21 de abril de 2025

Adeus, querido Papa Francisco.


   É realmente um dia muito triste para mim. Cada um falará por si. O Papa Francisco foi o responsável por eu ter abraçado a Igreja. A sua mensagem de inclusão (uma Igreja para todos, repetindo o todos três vezes) não deixou margem para dúvidas: o Papa queria que a Igreja acolhesse homossexuais também. Nós, que durante tantos séculos, e inclusivamente mais recentemente com João Paulo II e Bento XVI, fôramos desprezados e tratados como aberrações, com o Papa Francisco voltámos -pelo menos eu- a sentir-nos integrados e acolhidos no seio da nossa fé. E eu estou seguro de que o Papa teria ido mais além se pudesse, uma vez que a Igreja é uma instituição enorme, onde há lobbies fortíssimos. Fica a imensa saudade.

   Quanto ao seu sucessor, temo o que poderá vir por aí. Espero que o conservadorismo de João Paulo II e de Bento XVI não se repita, e que o caminho que o querido Papa Francisco iniciou não se encerre, pelo contrário, prospere e continue.


17 de abril de 2025

Dad or Son?


   Eu não sou destas publicações -creio até que é a primeira no blogue deste tipo, em dezassete anos-, mas prontes, como diz o outro. Para desanuviar um pouco e recuperar (também um pouco) do que era a blogosfera de há muitos anos, divertida e lúdica (risos). Bem, e com o perdão de Deus por estarmos em Semana Santa, vocês ficavam com o pai ou com o filho? Ou com ambos? Estes dois começaram a aparecer-me nos reels do Youtube, não faço ideia porquê.






15 de abril de 2025

Paris VIII (Saint-Chapelle et Conciergerie e Panteão Nacional).


   No nosso último dia em Paris, adoeci. Alguma virose, suponho. Cumpri com o programa a custo, por querer muito aproveitar e sobretudo para não perder o dinheiro (como sabem, compro todos os bilhetes com a devida antecedência). Nesse sentido, começámos o dia na Saint-Chapelle, um templo gótico precioso, como se diz em Espanha, cuja capela superior está dotada duns vitrais maravilhosos que merecem bem enfrentar a afluência de gente -aliás, em Paris onde é que não há afluência de gente?-.


Se tivesse um pouquinho menos de gente…


  A Conciergerie foi uma prisão, recordada principalmente no período pós-revolucionário do Terror (1793/94). Não lhe vi especial interesse. Tinha umas exposições temporárias, imagino, para preencher aquele espaço frio e inóspito. Vemos o que foram as celas dos prisioneiros, umas explicações relativas e pouco mais.


O Panteão Nacional francês 



Túmulo de Voltaire


  O Panteão Nacional, sim, para quem gosta de ver túmulos funerários. Há quem considere desprezível, desprezível aqui no sentido de perda de tempo. Pode ser, mas eu não quis sair de Paris sem ir ao Panteão. Um panteão que fica aquém, em beleza, do nosso, pelo menos na parte das criptas. Outra coisa é na planta baixa. Por lá poderão encontrar os túmulos de escritores franceses como Victor Hugo, Émile Zola, bem assim como de filósofos da envergadura de Voltaire ou Rousseau, entre inúmeros outros (os investigadores Curie também, e há quem diga que os túmulos têm uma protecção adicional de chumbo devido às radiações dos corpos… se é verdade ou mito…).


Eu adoro comprar livros, e encontrei boas surpresas


   Por coincidência, à tarde, no mesmo dia, descobrimos uma livraria lusófona, portuguesa e brasileira, que foi um verdadeiro achado. Naturalmente, adquirimos inúmeros livros, e vimo-nos aflitos, no dia seguinte, para levar todo aquele arsenal nas malas, e mais ainda para disfarçá-los no embarque.

11 de abril de 2025

Paris VII (Les Invalides e Le Marais-Bastille).


   Ui, há tanto tempo que não falo da minha viagem a Paris. Entretanto foram surgindo outros temas da actualidade social e política, e fui deixando para trás. Como falta pouco, continuo. No nosso sétimo dia em Paris, começámos pelos Inválidos, que em parcas palavras é um complexo arquitectónico mais conhecido por albergar a tumba de Napoleão Bonaparte. Embora seja um mero túmulo, pelo menos em mim suscita alguma curiosidade estar diante dos restos mortais de tão insigne figura. Nos Inválidos, também está situado o Museu Militar. Eu não gosto particularmente de museus militares, mas já que estava…


O túmulo do grande general, Napoleão Bonaparte 


Os Inválidos


O Muro dos Justos


   À tarde, passeámos pelo bairro de Le Marais e pela Bastilha. Passámos designadamente pelo Memorial de Shoah, que se trata de um muro onde se recordam as vítimas do Holocausto nazi. Entrámos em igrejinhas e capelas, procurando, como dissera antes, fazer desta viagem um equilíbrio saudável entre a vertente mais cultural de palácios e museus e a outra, de explorar a cidade, que é igualmente cultural, claro.