Estou a ficar previsível! LOL Disse, há não muito tempo, num texto relativamente à União Europeia e ao seu fracasso, que Portugal nada tem de familiar com os seus parceiros europeus. Como exemplo, referi a Finlândia. Ocorreu-me. Poderia ter referido a Hungria, a Polónia, Malta ou qualquer um dos países com os quais Portugal nada tem de próximo, salvo o território geográfico, e mesmo esse com reservas. Próximo da Hungria? Onde? (ver o texto, aqui)
Dito e feito. A Finlândia nada sente por Portugal e a maior prova foram as recentes hesitações finlandesas numa provável ajuda ao nosso país. Até compreendo o ponto de vista nórdico: Portugal é um país latino, ocioso, preguiçoso e mau cumpridor das suas obrigações. Resumindo, é um mau aluno. Os povos escandinavos, pelo contrário, são conhecidos pelo seu pragmatismo e sentido de responsabilidade. É natural que não queiram arcar com as dívidas e os défices lusitanos. Bom, a extrema-direita não ganhou as eleições por lá. A ajuda estará - parece - garantida.
Nos mesmos dias destes recentes desenvolvimentos, o Brasil, Angola e Timor - a nossa família - afirmaram que pretendem ajudar Portugal, nomeadamente através da compra de títulos da dívida.
É uma boa demonstração, sobretudo para os europeístas, de que a Europa pouco ou nada se importa connosco. A Europa dá a migalha ao seu vizinho porque é de mau tom ter um quintal tão pobre e desarranjado.
Reitero: a solução para Portugal está na sua capacidade atlântica e na CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa).
Em jeito de conclusão, relembro que, apesar da construção europeia se ter iniciado com o Tratado de Roma, em 1957, que institucionalizou a Comunidade Económica Europeia (C.E.E.), a Expansão Marítima Portuguesa começou com a Conquista de Ceuta, em 1415.
Nada mais tenho a dizer.
P.S.: Deve ser a primeira foto de um homem em tronco nu que coloco no blogue. Apeteceu-me deixar-vos com algo que relembre a Finlândia! LOL
Ah, o título é irónico. ^^
Compreendo a visão que exprimes. Mas sabes, também compreendo os Filandeses e sentir-me-ia da mesma forma que eles, se estivesse na sua posição! De um ponto de vista meramente economicista, claro.
ResponderEliminarA União Europeia atravessa uma crise de identidade, potenciada pela crise económica. Enquanto não houver uma reflexão profunda sobre o caminho a seguir (o federalismo, parece-me!) temo que mais manifestações deste género venham a ocorrer e o racismo/xenofobia aumente no seio da União!
É um pouco da minha visão sobre o tema.
Abraço,
Ikki
Ikki, Deus nos livre do federalismo europeu!!! Sou profundamente eurocético e aguardo o fim da União Europeia ou, no mínimo, uma reestruturação profunda. É impossível unir o que é naturalmente e historicamente diferente.
ResponderEliminarAbraço.
Não te sabia tão eurocético (escrito desta forma até parece que está errado, maldito acordo ortográfico!)! Tenho as minhas dúvidas com o fim da União Europeia, mas acredito numa reestruturação profunda (e acredito que até será no curto prazo!).
ResponderEliminarQuanto ao "impossível unir o que é naturalmente diferente", podia fazer um paralelismo com as relações humanas para tentar desmontar um pouco este argumento. :) Como se faz para unir? Com cedências de ambas as partes e um grande espírito de aceitação. Mas talvez seja forçado este paralelismo!
Abraço,
Ikki
Ikki, é um paralelismo um pouco inválido para as relações internacionais. (: Valeu a intenção. (:
ResponderEliminarSim, sou bastante eurocético. Não gosto mesmo da União Europeia. Considero-a - e com ótimos argumentos - uma criação que surgiu devido ao enorme complexo de inferioridade de alguns países europeus que não aceitaram a perda da hegemonia mundial para os E.U.A. Não duvides, o último objetivo da União Europeia é o de enfrentar os Estados Unidos. Claro, não lhe convém revelar os verdadeiros motivos.
Abraço. ^^
Bem, convenceste-me, que venha o Quinto Império, o Império Português constituído por Portugal, Brasil e toda a comunidade CPLP Unida numa enorme e poderosa Nação, presente em todos os cantos do mundo!
ResponderEliminarAí nem E.U.A. nem Europa, ninguém nos parava.
Miguel: Uma utopia saudável. Não creio que uma união nesses moldes volte a ser possível, mas gostava de uma união estreita e sólida entre Portugal e todos os seus bons irmãos. (:
ResponderEliminarPartilho da tua opinião :)
ResponderEliminarInfelizmente, no passado, já achei "piada" à CE. Mas passou... Como dizes, os países nada têm a ver uns com os outros, ao longo da história.
Eu não sou euro-céptico (continuo a desprezar o acordo), mas para lá caminho.
ResponderEliminarSe eu quisesse e tivesse idade para emigrar em busca de boas oportunidades, escolhia Angola, não para dar satisfação ao teu CPLPismo, mas porque realmente Angola tem potencialidades fabulosas e precisa de gente que queira investir no seu futuro.
Mas, quanto à Finlândia, o resultado das eleições de lá, não me incomoda nada, pois sei que, de uma forma ou outra, mais tarde ou mais cedo a UE vai aprovar a ajuda a Portugal, pois sabe que se não fizer está a dar uma machadada em si própria. O que me preocupa e muito é o grande peso que estão a ter nos países da Europa central e do Norte, os partidos da extrema direita e o progresso da xenofobia.
A Europa está velha, cansada e perigosa...
Paulo, é uma "união" fracassada. Simplesmente não dá. Querem federalizar o que é diferente. O primeiro a acabar será o terrível "Euro". O resto será uma questão de tempo...
ResponderEliminarAbraço.
Pinguim, já antes do Acordo se escrevia "eurocéptico" sem o hífen. (: O Acordo apenas subtraiu o "p". (:
Eu também iria para Angola. É um país com enormes potencialidades. Será uma potência regional em poucos anos.
Quanto à Europa (caquética) não há muito mais a acrescentar. É um continente que não reserva nada de novo. Afunda-se progressivamente a cada ano. Esquecem-se de que a "União Europeia" não é mais do que um mosaico de países e povos distintos.
Parece-me que este blogue vai ter de colocar um aviso de conteúdos! LOLOLOL
ResponderEliminarBlog Liker: Ahahahahahahah :P
ResponderEliminarMark, fiquei sensibilizada com sua demonstração de carinho conosco brasileiros. Também sempre considerei os portugueses como irmãos afinal tenho ascendência portuguesa e o sangue português está bem disseminado em nosso dna.
ResponderEliminarNunca fui à Europa mas certamente irei a Portugal antes de qualquer outro lugar.
Beijo grande
Laiane
Laiane, mas é tudo verdade o que disse. Os brasileiros, assim como os cabo-verdianos, os guineenses, os são-tomenses, os angolanos, os moçambicanos e os timorenses são nossos irmãos. A Finlândia é que não é de certeza absoluta, eheh. (:
ResponderEliminarBeijinho.
Fiquei uns segundos chocados com a foto. Cruzes, é demasiado... lol
ResponderEliminarQuanto ao texto, sinceramente acho que esse é um grito que parece nunca ter eco... É triste...
Stay Well
Nelson, espero que tenhas gostado da foto. LOL (:
ResponderEliminarPortugal um dia aprende...
Abraço.
muito rapidamente, só para dizer que amei o teu texto (mas é fácil gostar do que escreves!) e que adorei a tua ironia. e concordo com tudo, até com a escolhado do modelo que para finlandês só lhe falta um nome para nós impronunciável!
ResponderEliminarabraços
Zoninho, muito obrigado pelas palavras. (:
ResponderEliminarAbraço. ^^