11 de setembro de 2010

O Dia Fatídico



Quem não se recorda do dia 11 de Setembro de 2001? Em princípio, seria mais um dia normal, banal, um mero dia ameno de final de Verão. Todavia, seria um dia com consequências imediatas na história do (na altura) recente século XXI.
Eu era uma simples criança aquando do 11 de Setembro. A data em si, 11 de Setembro, ganhou um simbolismo frio e mórbido, como se de um vento destruidor se tratasse. Era o primeiro dia de aulas, mas recordo-me de que faltei, aliás, como era hábito nos primeiros dias de aulas de todos os anos lectivos. Saí com a mãe e o pai para almoçar num restaurante perto de casa. À saída, o primeiro avião já tinha embatido numa das Twin Towers. Quando cheguei ao dito restaurante, no preciso momento em que olhei para a t.v, o segundo avião acabara de embater no outro arranha-céus. Sempre tive uma extraordinária memória. Recordo-me da roupa que trazia, do lugar em que me sentei no restaurante, enfim, dos ínfimos pormenores. Recordo-me, como é evidente, devido ao acontecimento que marcou o dia. De outra forma, o 11 de Setembro de 2001 passar-me-ia totalmente despercebido, para mais atendendo à tenra idade.
Este dia marcou o mundo de forma trágica. O número exorbitante de perdas humanas, o terror em directo, os suicídios de pessoas que se atiraram das janelas das torres, a destruição do emblemático complexo de edifícios do World Trade Center, o ataque ao coração dos E.U.A, tiveram repercussões imediatas. Com o fim da Guerra-Fria, o mundo suspirou de alívio. Porém, a partir do 11 de Setembro, surgiu uma nova guerra: a guerra contra o terrorismo, expressão até então desconhecida pelas massas. A Guerra do Afeganistão, no final de 2001, foi a primeira consequência. Osama Bin-Laden, um líder islâmico pouco conhecido, encheu manchetes de jornais e abriu noticiários por todo o mundo. O ambiente estava propício para a invasão do Iraque (2003) e a manutenção dos contigentes militares. O mundo tremeu - tremeu - mas não ruiu. Os fundamentalismos de ambas as partes ganharam expressão. De um lado, o fundamentalismo do Presidente Bush; do outro, o fundamentalismo anti-ocidente, concretamente anti-Estados Unidos / Reino Unido e Aliados. Há quem diga que a História Contemporânea ganhou um outro significado. Eu corroboro e acrescento: um significado mais negativo.
Sem qualquer sombra de dúvida, o mundo está mais inseguro.

2 comentários: