25 de setembro de 2024

Lanzarote III (Jameos del Agua).


    Inicialmente, não queria ir aos Jameos del Agua. Comentei-o, aliás, com a recepcionista do hotel, a María, um encanto de senhora, sempre prestável, preocupada em fazer-nos sentir bem (se quiserem ir a Lanzarote, posso-lhes facilitar o nome do hotel por e-mail; basta para tal contactar-me). Pareceu-me um local turistificado à exaustão, muito comercial. Preferia fazer algo cultural sem cair no previsível. Fui aconselhado a dar-lhe uma oportunidade. Defraudou. Ah, eu sou assim. Quando gosto, gosto. Quando não gosto, não gosto.


Há quem possa achar isto idílico; eu não


   César Manrique, um pintor e escultor muito famoso em Lanzarote, idealizou os Jameos: num túnel vulcânico, criou um espaço natural, inaugurado em 1977. Tal como a Cueva de los Verdes, o espaço originou-se com a erupção do vulcão de La Corona. Ao passo que, lá, não moldaram aquelas grutas misteriosas, nos Jameos César Manrique deu asas à sua imaginação e idealizou um jardim, um lago, com palmeiras. Criou um belo entorno natural num túnel vulcânico. O problema, no meu entender, é que há demasiados turistas, o preço do bilhete é excessivamente elevado e, sejamos sinceros, não passa de um jardim exótico. No piso superior fizeram um museu do vulcão, que está ali como poderia estar em Madrid, em Lisboa, em Santa Comba Dão, quer dizer, nada de especial. Há um lago que alberga uma espécie protegida de caranguejo cego, mas são tantos turistas que não se consegue ver nada. A minha intuição estava certa. 


O auditório formado por pedra basáltica

    
       Talvez o mais interessante seja o auditório construído numa das secções do túnel.

4 comentários:

  1. Interessante
    Obrigado pela partilha
    Abraço amigo

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  2. Realmente, estas coisas só para quem gosta.
    Mas nada melhor do que experimentá-las "in loco", ainda que depois se chegue à conclusão que não é o que gostaria no futuro.
    Cumprimentos
    Manel

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    Respostas
    1. Manel,

      Sim, se não tivesse ido, perguntar-me-ia se valeria a pena. Assim sei que não.

      Cumprimentos,
      Mark

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