Actualmente, em Portugal, fala-se muito sobre a vida para além da morte. Discute-se a sua existência, a falsidade de alguns supostos «médiuns», enfim, no fundo, há alguma abordagem ao assunto. Este fenómeno surgiu devido ao facto da TVI transmitir, todas as sextas-feiras, um programa focalizado na imortalidade da alma e no contacto com o mundo sobrenatural.
Na minha família sempre existiu uma crença obstinada, eu diria, na vida para além da morte. O pai, o avô paterno e, no geral, toda a família paterna, acreditam no mundo dos espíritos, apesar de serem católicos. Eu cresci rodeado de livros de um dos maiores espíritas mundiais, Allan Kardec, o fundador da Doutrina Espírita. Portanto, sempre compreendi estes fenómenos, acreditando ou não. Na medida em que sou uma pessoa tolerante, respeito todas as crenças. Desde pequeno que leio livros de Espiritismo e, tenho a dizer, não consiste nos filmes imaginários que algumas pessoas idealizam. É uma doutrina como qualquer outra. Não assusta, exceptuando mentes mais susceptíveis, e tem alguns preceitos que considero úteis, a serem verdadeiros. Eu não pratico nenhuma religião em especial, mas acredito na existência de algo que escapa aos nossos sentidos imperfeitos e materiais. Se, de facto, se trata de Deus, eu não o sei afirmar. Porém, acredito em Deus como, aliás, já o referi no blogue. Para além disso, não sei se existirá vida depois da morte. É uma incógnita. Poderá ser verdadeiro ou não. Uma coisa tenho presente em mim: não creio que estaremos sozinhos, nem acredito que a nossa existência se deva a fenómenos naturais explicáveis pela Ciência.
Todos nós queremos saber o que se passa quando a vida se extingue. A curiosidade mórbida do Homem encaminha-o para o inconformismo. É bom, uma vez que leva a Humanidade a progredir em busca de respostas nunca antes encontradas. O nosso destino é esse: correr atrás de algo que nos justifique.
A ideia de encontramos os nossos familiares é consoladora, mas, e se é falso? E se nada existe para lá do nosso último suspiro terrestre? Todos o iremos saber, mas nunca ninguém regressou para o contar.
É das poucas coisas que, ou por medo, ou por inércia, nunca me levaram a procurar saber mais.
ResponderEliminarPara mim, é um mistério...e quantos mais seres queridos vou perdendo, mais se adensa...
quello che stavo cercando, grazie
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