14 de março de 2016

Visita ao Palácio de Belém.


  Sábado de manhã. Um dia soalheiro. O Presidente decidiu permitir que portugueses e turistas estrangeiros visitassem a sua residência oficial, o que equivaleria ao acesso aos jardins, ao Museu da Presidência e aos cómodos do palácio, incluindo o gabinete presidencial, que não está acessível ao público.

    Não gosto de enchentes e evito misturar-me. Contando com a afluência desmesurada, resolvi ir bem cedo. O dia estava convidativo, propiciando a que me levantasse e decidisse enfrentar a multidão. Felizmente, dada a hora, deparei-me com uma fila não tão extensa assim. Em meia hora consegui entrar. Os polícias foram céleres na vistoria. Passei pelo detector de metais, claro está, entrando de imediato nos jardins.

    Ainda não havia estado no Palácio de Belém, muito embora tenha um familiar próximo que mora naquela zona da cidade. Os jardins são belos, sim, mas julguei-os mais sumptuosos. Desengane-se quem pensa que o palácio é demasiado faustoso e imponente. Não é. Daí que tenha sido preterido por D. Carlos, por não ter a dignidade suficiente para albergar o Rei de Portugal. Tem algumas fontes, cercado que está por espaços amplos, verdejantes. Nada que me impressionasse sobremodo.











                                                                                                            


    

     Dirigi-me, de seguida, ao interior do palácio. Algumas divisões estavam vedadas. O meu interesse recaiu por inteiro no gabinete do Presidente. Salas palacianas conheço muitas. Assim mesmo, considerei-as desprovidas de adereços, de artesanato. Soube que algumas peças foram deslocalizadas para outros palácios, nomeadamente o Palácio de Mafra.
















    


   

       Guardei a visita ao Museu da Presidência para o fim. É um museu interessante, contemplando uma galeria que contém os retratos oficiais dos Chefes de Estado, alguns objectos e fotos, insígnias e ordens honoríficas. Tem uma parte interactiva, na qual podemos fazer pesquisas. Uma maquete do palácio, explicando a sua história. Está dividido em dois pisos. 
        Devo dizer que o museu compensou um pouco a má impressão que o palácio e o staff presidencial me deixaram. Não houve qualquer visita guiada e nenhum tempo tive para poder apreciar o seu interior e o recheio. Quase que nos encaminhavam compulsivamente para a saída (do palácio; não dos jardins). Compreendo que houvesse uma imensidão à espera, todavia, concluindo que um dia por si só não era o suficiente, estendiam a iniciativa ao dia seguinte, domingo.













       No cômputo geral, aconselho a visita ao palácio e ao museu. Belém tem sempre o seu interesse. E o conhecimento, tal qual o saber, não ocupa lugar.

17 comentários:

  1. nunca lá entrei.
    nos anos anteriores, tinha uma justificação. agora, com este PR, acho que irei um dia, mas não sei quando. um dia aberto não é todos os dias, mas talvez com esta Presidência possam existir mais dias assim, e não subordinados a ocasiões especiais.
    bjs.

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    1. Seguramente, Margarida. O Presidente já deu a entender que dias como este se repetirão ao longo do seu mandato. Mas, sabes, não voltaria nestas circunstâncias. Muito aparato, pouca atenção. Vi tudo a correr. O museu estava apinhado também. A parte boa é que foi gratuito. :)

      um beijinho.

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  2. Visitei o Palácio há muitos anos atrás, é um palácio giro, e foi ali que começou o jardim zoológico com os leões e um elefante. 5 animais ao todo :)

    Belo passeio e que vale bem a pena :)

    Grande abraço amigo

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    1. Sim, sem dúvida; o passeio vale a pena. Gostei muito. E o tempinho ajudou. :)

      um grande abraço, amigo Francisco.

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  3. Quanta beleza junta e quanta história tudo isto encerra. Por aqui também temos muitos monumentos históricos que nos proporcionam esta viagem.

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    1. Eu gosto imenso de palácios e de jardins. Nem tanto de castelos, que eram estruturas defensivas.

      Sim, o Brasil tem os seus belos monumentos, alguns deixados pelos portugueses na sua "passagem" de mais de trezentos anos. :)

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  4. Parece-me ser um palácio e um museu a conhecer. Belíssimo. E belo igualmente o gesto do Presidente.

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    1. O Presidente Marcelo teve um nobre gesto, sim.

      Conhecer um monumento e um museu é sempre proveitoso. :)

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  5. Bom dia
    Ainda não visitei e confesso que não me desperta muito interesse.
    Penso que quem se fecha em palácios esquece as realidades presentes.
    Gostei do modo como descreveste a visita.

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    1. Boa tarde, Luís.

      Bom, mas isso aplicar-se-á aos titulares de cargos públicos. Nós, enquanto cidadãos, podemos conhecer um palácio. Não nos fará mal algum. Eles existem, têm a sua beleza. Visitar um palácio é o mesmo que visitar um museu, uma igreja antiga, umas ruínas do período romano...

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  6. Não me desperta muita o interessa mas sem dúvida que aquela zona é muito bonita. Tem uma tranquilidade que me agrada e muito :D

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    1. Também gosto. :)

      Ah, mas tu e o Francisco decerto que gostariam de uns GNRs que por lá andavam. :'D

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  7. Gostava de visitar e acho optimo abrirem as portas à população. Afinal de contas, somos todos nós a suportar aquilo.

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