11 de fevereiro de 2020

Óscares 2020.


   Na madrugada de domingo para segunda, fui dormir tardíssimo. Não podia perder a entrega dos Óscares, evidentemente, como bom cinéfilo que sou. Houve enormes surpresas. O Parasitas, merecidamente, arrecadou as principais estatuetas: Melhor Realizador (Bong Joon-ho), Melhor Argumento Original, Melhor Filme Estrangeiro e, finalmente, a mais cobiçada de todas: Melhor Filme. Não imaginei poder ver Hollywood a entregar aqueles galardões a um filme sul-coreano, a uns tipos que nem o inglês sabem falar. Parasitas, e disse-o logo assim que o vi, é o melhor filme de 2019, um dos melhores da década e quiçá mesmo deste século. Uma maravilhosa sátira às desigualdades sociais da Coreia do Sul. Poderão ler a crónica ao filme (de 31 de Outubro), a quem não o fez, aqui

   Dos grandes derrotados, incluiria não só o Era Uma Vez em Hollywood como o The Irishman, o Joker e, desfortunadamente, o 1917. O Era Uma Vez em Hollywood era o menino bonito, afinal, reporta-se aos anos de ouro da indústria cinematográfica norte-americana. Tarantino não conseguiu convencer a Academia. Assim mesmo, Brad Pitt subiu ao palco para receber o Óscar de Melhor Actor Secundário, o seu primeiro como actor, e Barbara Ling e Nancy Haigh para o de Melhor Design de Produção, pela concepção artística. Joker arrecadou as de Melhor Banda Sonora e Melhor Actor, por Phoenix, numa interpretação que considerei forçada, visando primordialmente a estatueta. Irishman, de dez nomeações, foi para casa de «mãos a abanar», e bem, que o filme é uma chatice pegada. Por último, 1917 era aquele que, com o Parasitas, dividia a minha preferência. Venceu em três categorias: Melhor Cinematografia (Fotografia), Melhor Mistura de Som e Melhor Efeitos Visuais.

     Em Melhor Actriz Secundária, Laura Dern, enquanto implacável advogada do Marriage Story. Eu tê-lo-ia dado a Kathy Bates por O Caso de Richard Jewell; em Melhor Actriz, Renée Zellweger, por Judy. Uma justa atribuição à actriz e também uma homenagem da academia à lendária Judy Garland.

    Em Melhor Canção Original, Elton John logrou a sua segunda estatueta, mais de duas décadas após Can You Feel The Love Tonight, por (I´m Gonna) Love Me Again, em Rocketman. Não considerei o filme um deslumbre, mas, observando os restantes três nomeados, acho justo. Em Melhor Banda-Sonora Original, ganhou o Joker; quanto a mim, melhor teria sido entregue ao 1917. Em Melhor Caracterização, Bombshell. Não que tenha sido mal atribuído, em todo o caso, se o fosse a qualquer um dos outros nomeados também não se teria perdido nada. Em Melhor Guarda-Roupa, Little Women. Sendo um filme de época, compreende-se. A Academia premeia o esforço e o esmero. São categorias menores. Aquelas relativamente indiferentes para os actores e realizadores, direi eu, mas não para quem se ocupa daqueles aspectos não menos relevantes de qualquer filme. Em Melhor Argumento Adaptado, Jojo Rabbit, um filme bastante elogiado, que pretendo ver o quanto antes.

        E até para o ano que vem!

2 comentários:

  1. Grande mudança na cor deste espaço,

    Não ligo muito eheheheheh

    Abraço amigo cinéfilo

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    1. Quis mudar. :) Não mudei só a cor, como mudei também a foto.

      Eu ligo desde há uns anos.

      Um abraço, amigo.

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