Dois mil e quinze finda em poucas horas. Um ano atribulado, por cá e lá fora. Decidi, num inédito, sobrevoar, por assim dizer, os acontecimentos que marcaram a actualidade de doze meses particularmente intensos. Para tal, reveste-se de extrema utilidade observar os temas mais relevantes que tratei.
Em Janeiro, o mundo foi surpreendido com a tragédia que ocorreu com o jornal satírico Charlie Hebdo. Desafortunadamente, assistiríamos a um massacre alguns meses mais tarde.
Fevereiro começou com um drama pessoal: o falecimento do meu avô paterno. Fui confrontado, verdadeiramente, com uma primeira perda. Outras houve que, pela idade, não me mereceram tanta reflexão e abatimento.
Já em Março, um desastre aéreo na Alemanha, causado por um piloto suicida, abriu de novo o debate em torno dos sinais que não devemos ignorar e da responsabilidade das companhias de aviação. Andreas Lubitz ficou conhecido pelos piores motivos.
Em Abril, greves mil. Iniciei o mês, coincidente com o meu aniversário, abordando a greve e o direito à greve, numa explanação pelo Direito do Trabalho, uma área que não é a minha, é certo, mas da qual guardo boas memórias. O mês não terminaria, contudo, sem um evento que mobilizaria a blogosfera (se tanto, aquela em que me insiro). Os CIGNO Awards. Arrecadei dois.
Maio trouxe-nos o velhinho dilema das febres futebolísticas. A comemoração de uma vitória no campeonato, pelo centro de Lisboa, provocou danos materiais e confrontos violentos.
Meio do ano, Junho. Saliento os ataques terroristas em três frentes, a decisão do Supremo Tribunal dos E.U.A pela inconstitucionalidade de uma lei que obstava ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e, por fim, o falecimento da Dra. Maria Barroso. Três em um; três foi a conta que Deus fez.
Julho... O termómetro vai marcando temperaturas cada vez mais elevadas, e quente também ficou a situação na Grécia.
Em Agosto, Angola mereceu a minha atenção. O que penso relativamente ao terrífico regime que vigora por lá, a propósito de umas declarações de Ana Gomes, ficou registado. Já o mês se encaminhava para o final e a crise dos refugiados arrebatava a nossa atenção. Tive tempo ainda de me debruçar sobre a mulher, numa análise histórica e jurídica, sobretudo.
Ia Setembro no seu sétimo dia e já certos comportamentos por parte de alguns jornalistas levaram-nos à discussão sobre os limites na cobertura de determinados casos mediáticos; a fronteira entre o informar e o devassar. Aproximando-se as legislativas, tivemos debates que fizeram emergir algumas questões que achei oportuno esclarecer, deixando ainda um repto quanto ao acto eleitoral.
Em Outubro, caem as folhas e caiu a política por aqui. Tracei um rescaldo às eleições. Discuti, num primeiro momento, as Presidenciais, e ainda tive tempo para abordar a decisão do Presidente da República e os caminhos possíveis para conhecermos um novo Governo.
Novembro, mês da castanha assada. Assado, perdoem-me a expressão, ficou também Pedro Passos Coelho e o executivo que liderou por breves momentos, sendo derrubado na apresentação do seu programa. Dias depois, Paris e o mundo emocionavam-se com o massacre que ceifou a vida a centenas de inocentes. No final do mês, referi as primeiras medidas da nova maioria parlamentar e a indigitação de António Costa e os seus desafios.
No mês corrente, optei por não deixar cair em esquecimento o que se comemora no Primeiro de Dezembro. A meados, um artigo, o segundo (até ao momento), sobre as Presidenciais.
Um ano que, como se vislumbra, não foi particularmente pacífico, benévolo e sereno. Tão-pouco a nível pessoal. Já o disse noutras circunstâncias, escusando-me a mais considerações nesse sentido. Espero que dois mil e dezasseis seja bem melhor. Para todos. No planeta, em geral; para mim, em particular. Que encontre a tranquilidade que me é recusada. O rumo. Será, como os anglo-saxões dizem, um turning point. Façamos por isso.
Resta-me formular os votos. A todos, indiscriminadamente, desejo que 2016 seja um bom ano. Melhor do que o que cessa. Que o possamos encher de sorrisos e de alegria. Que os maus momentos não superem os bons. Boas entradas!
* A azul, as hiperligações para os artigos.
Um excelente post, bem estruturado e que me fez pensar na forma rápida como 365 dias passam. Que o próximo tenham acontecimentos muito positivos nas nossas vidas e sociedade, daqui a umas horas começa o "desfile" deles :-)
ResponderEliminarBoas entradas!
Pois é. Este ano decidi inovar. Nunca antes fizera isto: uma revista aos temas mais relevantes do ano, para mim. Deu-me certo gozo. :)
Eliminar... e é como dizes: está prestes a começar uma nova jornada. Ou a continuação da mesma? Veremos. Pela Nova Zelândia, Austrália, acredito que já estejam no novo ano.
Boa saída, amigo Limite, e melhor entrada!
E, assim se passou o ano de 2015. Esperemos que 2016 seja um pouco melhor :)
ResponderEliminarGostei muito deste post :)
Feliz 2016
Grande abraço amigo Mark
Um pouco melhor? Tudo melhor! Por mim falo: 2015 foi catastrófico. Ainda pondero se não o colocarei no lugar que era devido a 2006.
EliminarObrigado, amigo.
Um bom ano para ti também e todos os teus.
um grande abraço.
Bom ano para ti, a seguir o teu cantinho a partir de hoje...
ResponderEliminarOlá, Logan. Bem-vindo. :)
EliminarUm bom ano para ti.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarPor Portugal também foi um ano complicado, quer económica, quer social e politicamente, sobretudo, quanto à política, no último trimestre.
EliminarAssim espero. Temos de correr «atrás do prejuízo», como por aqui se diz.
Feliz ano novo, e obrigado.
Tristezas não pagam dívidas, por isso... Votos que 2016 seja o ano da tua vida! [Até agora, entenda-se!] ;)
ResponderEliminarMuitas Felicidades! ^^
Não ligo muito ao dito: "Ano novo, vida nova". Apenas completamos mais uma volta em torno da nossa estrela-mãe. Mas façamos por mudar, isso sim.
EliminarObrigado, Mikel. Para ti também. :)
Um óptimo Ano Novo para si, Mark. Seja feliz.
ResponderEliminarUm abraço!
Obrigado, Gabriel. Um feliz ano para si.
Eliminarum abraço.
um bom ano de 2016 para ti, Mark.
ResponderEliminarcada ano tem acontecimentos bons e nefastos. há uns anos, foram os acidentes aeronáuticos, agora temos o terrorismo, o fanatismo, a crise também ajudou a criar movimentos radicais.
agora, que venha 2016.
bjs.
É verdade. Puxei pela memória e não consegui, quanto ao ano transacto, lembrar-me de um acontecimento bom. Foi um ano doloroso.
EliminarQue venha. Recebo-o de braços abertos!
um beijinho.
Feliz ano, Margarida.
BomAno Mark :)
ResponderEliminar(há muito que não venho aqui... LOLO)
Este blogue cansa a vista. (risos)
EliminarUm feliz ano, Horatius. :) Muito obrigado!
Um feliz 2016. Mereces muito! :D
ResponderEliminarNota: acho que alguns jornalistas de algibeira tinham muito a aprender com este teu artigo. #ficaadica
Obrigado, Namorado. E tu também. :') Já agora, calma! Há muitos meses pela frente. Tudo ainda se há-de ajeitar no teu local de trabalho - vou lendo "a saga". :)
EliminarOh, obrigado. Não largas essa hashtag agora. :'D
É MINHA! Fui eu que a "criei" AHAHAHAHAH
EliminarJá a vi por aí, mas talvez tenha sido apenas no teu espaço. :)
EliminarEstou a brincar :P
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