Sempre que digo a alguém que a chuva me incomoda, sobretudo quando estou carregado de livros, sou confrontado com os argumentos óbvios de que a chuva é necessária para a agricultura, para o equilíbrio do nosso ambiente, dos nossos ecossistemas... Acabo por anuir e por explicar, enfim, que até aprecio a chuva quando estou de férias, em casa, ou nos finais de semana, nos quais a posso observar sem sofrer os seus efeitos lógicos: molhar-me e, mal dos males, molhar os meus livros.
Contudo, o que me aconteceu há uns dias irritou-me solenemente. A mãe não me pôde levar e estava suficientemente atrasado para não pegar nas chaves do carro. Resolvi sair de casa e assumir o perigo de transportar três códigos, a pasta com as folhas dos apontamentos, o estojo, e demais pertences pessoais. Cinco minutos a caminhar depois, um código resvala e a restante tralha resolve acompanhá-lo na súbita queda. O detalhe da sorte: caiu tudo a uns escassos centímetros de uma poça enlameada.
Como detesto guarda-chuvas, e aproveitando o facto de não estar a chover no momento, saí de casa desprotegido. Começa a chover. Sou obrigado a andar em passo acelerado, ainda mal recomposto do incidente minutos antes, e sem ter verificado se algum objecto estava estragado. Cheguei ao metro ligeiramente molhado. Inexplicavelmente, não levei nenhum dos meus casacos com capuz. --'
Pude ajeitar o cabelo e a roupa no meu reflexo exposto nos painéis de publicidade. Finalmente encontrei uma utilidade prática para aquelas enormidades inestéticas que nos bombardeiam com produtos, artigos e serviços a que ninguém presta atenção.
Creio que nunca abordei uma das minhas manias: preservar ao máximo as coisas, sejam quais forem. Um livro, uma peça de roupa, um electrodoméstico. Não consigo ver riscos e até os sinais próprios da deterioração natural imposta pelo uso me perturbam. Facilmente se conclui de que estava bastante incomodado com a hipótese credível de ver a pasta inutilizada (pelo menos à luz dos meus critérios) e os livros molhados, com páginas rasgadas e manchadas de terra humedecida. Exceptuando umas marcas pontuais, o resultado final não foi dos piores cenários que conjecturei.
Rezei para que à saída não caísse a menor gota do céu. Fizeram-me a vontade.
Isso é chato, Mark :s Mas pensa o seguinte: tem muita gente que daria tudo por uma chuvinha por esse mundo. Olha aqui na minha região está tudo seco. Estamos rezando por chuva, rs :)
ResponderEliminarAbraços!
Compreendo-te perfeitamente, também detesto andar com guarda-chuva.
ResponderEliminarQue sorte que caíram a uns centímetros de uma poça de lama, se acertassem no "alvo"... terias códigos com capas novas. lol
Se bem que alguns códigos andam mesmo pela lama...
PS: sol na eira e chuva no nabal ainda é coisa rara.
Como diria alguém e bem:
ResponderEliminar"Cada um com a sua pancada" e ainda bem.. Felizmente São Pedro ouviu as tuas preces ;)
Abraço amigo
Ty: Sendo assim, e mesmo não sabendo qual é a tua região, espero que chova rapidamente. :)
ResponderEliminarRibatejano: Disseste tudo. Alguns códigos andam mesmo na lama... Se tivessem caído na poça, teria de comprar outros. :s
Francisco: A minha "pancada" é levezinha. :) Felizmente!, não estava disposto a molhar-me no regresso. :s
abraço x3
A chuva pode ter os seus encantos.
ResponderEliminarEu sei.
Um abraço com todo o carinho :3
Pedro: Digamos que se estivesse de mãos livres, nem me importaria que ela caísse sobre mim. :)
ResponderEliminarabraço carinhoso :3
Detesto chapéus de chuva e como sou algo impaciente, tal facto já me originou algumas "boas molhas".
ResponderEliminarJoão: No meu caso, começa sempre a chover quando estou prestes a sair de casa... --'
ResponderEliminarDa próxima vez, vê se leva um guarda-chuva. O tempo é traiçoeiro, num momento tá estiado, num outro tá chuvoso. haha.
ResponderEliminarSe bem que carregar um monte de livros num braço e no outro o guarda-chuva, não é nada agradável. Teria sido melhor você ter ido de carro. Sorte que não aconteceu nada com os seus materiais.
Abraços,Mark.
Citizen: Se eu fosse de carro, provavelmente não chegaria à faculdade a tempo. Lisboa não é igual ao Rio de Janeiro, mas tem trânsito suficiente para que cheguemos atrasados.
ResponderEliminarE, sim, carregar livros numa mão e um guarda-chuva noutra não é nada prático. :)
abraço :3
não usas mochila, Mark? é impensável não teres uma, com as carradas de livros que tens. e há umas muito giras.
ResponderEliminaradoro mochilas e prefiro-as às malas de ombro. fico com as mãos livres para usar...o guarda-chuva :D
bjs.
Margarida: Nem me digas nada, tenho sim! E várias. :) Da Eastpak, sobretudo. Gostava imenso. Bom, não quero com isto dizer que já não goste, apesar de ter mudado um pouco de estilo quando entrei para a faculdade. Mesmo quando estava no colégio, às vezes levava mochila, outras vezes nem tanto. Sou muito indefinível.
ResponderEliminarCom o guarda-chuva é que mantenho uma relação distante. :D
beijinhos, querida, e continuação de uma boa recuperação :3
lol Adoro chuva mas padeço desse teu sentir para com os pertences. Então, quando de livros se trata...
ResponderEliminarAbraço
http://desilusao.weebly.com
Paulo: É realmente chato.
ResponderEliminarabraço :3
Querido Mark, como eu te compreendo! ^^
ResponderEliminarAchei curioso o facto de nesse dia estares tão distraído que nem te lembraste de levar um casaco com capuz, nem parece teu! :P
Enfim, há dias assim, em que tudo parece correr-nos mal. Também sou assim no que diz respeito a preservar ao máximo as coisas, a mim também me incomoda. ^^
Beijinho e abraço caloroso neste dia chuvoso,
Com saudades,
Jo & Vappy ^w^
Eu tenho um daqueles guarda-chuvas que encolhem que funciona lindamente. Cabe o bolso de um casaco e já me safou de muitas molhas.
ResponderEliminarAbraço.
Hórus: Vesti um casaco maravilhoso que tenho, "tweed", e nem me lembrei que poderia chover sobre mim. :s
ResponderEliminarAwwwwn, abraço e beijinho para ti e para o Vappy :3
Arrakis: Tenho de ir a uma loja à procura desse guarda-chuva mini. :)
abraço :3
Acho que já referiste por aqui o esmero que tens pelos teus pertences, por isso deduzo que usaste a ironia no início do penúltimo parágrafo.
ResponderEliminarNo início da faculdade também não usava mochila, era muito mais cool ir com os livros, cadernos e estojo debaixo do braço. Depois, deixei-me disso. São fases...
Coelhinho: O início do penúltimo parágrafo foi uma espécie de justificação pelo esmero. :)
ResponderEliminarAh, mas eu não uso mochila porque realmente já não combina muito comigo, até porque nos rapazes creio que nunca deixará de ser "cool". ^^
abraço :3