18 de setembro de 2019

MOTELX (review).


   Dado por terminado o MOTELX, festival internacional de cinema de terror de Lisboa, que completou a sua 13ª edição, resta-me fazer um balanço. Foi o primeiro MOTELX que encarei como tal, como festival, tendo ido a OITO sessões, duas a mais frente às seis iniciais de que vos dei conta na primeira publicação sobre o certame. E foram estas, pela seguinte ordem (poderão clicar em cada hiperligação para ler as respectivas críticas a cada um dos filmes):






The Hole in the Ground (sessão adquirida posteriormente);

- Get In;

Plan 9 From Outer Space (sessão gratuita);

The Wind


   Pude ainda assistir a três curtas-metragens, uma nacional e duas internacionais. Foram elas, por ordem: Don't Feed These Animals, The Haunted Swordsman  e, por fim, A Little Taste.




   Sobre a organização do MOTELX, creio que tenham estado bem. Houve mérito na procura por criar um ambiente dinâmico, de terror, condizente com o festival. Andava por lá um figurante a fazer de Michael Myers, o célebre serial-killer ficcional. Além disso, foram atenciosos com os geladinhos gratuitos para os espectadores. Do que não gostei: do preço dos bilhetes, que aumentou em mais de 50 % face ao ano passado. Achei excessivo. E vá lá que os comprei com desconto, quer adquirindo o pack, quer utilizando o desconto da Yorn - sim, que eu pago os bilhetes do meu bolso. Não sou como uns e outros que pedem acreditações para não pagar, e depois, claro, têm de mostrar trabalho. Podiam também evitar estimular o consumo de bebidas alcoólicas. Bebidas gratuitas num recinto de cinema pequeno, e quem conhece o São Jorge sabe que aquilo não é por aí além, torna o espaço claustrofóbico, e evitar-se-ia que se passeassem uns quase indigentes que só lá estavam pela bebida e não pelos filmes. Não se admite que filmes cobiçadíssimos só tivessem uma sessão (refiro-me ao Midsommar, claro). Eu compreendo que o filme esteja prestes a estrear nos cinemas comerciais e que tenha havido constrangimentos por isso, mas, ainda assim, exigia-se um esforço no sentido de se disponibilizar uma segunda sessão. Se não houve esse dito esforço, fica o recado. Por último, não cumpriram com os horários divulgados no jornal oficial e nos folhetos informativos. Os atrasos das sessões chegaram aos 10 minutos. Se abrissem as portas antes, contorná-los-iam e às longas filas.




    O somatório destas falhas, vá, não me leva a pôr um ponto final no MOTELX. Gosto de terror e seguramente que só não irei à edição do ano que vem se não puder. O apoio que dão à produção nacional, não a excluindo, pelo contrário, e o cariz verdadeiramente internacional das escolhas, com filmes de vários países, torna-o num festival no mínimo interessante.


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