Ontem, então, aproveitando o festival de cinema a preço convidativo (iria, de qualquer forma), fui ver este A Star Is Born, com Lady Gaga, não no papel principal, que o filme gira mais em torno de Brandley Cooper, não obstante, pelo título, aparentar que estaremos em torno da ascensão meteórica de uma estrela pop.
Vamos lá ver: filmes sobre pessoas que vêm do nada e chegam à fama há muitos, e não são poucas as cantoras que protagonizaram filmes mais ou menos autobiográficos - ao contrário do que sucede por cá, na Europa, nos EUA é muito bem visto vir-se do nada. Este A Star Is Born é, ele mesmo, uma adaptação de um original dos anos 30. Só que Gaga sabe cantar (o que Madonna não sabe) e actuar (o que Mariah Carey queria). Como não compararmos este filme com o Glitter, de Mariah Carey, um desastre? Gaga tem uma interpretação bastante boa num filme que é um melodrama, é verdade, mas que convence. Poucos anos separam Stefani Germanotta de Lady Gaga. Gaga ainda sabe fazer de quem nada tem. E foi isso, sobretudo, que convenceu, a par da química maravilhosa que teve com Cooper, que também é o realizador, a par de cantar. Multifacetado, o homem, hm?
Gostei dos números musicais e das canções propositadamente escritas para o filme - Shallow merece que a adicione à biblioteca da Apple Music. Creio que Gaga, enquanto artista, soube afastar Ally de si própria. A personagem que encarnou pouco tem que ver consigo. Quando Gaga é, ela, excêntrica, Ally viu-se obrigada a sê-lo ao estar sujeita aos desmandos do seu produtor. É um retrato cru da vivência destes astros, que julgamos ricos e felizes, quando, tantas e tantas vezes, vivem numa redoma, a fugir do assédio e imersos num mundo de drogas e álcool - a personagem de Cooper, Jackson Maine, demonstra-o: um cantor country completamente dominado pelos vícios.
O argumento, como referi acima, não é nada de excepcional. O filme resulta por uma conjugação de factores que lhe são exógenos: boas interpretações, boa música e natural empatia entre Gaga e Cooper, na queda de um, Jackson, e na escalada ao sucesso de outro, Ally. E vemo-lo quando, a determinado momento, é Ally quem diz enviar um carro para buscar Jackson, precisamente o que ele fez quando a viu cantar num cabaret de quinta categoria e não mais a largou, abrindo-lhe, indirectamente, a porta para o mundo da música.
Ally, no filme, esteve nomeada para três Grammys, ganhando, pelo menos, o de Melhor Revelação. Gaga, há quem o garanta, vai estar nomeada para o Óscar de Melhor Actriz. Não me admiraria nada. A Star is Born, que decerto também estará nomeado, é das melhores histórias de amor dos tempos recentes, na sétima arte.
Vamos lá ver: filmes sobre pessoas que vêm do nada e chegam à fama há muitos, e não são poucas as cantoras que protagonizaram filmes mais ou menos autobiográficos - ao contrário do que sucede por cá, na Europa, nos EUA é muito bem visto vir-se do nada. Este A Star Is Born é, ele mesmo, uma adaptação de um original dos anos 30. Só que Gaga sabe cantar (o que Madonna não sabe) e actuar (o que Mariah Carey queria). Como não compararmos este filme com o Glitter, de Mariah Carey, um desastre? Gaga tem uma interpretação bastante boa num filme que é um melodrama, é verdade, mas que convence. Poucos anos separam Stefani Germanotta de Lady Gaga. Gaga ainda sabe fazer de quem nada tem. E foi isso, sobretudo, que convenceu, a par da química maravilhosa que teve com Cooper, que também é o realizador, a par de cantar. Multifacetado, o homem, hm?
Gostei dos números musicais e das canções propositadamente escritas para o filme - Shallow merece que a adicione à biblioteca da Apple Music. Creio que Gaga, enquanto artista, soube afastar Ally de si própria. A personagem que encarnou pouco tem que ver consigo. Quando Gaga é, ela, excêntrica, Ally viu-se obrigada a sê-lo ao estar sujeita aos desmandos do seu produtor. É um retrato cru da vivência destes astros, que julgamos ricos e felizes, quando, tantas e tantas vezes, vivem numa redoma, a fugir do assédio e imersos num mundo de drogas e álcool - a personagem de Cooper, Jackson Maine, demonstra-o: um cantor country completamente dominado pelos vícios.
O argumento, como referi acima, não é nada de excepcional. O filme resulta por uma conjugação de factores que lhe são exógenos: boas interpretações, boa música e natural empatia entre Gaga e Cooper, na queda de um, Jackson, e na escalada ao sucesso de outro, Ally. E vemo-lo quando, a determinado momento, é Ally quem diz enviar um carro para buscar Jackson, precisamente o que ele fez quando a viu cantar num cabaret de quinta categoria e não mais a largou, abrindo-lhe, indirectamente, a porta para o mundo da música.
Ally, no filme, esteve nomeada para três Grammys, ganhando, pelo menos, o de Melhor Revelação. Gaga, há quem o garanta, vai estar nomeada para o Óscar de Melhor Actriz. Não me admiraria nada. A Star is Born, que decerto também estará nomeado, é das melhores histórias de amor dos tempos recentes, na sétima arte.
Não curto muito este tipo de filme mas me deixou curioso ...
ResponderEliminarEu estaria a tentado a dizer que você irá gostar do filme. :)
EliminarAchei a forma como relataram a ascenção à fama da protagonista um tanto ou quanto relatada em cima do joelho. O marido tão depressa parecia muito conhecido como visto como um músico de segunda.
ResponderEliminarAs músicas que Ally canta a solo para promover o seu álbum são francamente más, músicas pop a fazerem lembrar os tempos aureos de Lady GaGa, em que cada música que lançasse era aplaudida até à exaustão pelos seus "Little Monsters".
Apesar de não parecer até gostei do filme. Mas chega-se a mais de metade e percebe-se que o filme será mais sobre o companheiro do que outra pessoa qualquer.
És capaz de ter razão. Ainda assim, creio que os problemas com as drogas e o álcool é que o afastaram dessa primeira linha de preferência do público. Com estes artistas globais, muitas vezes a vida privada sobrepõe-se à artística, destruindo-a. Lembro-me, por ora, de Whitney Houston. Aconteceu-lhe o mesmo.
EliminarRepara: a Ally teve a sua carreira condicionada pelo produtor. Ele estava a torná-la naquele produto comercial. Creio ser propositado. Isso costuma acontecer-lhes. Tornam-se mais fúteis, comerciais, plásticos, devido aos planos das grandes discográficas. Quando a Ally começou a cantar com o Jackson, cantavam músicas de maior qualidade. Provavelmente, num exercício de osmose, a Gaga fez aí um paralelismo com o que lhe terá acontecido. O último álbum dela nem parece ter sido criado pela mesma artista do The Fame. Também cresceu, é certo. 23 anos para 32 faz diferença.
Só o gajo é que salvou a honra do filme (gostos), achei um filme da coitadinha a história da gata borralheira na vida real lololololololol
ResponderEliminarAbraço
Não sejas mau. Hahah
EliminarO filme é um melodrama, mas as interpretações e as músicas salvaram-no.
um abraço.