10 de janeiro de 2024

Londres (I).


   Como o prometido é devido, fiquei, em 2024, de ir publicando periodicamente a minha jornada em Londres. A escolha sobre Londres surgiu por algumas razões: de ordem prática, temos vôo directamente de Vigo; de ordem sentimental, a minha mãe esteve lá e contou-me maravilhas da cidade. 


No aeroporto de Vigo, mas não, este infelizmente não foi o meu vôo. Teria de esperar muito…


    Levantámo-nos bem cedo e fomos daqui da vila até Vigo, de comboio directo, tendo de fazer, contudo, uma paragem em Ourense para mudar de comboio. Já em Vigo, seguimos para o aeroporto, de táxi. Esperámos 8 horas, mais ou menos, no aeroporto. Nunca antes me acontecera algo semelhante. O vôo, salvo erro, estava marcado para as 15h e algo. Começaram por adiá-lo para as 17h e tal. Quando se aproximava a hora, voltavam a adiar mais uma hora, e assim sucessivamente até às onze da noite (23h). Iam-nos dando vales de comida. Eu já desesperava com medo de que nos cancelassem o vôo. A explicação oficial era a de que a pista em Stansted estava cheia de gelo e era perigoso descolar e aterrar. A determinado momento dei a viagem por perdida. O problema, além de um dia perdido, é que eu sou super organizado. Compro os bilhetes dos museus, reservo os tours, faço tudo antecipadamente. Se nos tivessem cancelado o vôo para o dia seguinte, além de um dia de férias perdido, perderia ainda todo o plano para o primeiro dia na capital inglesa.

   Pois perto das 23h, lá chegou o avião. Vibrei de alegria. Chegámos tardíssimo a Londres, era uma e tal da manhã. Havíamos jantado no avião, entretanto. Do mal o menos, apenas perdi o dinheiro dos bilhetes que comprara para o trajecto entre o aeroporto de Stansted e o centro da cidade. O que eu queria era chegar a Londres. Devidamente instalados no hotel, dormimos umas 5h, entusiasmados, então, para o começo das férias…


2 comentários:

  1. Ainda bem que tudo correu bem.
    Já me aconteceu algo semelhante numa viagem para Atenas. Cheguei só no dia seguinte ao previsto. Desta vez nem razões deram ... claro que fiz barulho, pedi devolução do dinheiro ... debalde. Ainda estou à espera. Mas parte da culpa também foi minha, que não tinha feito um seguro que cobrisse esta situação. Eles têm sempre uma razão para não pagar o que quer que seja em situações semelhantes.
    Quanto a perderem-me a bagagem, já perdi a conta das vezes em que isto sucedeu. Sobretudo quando há voos compostos com escalas! Só foi grave uma das vezes, quando tinha todos os apetrechos necessários para fazer um percurso a pé de 15 dias pelo Atlas, com o objetivo de atingir o ponto mais alto do Norte de África, o Jbel Toubkal. Era mesmo imperativo possuir apetrechos necessários a esta caminhada, pois encontrei granizo quase todos os dias da caminhada e as temperaturas, durante a noite (acampávamos) baixavam quase a valores negativos. Mas não foi por isso que deixei de ir, comprei praticamente tudo o que necessitava em Marrakech, e a companhia de aviação ressarciu-me da quantia. Era o que mais faltava!!!!
    Outra vez fiquei sem bagagem nenhuma durante uma estada no Brasil, quando fiz um périplo pelo estado de Minas Gerais, fazendo o "circuito do ouro", mas como toda a minha pouca família que me resta está ali, no estado de S Paulo, eles deram-me o apoio necessário, e lá consegui cumprir os meus objetivos.
    E em muitos mais locais me aconteceram situações perfeitamente anacrónicas, algumas das quais me envergonham, porque foram por culpa minha, como quando tinha um voo marcado para as 00.30h de um dia, e, porque me confundi com esta situação, cheguei ao aeroporto a tempo, é verdade, mas ... no dia seguinte ... consegui que a companhia de aviação me arranjasse um lugar mesmo assim, porque havia lugares vagos, mas tive de pagar uma caução ... menos mal, poderia ter perdido a viagem toda.
    Sou um tonto nestas viagens, toda a atenção é pouca.
    Hoje em dia faço check e doublecheck!!! Não vá o Diabo tecê-las!!!!!
    Mas gosto imenso de ler estes relatos de viagens ... pode continuar, é um prazer segui-lo
    Manel

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    1. O Manel já passou por um pouco de tudo nas suas viagens. Eu, eventualmente, passarei por experiências parecidas se continuar a viajar. Comecei há pouco tempo, conheço muito pouco ainda. Já andei de avião umas poucas vezes, e até ao momento nunca me tinha passado algo semelhante. Sei de histórias “piores”, com cancelamentos e noites passadas nos bancos dos aeroportos.

      Tentei um ressarcimento pelas horas que esperei, mas, como disse, eles são exímios em arranjar desculpas. Desisti.

      Continuarei, sim. Da próxima vez que escreva sobre Londres, já contarei como foi o nosso primeiro dia.

      Cumprimentos, e, uma vez mais, obrigado por estar desse lado.
      Mark

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