5 de outubro de 2019

Queer Lisboa 23 (review).


   O Queer Lisboa 23 - Festival Internacional de Cinema Queer - terminou no passado sábado. Decorrendo entre os dias 20 e 28, foi a edição em que mais participei. Fui a um total de 14 sessões. Leram bem, catorze. Adquiri inicialmente doze, e depois outras duas, ao longo da semana. Dias houve em que fui a duas por dia. Passo, então, a enumerar as sessões, pela ordem em que as vi.



The Spark: the origins of pride (documentário / Cinema São Jorge);

Greta (Cinema São Jorge);

One Taxi Ride (documentário / Cinema São Jorge);

And Then We Danced (Cinema São Jorge);

Irving Park (documentário / Cinema São Jorge);


El silencio es un cuerpo que cae (documentário / Cinema São Jorge / sessão adquirida posteriormente);

Sócrates (Cinema São Jorge);

Golpe de Sol (Cinema São Jorge);

Rebels of the Neon God (Cinemateca); 

Porth Authority (Cinema São Jorge);

Can You Ever Forgive Me? (Cinema São Jorge);

Skate Kitchen (Cinema São Jorge / sessão adquirida posteriormente);


   Já sabem que poderão clicar nas respectivas hiperligações para ter acesso às críticas a cada um dos filmes / documentários. Uma quantidade desmesurada, não? Pois sim, foi o que muita gente me disse. O que me levou a ir a tantas sessões foi, por um lado, gostar da temática LGBT no cinema e, pelo outro, andar com excesso de tempo livre.

   Como em tudo, houve filmes / documentários de que gostei mais e outros de que gostei menos. Vou começar pelo meu favorito, o Can You Ever Forgive Me? Gostei ainda do The Spark: the origins of pride, do Greta, do And Then We Danced, do El silencio es un cuerpo que cae, do Rebels of the Neon God.  Foram-me relativamente indiferentes o One Taxi Ride, o Das Geräusch Rascher Erlösung, bem assim como o Sto Dnei do Prizaka, o Sócrates, o Porth Authority. Não gostei do Irving Park, do Golpe de Sol e do Skate Kitchen. O balanço, em suma, parece-me bastante positivo.

   Quanto à organização do festival, estiveram bem. Os horários foram razoavelmente cumpridos. É pena que não possa dizer o mesmo da audiência, que em algumas sessões tive de me indispor com quem conversa e mexe nos telemóveis. Fica para outro dia, mas deixo já aqui o apontamento: as pessoas estão cada vez mais desordeiras nas salas de cinema, retirando o prazer de se assistir a um filme tranquilamente.




    Darei um ponto negativo ao uso que me pareceu excessivo do inglês. Houve sessões sem legendas. Não por mim, que me desenrasco no idioma, mas há quem não tenha estudado inglês. Enfim, estudando ou não, estamos em Portugal. Exige-se que todas as sessões tenham legendas em português. Também não seria mau que tivessem um maior cuidado com as legendas, que em muitas das sessões não estavam em sintonia com as cenas. Houve ali alguns delays que devem ser corrigidos em edições futuras para se melhorar a experiência do espectador. Curioso ter de dar uso a um anglicismo na falta de melhor termo em português.

   Se já adorava a Cinemateca - e vou lá frequentemente -, esta edição fez-me despertar para a maior atenção que devo começar a dar às sessões do Queer que passam lá. É que, enquanto o São Jorge tem uma montra mais comercial e actual (isto quanto ao Queer), à Cinemateca ficam reservados os filmes e documentários mais antigos, de culto, não comerciais, ou seja, todo aquele cinema gay da década de 80 acaba por ser reexibido lá.


   Resta acrescentar que, das sessões que vi, Sócrates arrecadou o prémio de melhor longa-metragem e Greta a menção honrosa.

   Há mais para o ano, e há a edição do Porto, que começa em breve. Estejam atentos.

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