6 de setembro de 2018

Regresso & Unsane.


   Cheguei ontem a Lisboa. Foi uma semana. Passou depressa. Deu, entretanto, para fazer praia, piscina, passear de noite, à beira-mar. Ajudou-me, sim, ajudou. Lisboa é claustrofóbica. Faz bem mudar de ares, ver pessoas diferentes, fazer coisas diferentes. Aliás, venho-vos falar de um duplo regresso. É que, concretamente na quarta que vem, de hoje a oito, retornarei às aulas. A ver se é desta que dou por concluído certo processo que teima em se eternizar. Em minha defesa, contudo, devo dizer que tive uns contratempos que me roubaram, lá está, tempo e vontade. E se não poderei dizer que sinta saudades da faculdade, sinto-as, sim, daquela dinâmica, e sobretudo de ser útil, quando mais não seja a mim mesmo (sim, quando mais não seja, e não "quanto mais", que é um erro).

A vista da varanda do aparthotel era deslumbrante


   No dia 4, e já a viver aquele período pré-regresso às aulas (parece que já vi isto, há oito anos, quando entrei na faculdade), o Motel/X - Festival de Cinema de Terror deu início à semana mais assustadora da capital. Adoro terror, e desconhecia o festival. Um contra-senso. Às vezes, é como se não vivesse neste mundo. Eu, um tipo sempre conectado às redes sociais, descubro eventos tão antigos quanto o Motel/X, que vai na sua 12ª edição. Estive lá ontem, dia 5. Fui ver o Unsane. Deus, que filme! Terror psicológico puro. Deixo-vos a breve sinopse, e uma pequena crítica, caso tenham curiosidade em vê-lo - não no festival, que não há repetições. 

Tive direito a desconto Yorn, o meu tarifário móvel


   Uma rapariga, perseguida por um psicopata / stalker, vê-se internada compulsivamente, contra a sua vontade, numa clínica de reabilitação para doentes mentais. Às tantas, o sujeito que a perseguia está lá a trabalhar, como auxiliar. Presumo que a intenção do realizador - já agora, Steven Soderbergh - tenha sido a de nos deixar na dúvida: o sujeito existiria ou seria apenas fruto da imaginação da rapariga? Seja como for, é uma narrativa extremamente claustrofóbica. Para onde quer que se vire, é como se todos conspirassem para que Sawyer visse o seu tempo de internamento prorrogado. 
  Gostei bastante do desempenho dos actores. Não é do meu terror favorito, devo dizer, que prefiro o que mexe com o sobrenatural. Veronica, precisamente, outro que está em cartaz. Os bilhetes esgotaram num ápice. Sendo o meu primeiro festival, desconhecia que devia comprá-los com alguma antecedência. Podiam pôr duas sessões em simultâneo, ou noutro dia, enquanto o evento decorresse. Enfim. Quero ver se ainda lá vou ver outro, antes do Queer, claro, que já conhecia - mas não há muitos anos também -, e que coincidirá com as minhas aulas. Terei de arrumar umas horinhas para passar pelo São Jorge, numa edição, a 21ª, creio, dedicada ao HIV / SIDA.

4 comentários: