Terminei ontem A Peste, de Albert Camus, considerado a sua obra-prima. É uma narrativa que nos dá conta de um assomo de peste bubónica numa cidade da então Argélia francesa. Determina-se o isolamento da cidade, e somos convidados, através de um narrador que se identifica a si próprio como tal, a percorrer o dia-a-dia daquelas gentes confinadas: as suas angústias, obsessões, identificações. Uma realidade que, agora, depois da pandemia de COVID-19, não nos é tão difícil de conceber.
Camus faz-nos olhar para o interior do ser humano, com as suas angústias e defeitos, como se aquela cidade fosse um microcosmos do individualismo da sociedade moderna, afinal, cada habitante zelava por si e por quem deixara, não obstante houvesse uma aflição comum que perpassava todos quantos viviam ali. O homem reduzido à sua condição miserável, sem saber o que o amanhã lhe traria: a absolvição, na paz, ou a morte.
Não conhecia, e já tenho uma dica para as minhas férias :)
ResponderEliminarObrigado pela partilha
Abraço amigo
«Não conhecia, e já tenho uma dica para as minhas férias :)
ResponderEliminarObrigado pela partilha
Abraço amigo»
Francisco, já sabes, o problema de sempre com os teus comentários.
É um bom livro. Talvez pesado para umas férias de Verão.
Um abraço,
Mark