Conheci-te há poucos dias e confesso que anseio por segunda para voltar a ver-te. Naquele primeiro dia, eu parecia um guardião da integridade física e moral dos outros e reconheço que te achei o pior dos seres humanos. Só surgiam na minha mente ideias negativas de ti. Uma pessoa rude, altiva e básica. Só assim poderias gostar daquele espectáculo deprimente. Porém, com o passar dos dias, reparei que era uma fachada momentânea; afinal, não eras assim. No dia seguinte ao primeiro encontro, vieste ter comigo e fizeste-me uma pergunta forçada. Quase que te colocavas à minha frente de forma a receberes uns «Bons dias!». Fingia que não te via; não queria acreditar que aquilo que supunha era verdade.
Tudo mudou no dia em que comi um bolo no bar. Sentaste-te bem na minha frente, fitando-me fixamente. Chegaste a incomodar-me com tamanha atenção. Vi a forma com que olhavas para mim, desvendei o desejo no teu olhar, li cada linha decifrável da tua boca, das tuas mãos e de todo o teu corpo. O pior de tudo é que, contrariamente ao que é hábito acontecer, eu também gostei de ti. Afinal, não me senti incomodado. Pelo contrário, quis que me tomasses nos teus braços e me beijasses loucamente.
Não és o meu tipo, nada tens que preencha o meu estereótipo de «ideal». Todavia, és tu.
Guardei em mim o desejo que demonstras. Estarei atento aos teus passos, às tuas investidas e não hesitarei em aceitar a ajuda que tão prontamente me ofereceste.
O destino dirá se os teus lábios algum dia alcançarão os meus.
A faculdade já está a dar frutos ;)
ResponderEliminarAdorei o detalhe como descreveste a atracção. Espero que tudo corra bem com o novo nino
Uau! É a palavra (se é que se pode chamar tal coisa de palavra) que posso utilizar para descrever este texto. Simplesmente fantástico. A tua forma de escrever é simplesmente genial, com uma transição de ideias muito bem elaborada. ;)
ResponderEliminarContinua assim!
FOP
De facto as primeiras impressões podem ser enganadoras.
ResponderEliminarBoa sorte.
Será que é desta que o Cupido acertou? Um olhar muda tudo.
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