"Olá querido diário, tudo bem? Comigo está tudo bem e espero que contigo também. Hoje o dia no colégio foi muito giro. As aulas não foram muitas giras mas giro foi o tempo que passei com o Fábio. Ele hoje estava tão mágico. Gostei mesmo de o ver. Ele hoje foi mais querido para mim e deu-me mais atenção. Lembras-te que no outro dia contei-te que ele não tirava os olhos da Ana Margarida e isso pôs-me furioso. Falaram todo o dia e até os vi na escada a falarem assim como se fossem namorados. Odeio-a tanto!!! Ela é uma estúpida, odeio-a, odeio-a, odeio-a. Tem a mania que é bonita mas é feia e eles só gostam dela porque ela é loira e tem os olhos claros mas eu odeio-a. E ela também é burra porque teve negativa a Matemática. AHAHAHAHAHA Mas eu acho que o Fábio gosta um bocado de mim porque ele apalpou-me no outro dia quando mais ninguém estava a ver e eu dei-lhe um beijo na cara e ele gostou porque eu perguntei se ele gostava e ele disse que sim. Ele não gosta é de fazer o mesmo que eu. Joga á bola e eu não ligo nada a isso. A Ana Margarida é uma estúpida. Eu apanhei flores num jardim no dia do passeio a Sintra e ela gozou comigo e disse que eu era uma menina mas eu sou rapaz só que gosto de flores. Amanhã vou falar com o Fábio e vou chamar a Ana Margarida de estúpida que é o que ela é e agora vou jantar porque a mãe está a chamar-me para descer.
Beijinhos
Amo-te muito M."
Como já o referi, escrevi durante muitos anos num diário, ou, para ser mais rigoroso, em vários, uma vez que, devido à escrita ser quase diária, comprei vários "diários" ao longo do tempo.
Esta página do meu diário remete-me a 2001. Enfim, não deixo de recordar esta época com nostalgia, mas também com um sentimento de profunda ingenuidade como é facilmente verificável. Era mesmo criancinha inocente e mimada.
Decidi publicar esta página do diário e irei fazê-lo regularmente. Não alterei uma única vírgula do texto ou uma única palavra. Limitei-me a transcrever tal e qual como o escrevi há dez anos atrás. Só assim manterei a pureza do texto. Tal como o passado é inalterável, assim o é em todas as suas vertentes.
Perdoem a inocência. :)
ah, lindo. adorei. que idade tinhas na altura? Imagino que... 11?
ResponderEliminarQue lindo!
ResponderEliminarQue pureza e ingenuidade mesmo! :)
Está fofo e de facto nota-se bem a ingenuidade típica de uma criança.
ResponderEliminarApesar de o texto soar ligeiramente "mimado", está muito giro!
ResponderEliminarMuito inocente, pelo que muito genuíno.
Abraço,
Ikki
Embora muito "acriançado", já se notam alguns aspectos da tua maneira de ser.
ResponderEliminarAcho que o mais curioso é ver os aspectos em que mudaste. Não é por nada, mas agora escreves muito melhor! ;-)
ResponderEliminarGostei da tua ideia de transcrever o teu diário, ou partes dele, para o teu blog. Posso copiar a idea? ;)
ResponderEliminarAbraço! *
Adorei a forma cristalina como já em pequenino, descrevias o teu dia a dia! ^^
ResponderEliminarUm momento de ternura! :3