Nunca fui um apreciador de festas populares, apesar de já ter estado presente em eventos deste género, mas sempre tive curiosidade em estar mais à vontade, tentando aproveitar o que de melhor têm estas festas, libertando-me de alguns preconceitos em relação às coisas mais populares. Pensado e feito. Decidi organizar um almoço de Santo António, ontem, dia 13. Detesto confusão, barulho e cheiros a peixe, por isso, coloquei de lado a hipótese de ir na noite de 12 para 13. Foi tão divertido! De dia, é tudo bem mais calmo, tranquilo e sossegado. Fui com a mãe, a avó, duas primas e duas amigas. Achámos o máximo. Fomos até Carnide, a um restaurante típico que confecciona as tradicionais sardinhas da época, para além de outros pratos, que eu odeio aquele cheiro a peixe. Estivemos uns quarenta minutos à espera de mesa na esplanada, afinal, éramos sete. As paredes dos edifícios circundantes estavam decoradas com aquela decoração bem tradicional. Enquanto esperávamos, eu, as primas e as amigas fomos comprar o manjerico. Foi tão giro ter aquilo na mão. É um vaso com uma planta que dá um cheirinho óptimo, mas avisaram-me que temos de passar as mãos nas folhas, ao de leve, e só assim podemos apreciar o aroma. Não é fantástico? Nunca tinha comprado um. Comprámos três. E o mais engraçado é uma pequena quadra popular que acompanhava o vaso. Voltámos para perto da mãe e da avó. Passado um tempo, conseguimos a mesa. A mãe e a avó comeram as sardinhas; eu, as primas e as amigas comemos outros pratos. Estava um ventinho meio desagradável, mas foi muito giro. Os empregados eram simpáticos e eu adorei aquele bairro lisboeta, uma vez que é raríssimo ir para aquelas zonas mais periféricas. Aliás, soube um pormenor interessante: o Colombo (medo!) é ali perto. Foi uma das primas que me disse. Como é possível, um bairro tão simpático perto daquela coisa medonha...
Depois do almoço, queríamos dançar um pouquinho, mas o empregado do restaurante disse que ainda era muito cedo para a música e para a festa em si. Ficámos decepcionados, mas o almoço valeu a pena.
Gostei da tarde, gostei muito. Tinha de tudo: as tradicionais vendedoras de rua, a sardinha típica, um coreto e pessoas a comerem, blharghhh!, caracóis, enfim... Tudo mesmo. Nós é que parecíamos um grupo de alienígenas que aterraram no meio daquelas pessoas. Também, a princípio, estavam assim a olhar para nós com uma cara do género: "As tias vieram almoçar!", mas a avó nisso é muito prática: começou a comer as sardinhas com a mão. Disse mesmo:
-"Se não os podes vencer, junta-te a eles..."
A avó tem as suas coisas, mas ambienta-se bem em qualquer lugar. Eu já não sou assim, nem a mãe. E a avó paterna, então... nem ali estava.
Ainda passeámos um pouco pela zona. Deu tempo para as primas ouvirem uns piropos de uns rapazes que iam a passar, o que muito desagradou a mãe, que detesta essas situações. Por volta das 18 horas, voltámos para casa, com os manjericos, óbvio. 'Tou encantado com aquilo. 'Tá no meu quarto, num pratinho com água, que a avó disse que aquela coisa bebe imenso.
As primas também adoraram. Até fizemos um pacto: vamos voltar, mas shiuuuuu!..., sem a mãe e avó saberem. Queremos ir de noite, mesmo para a farra. Vai ser giro. Nós, no meio de todo o tipo de gente. Que máximo.
Bom, no meio de tudo, ontem não estudei nada. Vou compensar hoje.
Disse que ia fazer uma pausa no blogue, mas constatei que escrever até me ajuda a descomprimir. Não posso estar sempre a estudar. Querem saber mais? Que se lixe. Lol
(Não reparar na linguagem) :)
Opah eu adoro as festas populares, principalmente em Lisboa! Espero que daqui a um ano possa vir a assistir a uma =D
ResponderEliminarPS: Estudar demais faz mal ;)