Pensei em ti na noite passada. Tive dificuldade em adormecer. Talvez seja do peso da responsabilidade que tenho sobre mim. Olhei para a janela cerrada e desejei que fosse aberta por ti. A noite é longa e silenciosa. Dizem que é à noite que tudo é pior. A dor física e espiritual e o mal-estar que invade as nossas almas. Sabes, chorei. Mas não chorei muito. Chorei aquilo que me apeteceu; o meu coração gritou aquilo que estava preso dentro de si. Parei e escutei. Ouvi um carro ao fundo. Serias tu? Não! Que delírio. O relógio marcava as quatro da madrugada e não poderia ser um sinal de ti. Era tão bom que fosses tu, que pegasses na minha mão e me levasses a passear pelo fresco da madrugada. Gosto de sentir a brisa da madrugada em mim. Sim, iria com o meu pijama de Verão. Assim mesmo, como se estivesse a dormir. Sentar-me-ia no teu carro e sorriria perante as coisas mais ridículas que passassem pelas nossas cabeças. Sim, queria que me levasses a passear no teu descapotável. Sentir o vento da velocidade em nós e o peso excitante da tua adrenalina a conduzir. Olhar para ti como dantes, beijar-te a face fria e doce. Amar-te como nunca te amei. Fazer-te feliz e dar-te o que de melhor tenho em mim. Voltaríamos pelo nascer do Sol. Agarrarias em mim ao colo e deitar-me-ias sobre as almofadas coloridas da minha cama. Consigo sentir o teu beijo de até já. Soa a felicidade plena.
O carro passou e não eras tu.
Não vivi o que desejei ardentemente.
Mas o meu sonho acordado juntou-me a ti.
(Um dia viveremos isto, tenho a certeza...)
Sabes do que mais gostei?
ResponderEliminarDo final, entre os parênteses...
E que sonho, que desejo. Era tão bom que aquilo que desejamos acontecesse, que passasse de sonho a vida eterna =,)
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