Eu creio que, sem muitas surpresas, se classificaram para os oitavos-de-final as selecções mais talentosas. Teremos, então, os seguintes jogos:
- Itália x Áustria (primeiro do grupo A com o segundo do grupo C);
- País de Gales x Dinamarca (segundo do grupo A com o segundo do grupo B);
- Bélgica x Portugal (o primeiro do grupo B com o terceiro do grupo F);
- Países Baixos x República Checa (primeiro do grupo C com o terceiro do grupo D):
- Croácia x Espanha (segundo do grupo D com o segundo do grupo E);
- França x Suíça (primeiro do grupo F com o terceiro do grupo A);
- Suécia x Ucrânia (primeiro do grupo E com o terceiro do grupo C);
- Inglaterra x Alemanha (primeiro do grupo D com o segundo do grupo F);
As surpresas verificaram-se, sim, na quase eliminação da Alemanha, que durante o jogo com a Hungria esteve a perder (o que a afastaria da passagem à fase seguinte); também no parco desempenho da Espanha nos dois primeiros jogos, recuperando no último frente à Eslováquia com uma goleada de 5x0; talvez se esperasse mais da Rússia e da Polónia, mas, no que concerne à Rússia, a equipa demonstrou não conseguir lidar com os reveses no marcador, ou seja, quando se vê a perder, dificilmente conseguem dar a volta ao jogo, ao contrário de selecções como a dinamarquesa ou como a escocesa. Embora eliminada, a Escócia debateu-se até ao final. Ao fim de tantos anos afastada das grandes competições internacionais, a chegada a uma fase final de um campeonato da Europa não deixa de representar um grande feito. Evidentemente, sendo uma das selecções mais antigas do mundo, a Escócia espera sempre mais. O mesmo se pode dizer da Macedónia do Norte, apurada pela primeira vez para o Euro 2020, o que por si só representa uma vitória.
Quanto a Portugal, perdeu por quatro bolas com a Alemanha, uma derrota pesada para a ainda campeã da Europa em título, e conseguiu o acesso aos oitavos-de-final a duras penas, dependendo não apenas de si, senão também do resultado da Alemanha com a Hungria. Ontem, diante da França, não podemos de todo dizer que Portugal foi mais fraco, uma vez que se bateu bem na presença da campeã do mundo e talvez grande favorita à conquista deste título europeu. No próximo jogo de domingo, com a Bélgica, não afastando um certo favoritismo da selecção portuguesa, diria que tão-pouco há razões para temer os belgas. Portugal tem grandes jogadores, capazes do melhor (e às vezes do pior). Estamos acostumados aos resultados fracos, à tangente, e a exibições pouco padronizadas.
A partir de agora, é o tudo ou nada. Há que vencer cada jogo, sem margem para erro.
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