15 de fevereiro de 2011

O Retomar de Uma Vida Estudantil


Foi difícil, é a palavra que me ocorre de momento. :) Digamos que todo o meu metabolismo estava a acomodar-se à situação de estar tanto tempo parado. Como sabem - ou deverão saber - o calendário de aulas do Ensino Superior é diferente do calendário do Ensino Secundário. Durante o mês de Janeiro estamos em exames e orais e só retomamos em Fevereiro. Janeiro é, por isso, um mês em que não se faz nada a não ser estudar, o que não implica que nos levantemos muito cedo (falo por mim). O meu corpo estava a começar a ganhar os vícios da ociosidade, nomeadamente a preguiça e o não querer acordar de manhã cedo. Nunca estivera tanto tempo parado desde que entrei no ensino pré-escolar, com três anos.
Hoje foi mais um dia em que fiquei a conhecer uma nova disciplina, vulgo cadeira. Terei duas novas neste semestre. São acessíveis, acho, sendo que uma foi optativa. Os livros é que recomeçam a pedir, desde as prateleiras, que eu os compre. :) São tantos que vocês não conseguem ter uma ideia. Para além de tudo, terei de ler um em alemão, visto que não existe tradução em língua portuguesa, de momento. A mãe conhece alguns alemães devido aos negócios, alguns dos quais radicados em Portugal, mas não me seduziu a ideia. Tenciono, portanto, frequentar uma escola de línguas. Aliás, é uma ideia que há muito sobrevoa o meu pensamento. Já sei até qual pretendo frequentar e vou amanhã mesmo oficializar a minha matrícula em inglês e alemão. O alemão - e agora vou fazer uma pequena referência - é uma língua que, a par do espanhol (castelhano), ganha cada vez mais importância na Europa, pese embora o facto de ter muito menos falantes do que o português. E soube, recentemente, que apanharei uma quantidade significativa de livros em alemão, logo, não convém vacilar. :)
Quanto aos pormenores universitários extracurriculares, ou seja, o R. (LOL), tudo continua na mesma. Hoje, depois das aulas, almoçámos na faculdade sozinhos. As conversas são sempre as mesmas e confesso que começo a perder o interesse e o entusiasmo. O rapazinho só sabe falar das aulas, do Sporting, da crise no Egito, etc. Não tem a mínima sensibilidade para ver que eu estou ali e que podia perfeitamente avançar qualquer coisa. Ao mesmo tempo, não se retrai. Não consigo perceber, mas, se querem que vos diga, já nem quero. Começo a duvidar seriamente da sua inteligência. Ele ainda não percebeu?!
Quanto ao vizinho da avó (LOL), cheguei à conclusão de que estava a ser ridículo. Não, tudo bem que vá a casa da avó e, se o vir, o cumprimente e até tente, mas ir lá de propósito para ver um rapaz que não conheço de lado algum é, no mínimo, absurdo.
Todavia, há factos que merecem alguma reflexão da minha parte. Daquilo de que me tenho apercebido, as taxas de reprovação / insucesso são elevadíssimas. Há ali meninos cujos paizinhos fazem tudo por eles e mesmo assim não se dedicam minimamente ao estudo, revelando uma falta de empenho gritante. Pelo menos o menino aqui, cujos paizinhos também fazem tudo, dedica-se ao estudo e tem, modéstia à parte, notas muito boas. Recompenso os meus pais de alguma forma. O seu a seu dono: há alunos que estão com bolsas de estudo, ainda trabalham e tiram boas notas. Nem só de preguiçosos vive o nosso espectro universitário.




Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico.

O As Aventuras de Mark passará a aplicar, a partir de hoje, as regras vigentes relativamente à ortografia oficial da Língua Portuguesa. Contudo - e porque estas mudanças são graduais - podem ocorrer ocasionalmente erros da parte do autor, nomeadamente no que concerne a palavras escritas ainda com a ortografia antiga. Pede-se, por esse facto, a vossa compreensão.


14 comentários:

  1. Comigo foi parecido, depois custou muito a pegar xD
    e isso com o R. não anda lol Mas porque é que não avanças tu? Ou já não queres? Se vês que ele não avança avanças tu, simples xD Abc.

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  2. Olá Mark!
    A ociosidade começava a pegar-te fortemente! A mim, curiosamente, nunca me aconteceu. Gostava muito da Universidade.
    Relativamente ao R. concordo com o Tomás aqui em cima. Porque não dás tu um pequeno passo? Pode ser o impulso que falta!
    Abraços,
    Ikki

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  3. Hum... O R. gosta do Sporting! Que tal uma ida a dois ao futebol?! ;)

    Quanto ao acordo, sou retrógrado! I hate it!

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  4. Tomás: E se eu "avanço" e cometo um erro? É isso que me leva a deixar as coisas em "banho-Maria"...

    Ikki: Também gosto da Faculdade, não gosto é de acordar muito cedo, eheh. (:
    Vou tentar ser um pouco mais explícito, não muito.

    Blog Liker: Era uma boa ideia, afinal, fui recentemente ao Estádio do Dragão com o pai. (:
    Eu nunca disse que gostava do Acordo; digo, sim, que é necessário e imprescindível para a nossa língua comum. (:

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  5. Não desistas do R. talvez tu é que devesses dar o primeiro passo e avançar qualquer coisita...!
    Gosto muito do que escreves, é mesmo bom chegar aqui ao teu blog ao fim do dia ter algo de Muito Bom para ler, sabe bem :)
    Beijinho

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  6. Eu não deixava a coisa com o R em banho-Maria; tinha uma conversa a sério com ele e sim ou sopas.
    E concordo com a tua imagem de ser algo absurdo, ir a casa da tua Avó só para encontrar eventualmente um rapaz que por assim dizer não conheces...

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  7. Mark,
    Muitas vezes as pessoas que estão de longe vêm mais nitidamente que as pessoas que estão perto. Por isso tomo a liberdade de te escrever.
    Você sabe se o R. é gay? Ou se o R. gostaria de se “aventurar” nesse outro lado? Ou se o R. gostaria de se “aventurar” com você?
    Bem, se você não tiver certeza quanto a esses pontos (e penso que não tem), dou as seguintes sugestões:
    1) Faça o R. saber que você é gay! Como? Em uma conversa informal, diga que gosta de freqüentar determinado local gay, ou, de forma mais direta, diga que não gosta de meninas. Simples assim!
    2) Dependendo da reação dele você saberá se pode ou não dar o segundo passo: perguntar para ele se ele também prefere os rapazes. Pergunte de forma direta. Sem rodeios! Pergunte que locais gosta de freqüentar, etc.
    3) Se ele for tornar receptivo aos passos anteriores, convide-o para irem a um bar gay. Se ele aceitar, penso que tudo será solucionado, porque ele estará, literalmente, em suas mãos.
    No entanto um ponto é importante; quando fazia faculdade também me apaixonei por um amigo. Mas nunca tive coragem de lhe falar que o amava. Fiz bem. Ele casou, tem filhos e, pelo que sei, nunca teve nada com outros caras. Se tivesse me declarado teria dado muito mal porque ainda vivemos num mundo homofóbico. Por isso vá com tato quanto ao item 1. Esse, provavelmente, é o item mais crítico da lista acima.
    E outra coisa, se não der certo, paciência. Parta para outra, digo, para outro. Mas essa questão estará solucionada de uma forma ou de outra.
    Abraços.
    Marcelo B. Pires.

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  8. Ah, esqueci de perguntar: qual a cadeira optativa que escolheste? Fiquei curioso...
    Abraços.
    Marcelo B. Pires.

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  9. Pinguim: Mas é que eu tenho medo que seja "sopas" e depois tenho de o encarar todos os dias... :S

    Marcelo: Obrigado pelas dicas. Serão úteis de futuro, com toda a certeza. (:
    Quanto à cadeira optativa, escolhi História das Ideias Políticas. (:
    Abraço!

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  10. Mark
    e qual é o problema? se for "sopas" vocês serão apenas bons amigos e mais nada.
    Ou acreditas que ele vai deixar de ser teu amigo? Já tiveste provas mais que suficientes para saber que nunca deixará de o ser.

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  11. Pinguim: Realmente não o sei, mas tens razão quando dizes que nada tenho a perder. O meu medo não é o de perder a sua amizade, pois, se tal acontecer, revela que ele não é assim tão boa pessoa, logo, não merece sequer a minha amizade; o meu medo é mesmo o de encarar uma pessoa a quem revelei os meus sentimentos. Caso sejam "sopas", não quero que ele pense que o amei alguma vez...

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  12. rsrs.
    O que é "sopas"? Vocês escrevem para o mundo, não para apenas para Portugal! rsrs
    Aqui no Brasil não sabemos o significado dessa gíria.
    rsrs
    abraços.
    Marcelo B. Pires.

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  13. Olá Marcelo,

    Eu tento sempre escrever de forma a ser entendido nos dois lados do Atlântico. :) "Sopas" é, efectivamente, uma gíria portuguesa. A expressão "ou sim, ou sopas" significa que uma coisa ou se concretiza ou não se concretiza. Suponhamos - e isto é apenas um exemplo - eu quero que alguém me dê algo e essa pessoa não a dá. Eu falo com a pessoa para saber se "é sim, ou sopas", sendo que "sopas" corresponde à resposta que não queremos ou não desejamos ouvir.
    Espero que tenha conseguido explicar a gíria, o que nem sempre é fácil. :)
    Abraço.

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  14. Como sempre já venho tarde... por isso neste momento já dever andar em velocidade de cruzeiro tanto na faculdade como no Goethe Institut... a meu ver o melhor sítio para aprender a falar 'com batatas quentes' na boca. Deppis podes dizer ao R "Du wollen mit mir schlafen?", a primeira coisa que eu aprendi a dizer em alemão. ;-)

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