Saudades! Sim.. talvez... e porque não?
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão!
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!
Florbela Espanca - Livro de Soror Saudade
Este poema é sem dúvida lindíssimo!
ResponderEliminarnão conhecia e até gostava mais da prosa dela mas acho que me vou dedicar um pouco mais a questionar essa idéia... Stay well
ResponderEliminarPoema lindo =)
ResponderEliminarA magia toda de Florbela neste lindo soneto.
ResponderEliminar