O Sol não conseguia tocar-nos com os seus raios quentes, mas dificilmente se escondia de nós. Estávamos na parte mais baixa do pequeno átrio, sozinhos, e desatámos a falar sobre as nossas vidas, o que incluía, claro está, o bom e o mau. Um por um, a modo de confissão, lá começamos a enunciar o que de melhor e de pior já tinha acontecido. Quando chegou a minha vez, senti-me frustrado por a parte má da minha vida não ter a mesma substância que as homólogas. A parte boa também ficava aquém das outras partes boas, logo, limitei-me a escolher algo que tivesse sido realmente especial.
Senti que não tinha problemas, no momento em que o Sol começou, por fim, a aproximar-se. Não foi o suficiente para me sentir um privilegiado, mas deu para perceber que os tons que me rodeiam não são os amarelos, vermelhos e laranjas que ignoro. Há azuis, verdes e muitos negros, admitindo que guardaram as partes mais tristes para si.
Em música de fundo, escutava o ruído do heavy metal de um colega aborrecido. Provavelmente estaria a pensar na impertinência das dissertações sobre a essência das nossas vidas. Os headphones, de arco, comprimiam-lhe o cabelo meticulosamente espetado no ar, numas reminiscências dos inícios dos 2000. Sempre que o vejo, tenho a sensação de estar diante de um membro de uma banda adolescente qualquer que ficou perdido no tempo.
Das nossas vidas - e dos respectivos conteúdos - passámos aos testes que ainda temos por receber. São alguns e determinantes para se saber o sistema de avaliação com que iremos para os exames.
Uma ave não identificada cruzou os céus num breve momento em que ergui a cabeça. Invejei a sua liberdade. Um dia - um dia - hei-de voar mais alto.
Quando estou bem, sinto me feliz pela vida que tenho e pela vida que levo...
ResponderEliminarQuando estou triste, olho para trás e vejo tanta gente atrás de mim...
Claro que voarás mais alto (:
Abraço
Francisco: Momentos introspectivos todos nós temos... bom, eu tenho um pouquinho mais do que a maioria.
ResponderEliminarAssim tenha asas para isso. :)
Abraço :33
Hás-de voar tão alto quanto já mostraste ser capaz!
ResponderEliminar(estou sempre nos teus escritos... imagino-me lá ... mas só em sonhos lá estou... como seria diferente se na realidade eu lá estivesse fisicamente)
Um abraço cheio de carinho :)
"A parte boa também ficava aquém das outras partes boas". por quê? não, Mark, as TUAS partes boas são tão boas quanto as deles, únicas, fizeram-te feliz.
ResponderEliminarvoos estratosféricos para ti.
bjs.
Pedro: Awwwn, Pedro, fico triste ao ler essas palavras, apesar de ser tudo tão carinhoso e meigo. :(
ResponderEliminarAbraço carinhoso. <3
Margarida: Porque acho que nunca tive momentos realmente bons na minha vida, assim dignos de destaque. Confesso que isso me entristece. :/ Tudo o que achava que era bom, na volta não o foi.
Beijinhos e obrigado. <3
Se alguma coisa que eu escrever te fizer ficar triste é porque há erro... ou não me expressei como devia, ou não leste bem!
ResponderEliminarTodo o carinho para ti, meu amigo :33
Pedro: Espero que tenhas percebido. :) As tuas palavras foram de uma ternura imensa no teu primeiro comentário, por isso, fiquei ligeiramente melancólico. :)
ResponderEliminarObrigado e retribuo o carinho. <3
"Uma ave não identificada cruzou os céus num breve momento em que ergui a cabeça."
ResponderEliminarOra bolas, fui apanhado quando te fui visitar! :P
Da próxima tenho de ser mais rápido a ir-me embora... ^^
Jinho e abraço :3
Hórus: Awwwwwwwn :)
ResponderEliminarAdorei a tua visita. :p
Um beijinho? *.* Outro! Abraço! :3
Um dia viverá ainda muitas aventuras, boas e ruins, como todo ser humano. Não se preocupe com isso, você é ainda muito novo e imaturo. Ainda terá muito por percorrer e terá muitas histórias pra contar.
ResponderEliminarAbraços e se cuida aí.
Citizen: Esperemos que sim. Posso afastar as aventuras más? :D
ResponderEliminarAbraço. :33
Pode e DEVE afastar as aventuras más!
ResponderEliminarSeja sempre feliz,Mark!
Citizen: Tu também. :)
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