7 de novembro de 2023

O fim de uma era.


   Fomos todos (ou nem por isso) apanhados de surpresa com a demissão de António Costa depois de quase 8 anos no poder. Um governo aparentemente estável, com maioria absoluta no parlamento, um presidente da república favorável, com todas as condições de terminar a legislatura. Talvez não termine, e seguramente não com Costa, cujo pedido de demissão foi prontamente aceite por Marcelo. Estão em causa alegados crimes de corrupção e tráfico de influências relacionados com lítio e não-sei-o-quê. O chefe de estado fala ao país na quinta-feira, e tem uma de duas opções: ou dissolve o parlamento e convoca eleições antecipadas, ou, no quadro da actual composição parlamentar, escolhe um outro primeiro-ministro para chegar ao fim da legislatura. Imagino, direi eu, que se decida pela primeira hipótese, devolvendo a voz ao povo.

    Estes casos não dignificam a nação e as suas instituições, e o PS tem sido profícuo em escândalos, primeiro com Sócrates e agora com Costa, já que ambos foram ou serão investigados. Isto abala a credibilidade do país, e parece-me que o PS, dentre todos, é o pior. Estou farto dos socialistas. A verdade é que, com o PS no poder, tudo termina invariavelmente mal. A história tem-no confirmado.


4 comentários:

  1. 8 anos depois, os factos falam por si lolololololol
    Não foi uma bancarrota, mas não sei se é melhor ou pior
    Não é necessário eleições antecipadas, o povo gosta do Comunismo
    Trocar uma casa por uma tenda (mais forte que eu) desculpa
    Ahahahahahahahahahahahahahaha
    Grande abraço amigo

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    1. Uma vergonha. Eu sinto-me envergonhado.

      Um abraço,
      Mark

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  2. Os socialistas são políticos, e sucede que têm sido eles a deter o poder nos últimos anos. E a política corrompe, dada a influência que detêm e daí o poder económico envolvido.
    Se lá estivesse a direita seria exatamente igual, nunca me esquecerei das corrupções dos governantes do tempo de Cavaco (poderia citar uma quantidade de nomes, mas creio que, dada a lembrança curta dos portugueses, seria algo que cairia em saco sem fundo), que foram uns corruptos igualmente.
    Não tenho ilusões sobre esta corja toda.
    E o tempo do famigerado Passos Coelho, quando perdemos tanto poder económico, que me levaram quase à ruína, enquanto eles viviam uma vida regalada. Poucos regimes foram tão danosos como este, quando ele próprio, O Passos Coelho, aconselhava aos jovens que emigrassem se não estavam satisfeitos, e, claro, eles emigraram, dada a situação de penúria em que vivíamos.
    Espero que as pessoas não tenham ilusões sobre a corrupção que o poder acarreta, sobretudo as maiorias. Detesto maiorias.
    Eu não estou farto dos socialistas, eu estou farto de políticos, isso sim.
    Qualquer sistema que detém poder está sujeito a esta sujeira que descredibiliza qualquer regime.
    Imagine-se uma direita apoiada e feita opção governativa pelo Chega, visto que este partido mal parido ocupou o lugar de outros que, não sendo piores, também não eram muito melhor, como os do "Berloque" ou do moribundo CDS!!!!! Creio que não imagino cenário pior.
    Mas isto ainda está por vir, e creio que iremos ver muito pior.
    O dinheiro e as influências continuam a fluir, infelizmente, e os políticos são permeáveis a estes incentivos, pois são, intrinsecamente, corruptos. E não faço grandes distinções entre direita e esquerda.
    Como não estar farto de políticos?
    Deveria haver um sistema que controlasse a cupidez desta raça mal parida, que se aproveita do que denominamos de sistemas "democráticos".
    Mas os sistemas controladores funcionam mal e demoram a fazer efeito, e quando o fazem, já é tarde. Já os "ratos" comeram tudo ou, já pouco deixaram.
    Depois ficamos nós, os malogrados cidadãos a aguentar com as crises, com os rombos de milhões, que, afinal, temos de pagar do nosso bolso.
    Quem me ouvir a expor estas ideias ainda poderá ser levado a pensar que seria apologista de um regime autocrático, de pendor salazarista ... nada mais longe da verdade, pois nasci debaixo do poder de Salazar, cresci com ele, e tive ocasião de verificar o quão danoso foi para a sociedade em geral, reduzindo um povo a uma situação semi analfabetizada, num regime de sobrevivência, e que era obrigado a "comer e calar", e, se queriam melhorar a sua vida, eram obrigados a emigrar. Não que não se emigre hoje em dia, que se faz também, mas as condições são distintas.
    E eu conheci este regime de dentro, claro, pois a minha família era apologista e convivia com ele.

    Enfim, não sei qual a solução, mas também não sou político nem vivo da política, nem me formei dentro deste ramo.
    Haja alguém esclarecido, e versado neste ramo do conhecimento, que encontre a forma mais correta de sobreviver a esta hecatombe que se chama de cupidez da classe política.
    Espero que esteja bem, pois eu estou irritado com toda a situação, que aliás, seria fácil de prever, era só uma questão de tempo
    Manel

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    1. Olá, Manel.

      Eu era criança, mas posso-lhe dizer os nomes: Dias Loureiro, Duarte Lima, para citar dois. No entanto, por comparação, creio que o PS leva uma triste vantagem. Pelo menos, que me lembre, e não estou de todo a defender o PSD, não me recordo de nenhum escândalo que atingisse a cúspide do partido como sucede e sucedeu com o PS. Em todo o caso, tem razão, os políticos são todos iguais e também eu estou farto deles. Porém, a democracia é assim: não se faz sem políticos, sem eleições, sem partidos. Temos de os eleger, e o PS, repito, por Sócrates e agora Costa e correligionários, não se sai nada bem.

      Passos Coelho… É verdade que herdou uma bancarrota. O que teria outro feito no seu lugar? Portugal já não conseguia pagar aos seus credores, e já não havia dinheiro para pagar pensões e ordenados. O PS deixou-nos três bancarrotas: duas com Soares e uma com Sócrates. Costa herdou uma conjuntura favorável do equilíbrio orçamental. Podemos discutir se a coligação PSD/CDS foi mais além do exigido pela troika por questões ideológicas, no entanto, fez o que tinha de ser feito.

      Sobre Salazar, nem comento. Ninguém de bom senso quer viver em ditadura. Que foi um homem honesto, há que assumi-lo. Soares admitiu-o, e faz-nos falta honestidade na política e na gestão dos dinheiros públicos. O impacto deste escândalo abala a credibilidade do país e das instituições.

      Cumprimentos,
      Mark

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