4 de fevereiro de 2011

E Passou...


Voltei hoje, de tarde, de viagem. Soube a pouco, é verdade. Todavia, eu sabia que era um dia apenas e mal deu para matar saudades do pai. No fundo, no fundo, sinto a sua falta. O pai sempre foi bastante compreensivo. Leio, por vezes, em alguns blogues, que certos progenitores masculinos têm dificuldade em entender determinadas situações. O pai, não. É do mais open mind que se possa imaginar. Aliás, a mãe também o é, os avós, os manos, enfim, bendita família.
Como ninguém me contactou, lá fui para o Porto sozinho. Maus. :( LOL A viagem faz-se muito bem de Alfa, de facto. À chegada, lá estava o pai. Fomos almoçar e conversámos bastante. As pessoas do Norte são mais humildes do que as do Sul. Devo dizê-lo. E depois, sinto que existe uma relação de amor / ódio em relação ao Sul. Como disse anteriormente e noutro post, sempre fui bem recebido no Norte e, digamos, sempre tive mais sucesso. Desta vez não foi excepção. Não sei o que tenho, mas vários rapazes portuenses olharam para mim com aquele olhar malicioso, numa proporção de 10 para 4 em relação a Lisboa. Ahah :) Deve ser do jeito mais determinado e sulista, com certeza. Eu não gosto particularmente do assédio, mas enfim... 
Hora do jogo. O pai estava impaciente e eu acabei por aceitar o inevitável. Não vou perder tempo algum a descrever algo que passou na televisão e que, sinceramente, não me despertou interesse. Posso acrescentar, porém, que nunca ouvi tantas asneiras na minha vida. Eu sei que é um hábito no Norte, seja nos restaurantes, na rua, etc, mas num jogo de futebol é o caos! Interessou-me um rapaz que estava na entrada do estádio, sim, que eu não me sentei logo no camarote e obriguei o pai a mostrar-me aquilo tudo quando ainda estava, digamos, suficientemente vazio para eu estar à vontade. É que o pai, como conhece elementos da direcção do clube, entrou mais cedo comigo. O dito rapazinho estava à entrada e não tirava os olhos de mim. Ora eu, como nada devo seja a quem for e como também me interessou, mostrei que aceitava dois dedos de conversa e assim foi. Falámos, pediu-me o número e eu, que NUNCA dou o meu número a estranhos, acabei por lho dar. O pai, tal era o nervosismo, não se apercebeu de nada. Começou o jogo e já o rapaz me estava a enviar sms...
Depois do jogo, fomos para o apartamento de um amigo do pai, na Boavista, uma das zonas mais nobres da cidade. Entrámos no edifício e quando chegámos à porta, o amigo do pai abriu-a mostrando alguma apreensão. Pensei instantaneamente que seria por minha causa, contudo, o pai dissera-me que até foi o amigo que se ofereceu para nos acolher. Bom, lá entrei, o senhor encaminhou-me para a sala de estar e eu sentei-me discretamente. Entretanto, o amigo do pai chamou-o para dentro e durante mais de quinze minutos não vi absolutamente ninguém, nem ouvi qualquer barulho, fosse de vozes ou dos ruídos próprios de uma casa. Já estava a ficar bem preocupado e a preparar-me para ir à procura do pai, quando passa uma mulher duvidosa, estrangeira (pelo aspecto), de saia bem curta a mostrar o pernão, maquilhagem forçada e o cabelo pintado de um louro vulgar... É isso mesmo que estão a pensar: o amigo do pai estava com uma garota de programa em casa e, por esse motivo, mostrou-se apreensivo à nossa chegada! Que situação tão constrangedora!... Se vissem a minha cara a olhar para a mulher... Fiquei estático e ela ainda lambeu os lábios a tentar seduzir-me! Ai, querida, tens uma sorte...
Dia seguinte. Fui extremamente bem tratado no apartamento do amigo do pai. Senti-me com toda a comodidade que tenho em casa. Ele tem empregada, felizmente, porque três homens numa casa sem saberem fazer seja o que for é mau... Almoçámos na sua casa e a empregada dele cozinha bastante bem. Da parte da tarde, fomos passear pela cidade, revisitando lugares que conheço desde criança, mas nos quais não estou todos os dias, logo, é de revisitar e fotografar. Depois do lanche, fiquei mais um pouco com o pai até ao momento de ele me levar à estação para regressar a Lisboa. Vim novamente sozinho, desta vez não tão sozinho, uma vez que um rapaz, evidentemente gay, sentou-se perto de mim e depois de tanto olhar teve a lata de meter conversa. Eu, como sou educado, respondi, mas sempre de pé atrás. Tinha assim um aspecto de promíscua, o cabelo com um corte todo horroroso e no ar, que ele pensa que é muito fashion, mas é muito foleiro! E aquele arzinho de coisa banal... :S
Quando cheguei a Lisboa, já a mãe estava à minha espera. Levei todo o percurso até casa a contar-lhe o que se tinha passado, omitindo, como é óbvio, alguns pormenores desnecessários. LOL :)
O balanço é francamente positivo. Gostei da viagem, do passeio e até dos metidos, eheh. Não sei, o sotaque é sensual, bem como aquele ar mais masculino. Não são tão... frescos.
Espero repetir. :)









P.S.: Fotografia tirada por mim. :)

11 comentários:

  1. Eu até me oferecia para te levar a passear pelo Porto mas tu já tinhas companhia :b
    Lisboa funciona para mim, como funciona o Porto para ti, é refrescante, revigorante e acima de tudo inovador à vista, ahahahah x)
    Ainda bem que te divertiste, o Porto tem o seu algo que é fenomenal!

    E sim, eu tenho o sotaque portuense e com muito orgulho :b

    ResponderEliminar
  2. Filipe, para mim foi bem revigorante. :) A cidade tem uma luz diferente daquela que encontras em Lisboa. Eu prefiro, não me perguntes o motivo. Eheh
    Eu adoro o vosso sotaque. Vocês dão uma entoação diferente às palavras. Gostei particularmente do "fuoda-se". LOL :D

    lots of love ^^

    ResponderEliminar
  3. Eu percebo-te, eu estou ansioso por voltar a Lisboa, vai-me saber pela vida! :)

    O nosso sotaque é muito bom e assim como a nossa comida. Experimentaste alguma Francesinha ou Tripas à Moda do Porto? :D

    ResponderEliminar
  4. Sair de Lisboa, para mim, é saber-me pela vida. :D
    Tripas?, que horror! Não como dessas coisas pesadas! A francesinha, comi, apesar de ter quebrado uma "lei" minha, que é precisamente aquela em que estipulei - e cumpro - de não comer carne, muito menos vermelhas. Foi UMA vez (quando era mais pequeno comia sempre que lá ia). :)

    ResponderEliminar
  5. a tipa gostou de ti mark. devias ter experimentado daquela "fruta" lol xD
    olha eu já não vou ao Porto há tanto tempo que já nem me lembro. tive lá praí duas vezes e das vezes todas que fui gostei. como também digo os meus palavrões de vez em quando, até me senti em casa. lol
    abc

    ResponderEliminar
  6. Tomás, eu nunca fui muito ligado a frutas daquelas, sabes... Ahahah :)
    Eu não digo "palavrões". Nunca os ouvi em casa ou mesmo na casa de familiares, logo, não tenho esse hábito. Cá em Lisboa, acho de péssimo mau-gosto e falta de educação dizer asneiras; no Norte, é típico e tem piada. :)

    lots of love ^^

    ResponderEliminar
  7. Bem... que programão!
    xD
    Ainda bem que foi agradável :)
    Beijinho grande

    ResponderEliminar
  8. Ainda continuas a falar com o tal rapaz do estádio, por sms?

    ResponderEliminar
  9. Tiveste imenso sucesso, estás a ver...
    E ainda bem , pois isso faz muito bem ao ego.

    ResponderEliminar
  10. Pinguim: Faz muito bem saber que somos desejados, é verdade. :)

    lots of love ^^

    ResponderEliminar
  11. Mark, tu és cá uma peça! É no estádio, é no combóio...
    Também gosto do fuoda-se, aliás o sotaque do norte dá-me cá uma vontade de rir! Como no vídeo http://youtu.be/CXJdsR9YfcE

    ResponderEliminar