18 de janeiro de 2019

Uma Noite de Natal (concerto de Gisela João).


   À data, não lhes falei de um concerto a que fui, no dia 21 de Dezembro, no CCB. Foi o segundo dos meus concertos de Natal, sendo o primeiro na Aula Magna, e desse falei-lhes aqui. Temi, de certo modo, voltar a falar do Natal, e em Janeiro, porque é um tema meio extemporâneo, mas, tratando-se do meu primeiro concerto no CCB e de alguma desilusão, porque não fazê-lo?

  Eu adoro o Natal, já se sabe, e queria realmente entranhar-me no espírito da época. Pesquisei por concertos de Natal e soube deste, da Gisela João; melhor dizendo, de uma verdadeira residência, porque ela esteve três dias por lá.


   Foi um dia giro. Estive no meu pai e na minha avó. Depois, fui a Belém, passeei, tirei fotos, comprei um livro do Kafka, até que chegou a hora do concerto. Desde logo, e uma vez que comprara os bilhetes pela internet, escolhi mal o lugar. Fiquei numa lateral, com péssima visibilidade. Muito desconfortável. O bilhete não deixou de custar quase duas notas de dez. Não foi tão barato assim - não era dos mais baratos, nem de longe - para tamanho desconforto. Bom, mas isto é como tudo: queria melhor, comprava os mais caros. Todavia, não se justifica colocarem uns assentos daqueles. Eram cadeiras. O espaço dava para quatro delas. Fiquei espremido, literalmente, a um canto. Mal nos conseguíamos mexer, esticar as pernas, respirar!


   Em relação ao concerto em si: não gostei. Nunca tinha ouvido a Gisela João ao vivo. Ouvi-a um pouco na televisão, já interpretando as canções que levaria ao centro, e gostei bastante, a ponto de me decidir a ir. Ao vivo, é tudo diferente. Não gostei sequer da setlist. Esperava umas músicas mais animadas, com mais brilho. O palco tinha uma decoração escura, as canções escolhidas eram deprimentes - há outro cançonetismo americano, de Natal, com mais interesse - e ela realmente fala demasiado. Quer ser tão próxima das pessoas que se torna mais informal do que se pretendia. O público comprou os seus bilhetes. Queria música, e boa, e não tagarelice. Além de que não senti esmero, brilho, dedicação, na sua prestação. Esteve ali, cantou umas coisas. Tão-pouco tem voz para aquilo. Uma desilusão.

   Valeu pelo passeio e pelo livro. E ainda reencontrei uma professora minha, da faculdade, na livraria Bertrand do CCB.

Sem comentários:

Enviar um comentário