - rematei (aquela positiva mais fraquinha que eu tive).
Confesso-vos que foi um teste divertido. Confesso a vocês, não a ele. :) É que o engraçadinho hoje abusou um pouco. Quando me fazia algumas perguntas e via que eu não respondia porque me queria concentrar, colocava aquela mão enorme na minha perna. Mas não pensem que o fazia ao de leve. Nada disso. Metia a mão, aberta, e massajava ou comprimia os dedos, de modo a que apertava a minha carne.
Como devem calcular, fiquei muito incomodado. Ahahahahahah. :)

2 de dezembro de 2010

Tarde na Baixa


Hoje recebi duas frequências. Numa delas tive uma nota óptima; na outra, apesar de positiva, não foi tão boa. Normalíssimo. Primeiro ano, cinco frequências, nenhuma negativa e só uma frequência com uma positiva mais fraca é muito bom. Mas, como sabem, sou extremamente exigente comigo mesmo. Sempre o fui. Não admito que uma porcaria de uma folha vença as minhas notáveis qualidades cognitivas. Eu não tenho medo de nenhuma cadeira e sou bom, logo, tenho de honrar o meu nome, apesar de saber que o título «melhor aluno do Secundário» ali não vale nada.
Para aliviar o meu peso na consciência, fui com três colegas do «clube dos tios» (ahahahahah) e mais alguns colegas para a Baixa. O R. estava lá. Não gosto muito da Baixa mas, de vez em quando, sabe bem ir até lá um pouco. Demos uma volta pelas lojas, entrámos em algumas e eu, consumidor compulsivo, não resisti em comprar um casaco. Sou terrível. O R. está cada vez mais giro, raio do rapaz. Aliás, uma colega comentou precisamente isso. Ele tem qualquer coisa. Não é um deus grego, lindo, fantástico, deslumbrante; todavia, tem qualquer coisa. É alto, magro, um cabelo super rebelde, look desportivo/clássico, super informal no modo de falar e agir e, por último, um brincalhão de primeira. Tem um charme irresistível. Lá andava no meio das tipinhas vulgares e, por vezes, vinha para perto de mim. Uma Barbie ordinária e oxigenada também foi connosco e, já constatei, atira-se descaradamente a ele. E ele? Corresponde, como bom macho latino. Se tenho ciúmes? Um pouco, sim, mas eu garanto-me. 'Tadinha da piquena perto de mim. Mando-lhe um olhar e ela baixa logo a cabeça. Vulgar, reles e filha de empregada de limpeza, na certa! Perdoem o preconceito, mas eu odeio-a. -.-
Depois de percorrermos as lojas, fomos até ao Starbucks beber um café ou algo do género. O R. nunca lá tinha estado. Oportunidade simples e pouco óbvia. :) Ele pediu-me ajuda para escolher algo. Eu disse-lhe que o que estava a beber era bastante bom e ele iria adorar. Pedi, então, um capuccino simples para ele. Fomos até ao balcão dos açúcares e, imaginem, açucarei aquilo ao rapaz propositadamente de tal forma que ele ao provar disse:
-"Aí, esta cena está bué doce!"
Ao ouvido, baixinho e discretamente, disse-lhe:
-"É para seres mais doce para mim..."
Eu não pensei. Saiu, simplesmente. Ele ficou a olhar para mim com uma cara estranha, até que sorriu.
Fomos todos até ao Rossio e, passado algum tempo, cada um para a sua casa. Lá tive de apanhar o maldito metro, mas enfim...
No fundo, gostei da tarde de hoje. Foi giríssimo, não obstante a vulgaridade a que estive submetido.
E não é que o casaco da H&M é fantástico?

1 de dezembro de 2010

Dia Mundial de Luta Contra a SIDA


Hoje assinala-se, mais uma vez, o Dia Mundial Contra a SIDA, num momento em que vários estudos indicam uma diminuição no número de casos de HIV por ano. É um progresso, sem qualquer sombra de dúvida. Porém, nas estatísticas de novas infecções descobertas todos os anos, assiste-se a um aumento no número de infectados entre os heterossexuais. Recorde-se de que a SIDA era associada, nos anos 80 do século XX, aos homossexuais e toxicodependentes.
Freddie Mercury morreu vítima de SIDA em 1991. Dia 24 de Novembro (há poucos dias) completaram-se 19 anos desde a sua morte. Foi uma das figuras mais emblemáticas da música mundial e uma das celebridades mais conhecidas de todos os tempos.
É mais um dos rostos da SIDA.