22 de agosto de 2018

Down a Dark Hall.


   Um filme que não sei catalogar se de terror ou drama. É uma mistura de ambos os géneros. O cinema actual padece dos males que afectam a indústria musical: parece que já vimos algo igual. Digam-me lá quantos filmes conhecem que sejam ambientados em casas assombradas? Milhentos. Quantos guardam na memória? Zero. O mesmo se aplica a estórias de miúdos problemáticos, neste caso miúdas. O argumento seria bom se fosse explorado de outra forma. Tem os condimentos necessários num bom filme de terror. Códigos, misticismo. A fórmula é que não funcionou; não pelos efeitos, que não os há em demasia, mas pelas interpretações, más e frívolas, e pela sequência desastrosa que o faz monótono, previsível. Partes há em que praticamente rimos, sobretudo no final. 

   Do realizador de Buried, este filme em nada se assemelha ao primeiro nos requisitos qualidade e surpresa. Se surpreende, fá-lo pela negativa. Buried deixa-nos ansiosos até ao último instante. É claustrofóbico - naturalmente - e perturbador. Este, por seu turno, não suscita nem medo nem pena daquelas jovens delinquentes. É cliché, desinspirado. Uma Thurman também não convence. Age forçadamente. A interpretação não lhe saiu com naturalidade. 
   Para esquecer em poucos dias.

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