1 de novembro de 2023

Laços de Ternura (1983).


   Há filmes tão bons, com interpretações inesquecíveis, que nos ficam na memória. Posso rever o Laços de Ternura vezes sem conta que não me aborrecerei. Ganhou, em 1984, quase todos os prémios cinematográficos que havia a ganhar. É um drama intenso sobre a relação muito próxima, muito especial, entre uma mãe e uma filha. Depois sobrevem a doença da filha, e o filme ganha um contorno tremendamente dramático. É triste. Deixa-me triste. Nunca fui de chorar com filmes, e também não choro com este. Fala de cancro. Poderia chorar, afinal, a minha mãe morreu de cancro. A minha avó também. Acho que estou impenetrável, como uma pedra dura. Entretanto, identifico a dor alheia, solidarizo-me com ela, até na ficção. É este filme toca nesse ponto, e fá-lo de forma sublime. Tão bom.




4 comentários:

  1. Mais um filme que me deixou marcas também, aquando da sua saída, que fui religiosamente ver, pois tem como protagonista uma das minhas mulheres fetiche, Shirley Maclaine.
    Uma mulher que fez as minhas delícias sempre que tinha a sorte de a ver a aparecer.
    Um dos filmes desta mulher que me tocou muito também foi um em que ela dá corpo a uma prostituta, "Irma la Douce", onde ela tem um desempenho magistral, dos anos 60, ou um desempenho mais recente, mas não menos interessante, "Steel Magnolias".
    Ainda é viva, já quase com 90 anos, e estou certo que deve continuar a ser uma mulher com um carácter muito especial, como o deu a entender em todos os seus desempenhos. E é um desempenho magistral no "What a way to go", igualmente dos anos 60, que é um filme algo excêntrico, como comédia negra.
    Por isso, escolheu o sue filme muito bem. Gosto da sua escolha. Pode continuar que vou gostar, estou certo
    Manel

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    1. Olá, Manel.

      Já tinha visto este filme. Há muitos anos. E não me canso de o rever. É maravilhoso, embora muito triste.

      A Shirley MacLaine é uma actriz extraordinária. O seu discurso de vitória nos Oscars de 1984 (melhor actriz, por este “Laços de Ternura”) é igualmente memorável. E parece que a nível pessoal é alguém muito simples, por uns vídeos seus que vi no YouTube.

      Vou apontar as sugestões do Manel.

      Cumprimentos,
      Mark

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  2. Eu fui ao contrário. Nunca chorava em filme, após a morte da minha mãe, choro que nem uma "Maria Arrependida"
    Melhor nem ver o filme, por faço ainda um afluente do rio tejo... O mesmo aconteceu com os filmes "lado a lado da julia roberts "Stepmom" e "tudo por amor"
    Abraço amigo

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    1. Obrigado pelas sugestões, amigo.

      Um abraço,
      Mark

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