Afinal, as fontes de informação que nos davam conta de um ataque iminente estavam certas. Putin invadiu realmente a Ucrânia, dando início a uma guerra desproporcional, injusta e ilegítima, que viola e integridade territorial e a soberania internacionalmente reconhecidas de um Estado soberano e compromissos que a Rússia firmou, como em 1994, em Budapeste, comprometendo-se a respeitar a soberania ucraniana em troca do envio para Moscovo do arsenal ucraniano herdado da União Soviética.
O senhor Putin representa uma ameaça à paz na Europa e à humanidade, dado que não sabemos onde isto irá terminar e quais os seus diabólicos planos. Minorias étnicas e linguísticas russas há-as em vários países da região, inclusive nos países bálticos. Um deles activou mesmo um dos artigos da OTAN/NATO. Temos a guerra à porta das nossas fronteiras, tomando-as como as da UE, um espaço de livre deslocação de pessoas, e importa saber qual será a posição assumida pela União Europeia se o senhor Putin tiver outros objectivos para além do controlo político das regiões separatistas do leste ucraniano. Mas ainda considerando a própria Ucrânia, gostaria de saber se conseguiremos conviver com a fragmentação de um Estado soberano como os nossos -e aqui falo como europeu e cidadão da UE- que desde 2014 vê a Rússia a invadir o seu território, apossando-se dele (Crimeia) sem que nada fosse feito.
Lamento profundamente que tenhamos chegado a este cenário de confronto directo em que inevitavelmente os que mais sofrem são os menos implicados em todas estas questões: a população civil e, dentro dela, as pessoas mais fragilizadas. É já há vítimas civis, ainda agora a guerra começou. Simultaneamente, repudio em absoluto o apoio manifestado por alguns grupos de cidadãos simpatizantes de Putin e/ou do seu estilo de governação, num insensível desprezo pelo sofrimento do povo ucraniano.
É profundamente triste e perturbador.
ResponderEliminarCreio que a pior crise militar na Europa desde a II Guerra Mundial.
EliminarEu disse :( E não vai parar por aqui...
ResponderEliminarEsperemos que pare, mas eu não me sinto “confortado” se parar por aqui: quero ver a integridade territorial da Ucrânia restabelecida e respeitada. Já a usurpação da Crimeia me indignava e me provoca um mal-estar tremendo.
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