26 de junho de 2009

Michael Jackson (1958 - 2009)

Foi com enorme consternação e pesar que soube o que tinha acontecido ao Rei da Pop. Estava em casa e fiquei perplexo, de tal forma que chorei, chorei compulsivamente. As músicas de Michael são obrigatórias no meu dia-a-dia, bem como a sua pessoa é inspiradora e também força motriz da minha vida. Posso me considerar um fã, não fanático, mas um fã. Um fã que chorou e desacreditou uma notícia que já era confirmada um pouco por todo o mundo. Até ao fim acreditei numa possível recuperação, mas o coração que bateu de forma a torná-lo a maior estrela de sempre, parou, numa altura em que preparava tudo para se reinventar.
Depois da fase de negação lamentei a forma pouco digna com que foi tratado pela imprensa ao longo dos anos. Os boatos, os ódios, as polémicas. Tudo abalou a vida de Michael e contribuiu para a sua queda. Estava cansado, triste e desiludido com o mundo. O seu coração também.
Mas só as pessoas morrem, os astros nunca.
Descansa em paz, Michael.

25 de junho de 2009

"Víctima" da ignorância

Ontem, de noite, estava a fazer o meu habitual zapping pela televisão (embora não seja adepto deste típico desporto luso: ver televisão) e, ao passar pelos canais portugueses (o que é raro), reparo numa novela da TVI em que uma das actrizes falava num portunhol pouco inteligível e deslavado, o que exigia a colocação de legendas. E elas lá estavam... Quando a mocinha diz vítima a tradução apareceu assim: "víctima", que suponho, etimologicamente, ser oriundo da forma verbal "victimizar"... Por um lado fiquei extremamente feliz pela TVI se preocupar com a herança latina da nossa língua portuguesa; mas numa altura em que os "c" e os "p" estão a cair, não será uma preocupação a mais? Habituados como estamos à irreverência de tal canal, não será difícil supor um toque de ousadia porque não imagino que se trate, efectivamente, de um erro ortográfico. Só lamento não ter encontrado tal palavra no meu dicionário, que estará muito incompleto, de certeza. Terá sido incluída tal palavra no novíssimo Acordo Ortográfico? É uma dúvida que fica... Não se admirem se nos testes escolares aparecer escrita a palavra "víctima". Com o sucesso de tais novelas não se "victimizem", se tal acontecer.
Lembrei-me!; constará no Magalhães?

17 de junho de 2009

Transferências milionárias...

Nos últimos dias têm saído sucessivas notícias que dão conta da transferência ultra-milionária que o Cristiano Ronaldo fez, ao sair do Manchester United para o Real Madrid. Eu, aviso desde já, não percebo nada de futebol; mas será possível que nesta verdadeira novela seja necessário despender 94 milhões de euros pelo passe de um jogador? Quando ouvi tal barbaridade fiquei incrédulo, ao constatar ao ponto a que chegámos. É um absurdo e uma afronta a toda a Humanidade, principalmente aquela que está mais carenciada. Nunca simpatizei muito com a cara do rapaz, por nenhum motivo em especial, apenas aprecio mais e melhor as atitudes de outros jogadores. Não será necessário dizer que fiquei felicíssimo quando ouvi as críticas retundantes da ONU e de alguns jogadores de futebol. Se gostava pouquíssimo de futebol, agora ainda gosto menos. Com milhões de pessoas a passarem fome e privações, o dinheiro é mais do que suficiente para amenizar bastantes problemas deste mundo cada vez mais desprezível. Um exemplo é Moçambique, como referi no meu post anterior. Há muita fome por lá que precisa de ser saciada. É este o mundo que criamos para viver? É assim que dá orgulho ter um jogador português?
Da parte que me toca tenho vergonha, e pena, muita pena...

16 de junho de 2009

Moçambique

Conhecendo Portugal (e a sua mentalidade) como conheço, cada vez mais me encantam os países africanos pela sua simplicidade e necessidade de obra e empreendimento. São países magníficos e místicos, como por exemplo, Moçambique.
Confesso que não conheço esta terra, mas o pai que conhece e tão bem, diz-me maravilhas sobre o ar, a água e o cheiro a África que Moçambique exala. Tenho algumas fotos, daquelas antigas, a preto e branco, que me mostram como aquele país é diferente e exótico. Como sabemos, o futuro do mundo está em África, como demonstram as sucessivas notícias que dão conta da emigração portuguesa para Angola. Agora como dantes, os portugueses procuram além-mar melhores oportunidades de vida. Apesar de não possuir tantas riquezas naturais como Angola, Moçambique é um país rico mas pobre, próspero mas manifestamente subdesenvolvido, o que prova a necessidade urgente de uma aposta naquele país. O turismo seria uma boa vertente, se fosse devidamente aproveitado e explorado. As paisagens que me chegam são magníficas e imensamente diferentes de tudo aquilo que conhecemos na Europa. Todo esse património natural tem de ser preservado e, se possível, visitado. Nos dias actuais, em que tantas pessoas gastam dinheiro em destinos como a América do Sul, seria interessante, no mínimo, se prestassem alguma atenção às maravilhas que a África (e aqui tão perto...) nos tem para oferecer.

14 de junho de 2009

Like me...

Decidi dedicar este post para falar um pouco mais sobre mim, retomando o hábito dos primórdios deste meu espaço.
Apesar de (aparentemente) ser igual à maioria das pessoas, de facto, encontro em mim algumas especificidades que me tornam realmente especial e, sobretudo, diferente dos demais. E essas diferenças que não pretendo explorar, como por exemplo o facto de ser culto e inteligente, que não se coaduna com os comuns portugueses, não passam apenas por si só. Existem mais algumas diferenças que por vezes trazem-me inconvenientes, mas também me dão um enorme prazer, porque destacam a minha notória alienação com o mundo que me rodeia. E, digo-vos, não é um mundo fácil. Principalmente Portugal, este país mesquinho que me desperta sentimentos de amor-ódio tão próprios de uma adolescência mal resolvida e com assuntos por arrumar. O pós 25 de Abril é uma fase que decorre nos dias actuais, e é incrível olharmos para trás e notarmos que as mentalidades continuam iguais, tão vivas como nunca!, e cada vez mais fortes, dentro de um país decrépito, arruinado e cada vez mais "orgulhosamente só!", mas desta vez em pobreza não só material, mas principalmente de espírito. E é vê-los agarrados às suas minis, bebendo estupidez misturada à sua parolice, sentido-se os reis, muitas vezes conscientemente do verdadeiro nada que é o seu reinado, ou direi, império?... Se a nossa cabeça conseguir conceber este retrato mórbido à escala de um jardim mal plantado e com flores estragadas do Minho ao Algarve com 10 milhões de pessoas, torna-se fácil constatar o que é a "...Ocidental Praia Lusitana...". Se voltassem, voltariam a morrer. Urge o progresso!!!