Há sessenta anos, Yuri Gagarin, correspondendo aos anseios de toda a humanidade e encabeçando a investida e primazia (até então) da União Soviética na conquista do espaço, foi o primeiro ser humano a transpor a atmosfera terrestre, demonstrando que sim, dispondo dos equipamentos adequados, era possível sobreviver para lá da protecção conferida pelo planeta azul. Para que Gagarin chegasse em segurança, sacrificaram-se outras vidas, como a de Laika, que merece uma menção neste dia simbólico.
A chegada ao espaço deu-se mais por rivalidade e antagonismo das superpotências da época do que por verdadeira curiosidade científica, muito embora a curiosidade ajude a definir o homem e as suas várias conquistas: a inconformidade, a necessidade de superação. A dúvida e a inquietude são as razões do progresso.
Gagarin foi o primeiro homem a desafiar a solidão espacial. O risco a que se sujeitou fê-lo um herói, e aproximou-nos de uma realidade que, seis décadas depois, continua a ser amplamente desconhecida.
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