Por vezes, o passado domina o nosso futuro e condiciona decisivamente a nossa vida. Quantos de nós, devido a erros do passado, sentimos que existe um pedaço que jamais será preenchido, uma mácula que nos persegue em todos os nossos momentos? Certamente muitos. A vida é feita de caminhos, trilhos que poderão ser os ideais ou os errados. Quando optamos, geralmente não sabemos o que nos espera, é um risco que temos de correr. Porém, as más opções podem significar um sofrimento presente, algo que nos atormenta mesmo quando tudo parece estar bem. Existem pessoas que quase sempre tomam as atitudes correctas; outras, no entanto, erram incessantemente, muitas vezes não por ignorância ou falta de perspicácia, mas sim porque não têm aquela luz que as guie pelos melhores caminhos. A vida não espera por nós e raramente nos permite corrigir erros. Eu creio que nenhum erro poderá ser corrigido, quanto muito remediado. Começo a aperceber-me de que a vida é um jogo muito perigoso, difícil de jogar. Ao mínimo erro, perdemos pontos e, com eles, um pouco da nossa felicidade. O objectivo é fazer sempre o melhor, tomar as opções mais correctas, seguir os caminhos perfeitos, no fundo, fazer tudo como deve ser feito. De outra forma, chegamos ao fim com uma pontuação menor. Há quem chegue com pouquíssima pontuação...
A construção do nosso presente faz-se através das nossas escolhas. A vida é feita delas. Tudo deve ser premeditado, todos os nossos passos e as nossas acções. Se não o fizermos, corremos o risco de estragar tudo, condicionando fortemente o futuro. Depois, não há retorno. Está feito, ninguém tem o poder para mudar. O pior erro que podemos cometer é viver a vida de forma espontânea, sem pensar em absolutamente nada. Os erros pagam-se caros, com um preço demasiadamente elevado.
Para arrumarmos bem o passado, construindo um presente calmo e um futuro promissor, devemos calcular todos os passos, meditando sobre todos os assuntos. A felicidade, essa, espreita ao fundo do grande jogo que é a vida.