22 de outubro de 2018

Bad Times at the El Royale.


   Por uma questão de incompatibilidade de horários - leia-se, por a partir de determinada hora, aos fins de semana, não ter transportes - vi-me obrigado a decidir por este Bad Times at the El Royale, isto quando diminuí drasticamente as minhas idas ao cinema. Imperativos de estudo.

   Não gostei nada, nada, e nem a participação de Chris Hemsworth, que lavaria as vistas de alguns, o salva do fracasso. O enredo é extremamente irracional, sem um fio condutor. Parece um sonho confuso, que nos leva a acordar atordoados. Nada parece fazer sentido. Gostei do ambiente sixties. Das músicas. Da voz potente de Cynthia Erivo, do suspense final. Fora isso, é aborrecido e desinspirado. Talvez o realizador tenha querido fugir à lógica dos filmes actuais, bastante previsíveis, mas falhou alguma coisa. O filme, à primeira vista, auspicia algum glamour, até por toda aquela atmosfera de hotel-cabaret que se cria. Faltou o que sou levado, eu e todos de bom senso, a considerar nuclear: uma narrativa digna. O próprio realizador, Drew Goddard, assumiu que deixou que as personagens " ditassem a história ". Pois sou levado a dizer que a ditaram mal. Andamos às voltas, com personagens que entram a meio da trama, quase que vindas de outra estória, e que caem de pára-quedas num arranjo que já prenunciava ruir. 


   Uma palavra especial para Cynthia Erivo, que tem aqui uma interpretação melhor do que as dos seus pares, que, verdade seja dita, as interpretações ainda são do pouco que podemos elogiar.

   Esta semana, e interrompendo um pouco a saga no estudo, tenho três filmes para ver, um dos quais já amanhã, na terça, aproveitando o festival de cinema que começa hoje - com bilhetes, em todas as salas do país, a dois euros e meio. Aproveitem.

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