24 de abril de 2010

Gostas de mim? E eras capaz de dizê-lo a toda a gente?

Quero que digas bem alto que me amas. Que me abraces fortemente contra o teu peito. Que me beijes com essa sofreguidão irracional que caracteriza quem ama alguém. Que vivas intensamente o que sentes sem medo dos olhares indiscretos e cruéis. Quero sentir o mesmo que ela, e que a outra, e mesmo que aquela ali. Quero que vivamos o mesmo que eles. O mundo também é nosso. Se quiser, quero correr como eles correm. É mais do que a palavra, do que o olhar e do que as mãos; é a livre expressão daquilo que existe em nós. Quero viver aquilo que eles vivem, da forma como eles o fazem. Assim mesmo. É assim o amor. Retirar as correntes sociais que nos prendem de uma vez. Lançá-las no caos da desigualdade e do preconceito. Queimá-las no fogo da justiça.
Também quero os passeios na praia, com a água do mar batendo nos nossos pés descalços, numa tarde quente de Verão. Sentir a tua sinceridade descomplexada e livre. A nossa espontaneidade perante a vida e as situações do quotidiano. Afagar o teu cabelo e mostrar-te que o mundo é o que quisermos que ele seja.
Nunca me fizeste sentir o mesmo que ela sentiu. Sim, ela. E por isso invejo-a, odeio-a. Imagino quando te toca, quando te tem e quando te vive.
Acima de tudo, dizes a toda a gente que a amas.
Quero esse infinito, não mais do que isso.
E quero que o digas a toda a gente.

2 comentários:

  1. "Doesn't it ever stay
    Must it always fade away?
    Couldn't love ever be
    something tangible and real?"


    Senti-o nas entrelinhas...


    Stay well***

    ResponderEliminar