Nunca se falou tanto do Panteão Nacional como por estes dias. Acredito mesmo que uma boa parte dos portugueses passou a saber o que era o Panteão através da morte de Eusébio - acontecimento mais do que explorado pelos órgãos de Comunicação Social - e que muitos ainda não sabem que foi um estatuto conferido à Igreja de Santa Engrácia em Lisboa.
Já durante as cerimónias fúnebres se especulava quanto ao destino a dar ao corpo do ex-jogador do Sport Lisboa e Benfica e da selecção nacional. Vozes em uníssono apontaram de imediato o Panteão, seguindo uma opinião que surgira antes. Não discordo. Por motivos que já enunciei, e pegando na letra da Lei 28/2000 de 29 de Novembro, Eusébio poderá descansar ao lado de Amália Rodrigues, Teófilo Braga, Manuel de Arriaga, Aquilino Ribeiro, Guerra Junqueiro, João de Deus, Sidónio Pais, Humberto Delgado, Almeida Garret e Óscar Carmona. Durante a sua vida ajudou, inegavelmente, à divulgação da cultura portuguesa, sendo uma das figuras mais conhecidas fora do país, atraindo visitantes a um Portugal sufocado por uma ditadura obsoleta que teimava em isolar-nos do resto do mundo civilizado. Produziu cultura. O futebol é cultura. Uma cultura tão digna quanto a musical ou literária.
O dia de ontem ficou marcado pelas notícias que dão conta da transladação ou trasladação, como queiram (ambas estão dicionarizadas, preferindo transladação, norma mais antiga), de Sophia de Mello Breyner Andresen para o Panteão. Justíssimo. A par da sua excelsa obra poética, o activismo político de Sophia preenche a previsão do artigo segundo da lei acima citada: "na defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e da causa da liberdade". Penso que estaremos todos de acordo. Sophia foi uma opositora feroz ao antigo regime, ao lado do seu saudoso esposo, Francisco Sousa Tavares, tendo, na sua obra, um poema em que satiriza com sarcasmo Oliveira Salazar.
Ironia das ironias! No ano que se comemora o quadragésimo aniversário da Revolução de Abril, juntam no mesmo espaço Sophia de Mello Breyner e... Óscar Fragoso Carmona, Presidente da República durante a Ditadura Militar (1926 - 1933) e primeiro Presidente da República do Estado Novo, entre 1933 e 1951, ano da sua morte. Da justiça da transladação de Carmona para o Panteão já podemos duvidar. Afinal, para lá da sua alta patente militar, que está prevista na lei, verdade seja dita, que feitos deixou no país além do apoio à ditadura? Os seus "altos serviços militares" sobrepor-se-ão à causa da liberdade, a qual combateu com tanto empenho? Fica em aberto.
Salgueiro Maia. Investiguei, procurei, e poucas pessoas questionam a ausência do célebre capitão de Abril no Panteão. Figura principal nos acontecimentos que levariam à restauração dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, abrindo caminho para um país democrático, muitos pedem que Eusébio tenha honras de Panteão; poucos defendem o mesmo para Maia.
Povo de memória curta. Que diviniza futebolistas, fadistas e escritores, presidentes tiranos, mas que esquece os seus verdadeiros heróis.
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ResponderEliminarEste assunto do Panteão Nacional, já me irrita e já cheira mal.
O lugar dos mortos é no cemitério junto dos demais que lhes deram origem às carreiras e não em cima de um pedestal. Todos os cidadãos deveriam ser tratados da mesma maneira na vida e na morte. Quanto ao resto é um pintura fraudulenta para distrair os pacóvios que constitui a maioria do povo que vê estes acontecimentos sem perceber as injustiças que se praticam à descarada em nome não sei do quê...
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Tens razão, sobretudo no que diz respeito a 'Eusébio no Panteão, sim ou não'. Não posso mais ouvir falar na morte do senhor.
EliminarEm relação ao Panteão, não concordo em parte. Defendo que determinados cidadãos que se distinguiram em nome da Pátria devem estar num local especial, seja qual for. É um sinal de respeito e reconhecimento e não atenta contra a igualdade dos cidadãos, até porque os mortos não são cidadãos. A personalidade jurídica extingue-se com a morte. Cruamente o digo: os mortos são coisas para o Direito. Serão algo mais para a Moral, que não se confunde com o universo legal. Tudo o que não é pessoa, no Direito, é coisa. Uma 'coisa' com particularidades, como é evidente. Um cadáver merece todo o nosso respeito e não pode ser comercializado, por exemplo.
Sim concordo com o teu pensamento, mas continuo a defender que todos devem ficar no mesmo espaço. Até para não existir discriminações, que demasiado evidentes, tal como ser-se de direita, de esquerda, bla bla bla. Já agora onde para o Salazar? E outros que deveriam estar no Panteão. Parece-me que a palhaçada vai continuar nos próximos episódios neste anfiteatro nacional, chamado Portugal.
EliminarO cemitério será mais igualitário, claro. :)
EliminarSalazar, salvo erro, está em Santa Comba Dão, por decisão sua. Entretanto, foi velado com honras de Estado no Mosteiro dos Jerónimos e não duvido de que teria lá ficado ou em qualquer outro lugar caso fosse essa a sua vontade, pelo menos até ao 25 de Abril.
um abraço.
Pelo andar da carruagem, qualquer dia até o meu vizinho ali do fundo da rua que, invariavelmente, um dia, morrerá (primeiro que eu, assim o espero lol!), usufruirá do resto da eternidade no bom Panteão.
ResponderEliminarE não vou lá há tanto tempo...!
Abraço(s), Mark! :-)
Ahahah :D De facto, terão de ser mais exigentes na admissibilidade ao Panteão.
EliminarSabes, querido Ine, é a crise de valores que a todos afecta. Na falta de melhores heróis...
Eu nunca lá fui, acho. :s
um abraço. :)
O Saramago também podia ir xD Tantas dores de cabeça me deu na escola :D Acho que o Eusébio devia ficar no estádio da Luz e não no Panteão. Não foi mais que um jogador de futebol. Então para isso punham lá o Figo, o Ronaldo, o Mourinho e outros que só por serem conhecidos já têm esse direito!
ResponderEliminarAbraço!
Saramago, nem me lembrei! Sem dúvida alguma. Um dos maiores escritores portugueses e de língua portuguesa de sempre, conhecidíssimo lá fora. Mas, sabes, seria extraordinariamente difícil. Saramago não é consensual como Sophia de Mello Breyner. A concessão de honras de Panteão é da exclusiva competência dos deputados da Assembleia da República e Saramago era persona non grata em muitas das bancadas parlamentares. Vejamos, era um comunista e ateu convicto. Nos anos 90, o seu nome foi vetado para um prémio europeu literário no governo de Cavaco Silva, facto, aliás, que levou Saramago a auto-exilar-se em Espanha.
EliminarQuanto a Eusébio: :x
um abraço. :)
Essa "coisa" diabólica do panteão, é um não assunto criado para distrair. Se formos a ver bem, quantos e quantos heróis que se encontram espalhados por ai, que deveriam estar por lá? Qual o critério? Panteão do Século XX e do XXI? Ou estão apenas a criar uma moda... é que mais dia menos dia, "aquilo" enche e já não cabe mais ninguém. Se calhar deveria existir um local de culto para os escritores, e outro para políticos, outro para militares... de facto junto tudo num único espaço, com a premissa que os que estão lá, foram os maiores, dentro dos maiores portugueses é uma falácia. Ou da eventualmente da cultura. É uma questão polémica, que não vale a pena alimentar muito. Porque daqui a nada vão querer colocar por lá o delfim do PSD, o Sr. Francisco Sá Carneiro e depois a Assembleia da República vai formalizar mais comissão de inquérito.
ResponderEliminarAhahah, não estão lá assim tantos. :)
EliminarEu não diria que os que lá estão foram 'os maiores' ou 'os melhores'. Foram pessoas que se distinguiram e creio que todos os países homenageiam e honram a memória dos seus heróis. Nada de errado nisso. Os norte-americanos veneram, por exemplo, George Washington, e com motivos de sobra.
A morte de Eusébio despoletou a 'não polémica', até porque parece que há consenso quanto à sua transladação. Por cá é assim: nunca se fala de um assunto; por um motivo qualquer desperta-se e andam que tempos a falar do mesmo. Vicissitudes de um país pequeno, meio ajardinado, em que nunca acontece nada de muito relevante. Recordo-me de quando foi encontrada a senhora falecida há nove anos no chão de sua casa; durante semanas, não havia dia em que não falassem de um idoso encontrado morto e abandonado em casa.
Francisco Sá Carneiro provavelmente faria algo pelo país, mas não teve tempo. Tornou-se um mito, quase mártir, e isso não está na previsão da lei. :P
As Leis mudam-se caro Mark, conforme as vontades. Já devias de saber disso :P
EliminarBem verdade, bem verdade. :)
EliminarNa minha modéstia opinião, quanto a mim, o local definitivo deveria ser no estádio do SLB, por todo significado de Eusébio.
ResponderEliminarComo vivo em Democracia, que seja a vontade da maioria :)
Abraço amigo
Por mim, tanto faz. LOL Referi o Eusébio nesta crónica como introdução, meramente. Quis centrar-me em Sophia de Mello Breyner e na ausência injustificada de Salgueiro Maia.
Eliminarum abraço, querido Francisco. :)
é o povo português... é o que temos... e o que somos, em parte.
ResponderEliminarSim, é verdade.
Eliminarr: "Concordo contigo e ainda vou mais longe: ninguém tem de ser a favor ou contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O casamento é um contrato bilateral e vigora entre nós o princípio da relatividade dos contratos, ou seja, cada contrato diz respeito apenas às partes contraentes, logo, terceiros não 'têm nada a ver com isso'." Agora disseste mesmo tudo, tudo!
EliminarO que eu queria dizer, é que não devia ser necessário uma lei para permitir o casamento, é algo que já está inato a qualquer humano, seja homo ou hetero... mas enfim :P
Quanto à adoção, é um caso muito bicudo e sobre o qual eu prefiro não falar.
r: obrigado, mas ainda há muito que lutar.
Eliminarr: para te ser sincero, nem tinha reparado, don't worry :p
EliminarÉ um assunto polémico este pois não se delimita por completoo estatuto de quem é merecedor de tal honra.
ResponderEliminarNão ponho em questão o facto de, por serem populares, e derem embaixadores de Portugal mo mundo, Amália e Eusébio, lá não tenham cabimento; mais cabimento aliás do que Carmona, que nada fez para lá estar...
É um assunto delicado e se se começa a alargar o conceito, qualquer dia já lá não cabemais ninguém
A principal questão para mim é muito simples: devem estar ali sepultados os "heróis de Portugal" ´e o nosso país há muito, mesmo muito tempo, não tem heróis...
A lei não é exaustiva, deixando uma ampla margem de discricionariedade para se decidir quem deve ou não ir para o Panteão.
EliminarAmália e Eusébio, no meu entendimento, podem e devem lá estar. Merecem-no mais do que Carmona, sem dúvida alguma. Se o critério for 'os heróis de Portugal', então excluiremos muitos dos que lá estão, incluindo o Eusébio e a Sophia que ainda irão ou não.
O último dos heróis terá sido Maia...
o panteão não me comove, nem quem lá fica ou não fica. mas o que me comoveu, muito, e encheu de orgulho, foi tu teres te lembrado do Salgueiro Maia e tê-lo tratado como um herói português. um abraço e imenso respeito.
ResponderEliminarEu é que agradeço as tuas palavras, Miguel.
EliminarSalgueiro Maia, sim, merecia todas as honras possíveis. Um Herói.
um abraço. :)
Já me tinha perguntado a razão porque está lá o Carmona. No entanto, deve ter sido metido antes do 25 de Abril. Se foi depois, é um verdadeiro escândalo. Concordo plenamente com a Sophia, o Eusébio. Saramago e sem dúvida alguma Salgueiro Maia também deveriam ter essa honra.
ResponderEliminarO Marechal Óscar Carmona foi transladado antes do 25 de Abril, o que explica a decisão. No entanto, é de se duvidar da justiça da transladação.
EliminarÉ curioso como quando o tema salta para a ribalta todo o português em todos os cafés do país desata a dar bitaites. Ainda ontem num jantar de amigos o tema lá veio à baila, com argumentos ferozes a favor e contra.
ResponderEliminarA lei não define os critérios de quem vai para o Panteão, e ainda bem que assim é, porque permite alguma dose de subjectividade na decisão e reflete um pouco da própria história do país, como é o caso de Carmona, e não é o de Salazar porque pediu especificamente para ir para Santa Comba Dão.
A sugestão do Namorado é interessante. Em alguns países (agora só me recordo da Noruega) existem parques onde estão sepultadas individualidades de uma certa área, como o Parque dos Escritores, o Parque da Ciência, e por aí adiante. Assim sempre se evitava o problema das decisões de Santa Engrácia.
A lei define os critérios, Coelhinho, não é exaustiva. Mas os critérios estão lá e são claros.
EliminarCarmona foi transladado no Estado Novo, no entanto, a sua permanência lá não faz o menor sentido e foi aí que quis chegar. Até em relação a Sidónio Pais é duvidoso, mas admito que sim. Se Salazar tivesse pedido para ser 'sepultado' no Panteão, provavelmente tê-lo-iam retirado após a revolução.
A ideia dos parques é interessante, mas não se coaduna com a realidade do país. A Noruega é um país civilizado. Se nem parques constroem para as pessoas, fá-lo-ão para os mortos? E o problema manter-se-ia: quem teria a honra de ser sepultado nos parques: todos os escritores, todos os estadistas, todos os investigadores, cientistas e demais? Continuava a dose de arbitrariedade e discricionariedade. Mudava-se a querela de Santa Engrácia para os parques, tão somente.
Queria dizer que a lei da azo a interpretações subjectivas, e que nem sempre se reune consenso relativamente aos critérios definidos.
EliminarQuanto à questão dos parques, claro que a realidade (e a sociedade) do país dificulta a execução, mas estando a falar de um parque aberto, critérios como o espaço não se põem (a menos que seja um micro-parque), o que juntamente com um enquadramento legal definido (e eventualmente mais amplo que o actual) poderia facilitar esse tipo de tomadas de decisão e o consenso gerado.
As leis são gerais e abstractas. Compete ao aplicador, a todos nós, no fundo, interpretá-las e encontrar-lhes um sentido, sempre, claro, no espírito do sistema jurídico e com base na letra da própria da lei. Tens razão: os consensos, mormente nestes casos, são difíceis de se alcançar.
EliminarNão creio que o problema seja o espacial, até porque não li ou ouvi nada sobre isso. Ao que sei, ainda cabem todos e com espaço de sobra para o Eusébio. LOL Não temos assim tantas individualidades que mereçam honras de Panteão. Vivas, arrisco-me a dizer que, de momento, nenhuma. Não refuto a ideia do parque, atenção. Seria bastante interessante, mas, como disseste, a actual lei teria de ser revogada, eventualmente, e substituída por outra. :)
Bem eu neste tema vou ser muito directo e simples - não há Panteões para ninguém e pronto! xD
ResponderEliminarUma lápide, uma imagem, qualquer outra coisa mais simbólica, custaria bem menos e não dava azo a tantas "pinderiquices". Depois de morrer resta a memória. E é isso que deve ser preservado, não ossos...
Os portugueses tem é de se mexer e cuidar de quem precisa em vez de discutir este tipo de temas. Mas pronto estamos no país onde a maioria gosta de programas como a Casa dos Segredos, por isso...
=P
Lets go to America Mark! XD
Seria bem mais prático, é verdade. :) E concordo com os argumentos que invocaste: a memória estaria perpetuada e poupar-se-ia imenso dinheiro dos cofres públicos.
EliminarComo diria Pombal (e bem): "Enterrar os mortos e cuidar dos vivos"...
Ai, os E.U.A também têm imensos problemas. :)
Sem dúvida! ^^
EliminarE quanto aos E.U.A. temos lá a Mariah, já valia a pena por isso! xD
Beijinhos :3
Sem dúvida, ahahah. :D
Eliminarum beijinho. :)
Adorei o post e os comentários. De facto, não se fala de outra coisa. E como tu muito bem notas, o Carmona com a Sophia no mesmo sítio, é de bradar aos céus. Quanto aos parques, também não me parece a solução. Basta olhar para o talhão dos artistas no Cemitério dos Prazeres, para ver o deprimente que é.
ResponderEliminarAbraço, Mark.
Aposto que Sophia de Mello Breyner não gostaria nem um bocadinho. :)
EliminarA ideia do parque poderia encontrar acolhimento e até é interessante. A minha dúvida é saber se resolveria de facto o problema ou apenas o deslocaria para outro lado...
abraço, Arrakis. :)
Que o Eusébio merece o seu lugar lá não há qualquer dúvida, ele foi muito mais do que um simples jogador de futebol e quem diz o contrário, é porque não se deu minimamente ao trabalho de se informar sobre o que ele foi.
ResponderEliminarQuanto às outras pessoas que falas, principalmente o Saramago acho que merecia, mas a Sophia também parece-me claramente aceitável.
Creio que ficariam bem os três lá. Cada um teve o seu papel. Saramago seria justíssimo.
Eliminarno dia em que o Fado foi consagrado património imaterial da humanidade, visitei-o. o grupo teve direito a visita guiada. recomenda-se a vista do terraço, sem dúvida.
ResponderEliminarCarmona foi transladado em pleno Estado Novo.
Sophia, sem dúvida, merece.
bjs.
Nunca visitei, pelo menos que me lembre. Até posso ter ido em criança.
EliminarCarmona foi transladado durante o Estado Novo, mas se o retirassem não fariam nada de injusto... É de bradar aos céus, como disse o Arrakis, que se junte um dos maiores símbolos do Estado Novo, um dos Presidentes da República, com uma das suas opositoras mais ferozes.
um beijinho.
eu sei e concordo, mas não devem retirá-lo, nem com petições públicas...
EliminarA História não se apaga, é verdade, mas mudaram tanto depois do 25 de Abril... O nome da ponte, por exemplo, que passou de 'Salazar' para '25 de Abril'. Importarão só as mudanças capazes de influenciar a opinião pública pela sua visibilidade?
EliminarA par de ter sido Presidente da República, Carmona não fez nada de relevante pelo país. Pelo contrário, apoiou um regime atroz. Foi o Presidente da República que mais tempo esteve no cargo à revelia da vontade da maioria dos portugueses. Um tirano.
Tantos Presidentes da I República que não estão no Panteão. E, que se saiba, Ramalho Eanes, Mário Soares, Jorge Sampaio e, por maioria de razão, Cavaco Silva, também não estarão quando falecerem.
Afinal, o que fez Carmona? Que alguém me diga.
Adenda: Spínola e Costa Gomes também não estão...
EliminarBem verdade! Também não me oponho à transladação do Eusébio para o panteão Nacional, mas acho que há muitas outras figuras que merecem lá estar e não estão. E muitas delas têm tanto ou mais mérito que Eusébio.
ResponderEliminarEnfim, é o país que temos.
É uma questão bastante polémica, ficando dependente dos critérios de cada um. Pessoalmente, acho injusto falar-se tanto da transladação do Eusébio e não de Saramago, por exemplo, embora defenda que ambos têm lá o seu lugar.
EliminarDeixa o Carmona descansar em paz Mark LOL Queres tirar o tacho ao senhor? Quem virá depois a Assunção Esteves? LOL
ResponderEliminarEu deixo. LOL Tem mais do que aquilo que merece, que muitos dos que foram enviados para o campo de concentração do Tarrafal nunca mais apareceram. Essas pessoas tiveram 'honras de Atlântico' quando os seus corpos foram jogados no oceano.
EliminarOh, essa senhora é apenas inconveniente. LOL
Estão a ver porque é que eu gosto de blogs que fazem postagens com interesse e despoletam comentários que dão o valor correcto à blogo?
ResponderEliminarÉ por causa de um blog como este e de uma postagem como esta.
Os comentários fogem ao lugar comum, não são repetitivos até à exaustão e complementam o texto.
Não é a postar três ou quatro vulgariddes por dia que a blogo fica mais rica. Para isso servem as redes sociais.
Sei que nem toda a gente concorda comigo e que cada um gere o seu blog como muito bem entende, mas aproveito esta postagem por ser um exemplo concreto do que eu há muito defendo.
Obrigado, João.
EliminarÉ como dizes: cada um faz do seu blogue o que quer e é nessa diversidade que está o interesse da blogosfera. :)