Nunca fui de faltar às aulas, nem mesmo em período de testes. O ano letivo aproxima-se do final e também os exames às disciplinas se aproximam... do começo. Muitos faltam a várias aulas para estudarem para os testes, todavia, nunca gostei de o fazer. Vejamos: se falto a uma aula para estudar para uma outra, acabo por perder uma aula apesar de, inconscientemente, pensar que estou a tomar a melhor decisão. Isto é um mero pensamento hipotético. O estudo é algo que se deve fazer em casa, todos os dias, pelo menos umas duas horas por dia. No meu caso, melhor dizendo, na minha licenciatura, tudo o que for menos de quatro horas é manifestamente insuficiente. Por todos estes motivos, irrita-me ver os auditórios vazios porque quase todos resolvem faltar a uma ou duas horas antes de um teste e deixam os professores, quase sozinhos, a falarem «para o boneco». É uma falta de respeito.
Não há regra sem exceção, já diz o velho ditado, e hoje foi o meu dia de faltar a uma aula, das 11 horas, para estudar para um teste, às 12 horas. Claro que não foi por mim. Mal de mim no dia em que precisar do tempo da aula imediatamente anterior a um teste para estudar! Fui desafiado pelo R., claro. Como também precisava de descontrair um pouco, acabei por aceitar. Ele estava todo nervoso, afinal, disse-me que não tinha estudado nada e precisava de fazer umas cábulas à pressa. Enfim, o que eu aturo... Às vezes dou por mim a pensar no motivo que me leva a relacionar-me com ele. Mas o que é que vi nele?
Fomos até à sala de estudo da faculdade, local horrível pejado de tudo o que é gente barulhenta e mal educada. Para além disso estava um calor de morte. Ambos nos sentámos numa mesa, sozinhos, e assim ficámos uma boa meia hora. Ele, claro está, aflito. Não sabia se cabulava, se tentava estudar qualquer coisa. Pediu-me para que me sentasse ao seu lado no teste, pois, segundo as suas palavras, «era meio caminho andado para o dezito (10)». Que inconsequente e relaxado! Digo-o aqui e disse-lhe na sua cara. Como é possível um estudante universitário estar a estudar a uma hora do teste? Tentei ajudá-lo de forma a que ele absorvesse o máximo possível. Procurei dar-lhe indicações sobre os detalhes e os tópicos mais importantes. No meio disto tudo, tive uma enorme pena dele. Vê-lo ali, aflito e a transpirar, tentando memorizar umas matérias, deu-me uma vontade enorme de o abraçar e confortar, mesmo sabendo que a culpa de não estudar é inteiramente sua. Se eu pudesse, dizia-lhe tudo, mas arriscava-me a que me anulassem o teste. E a ele também.
A um dado momento, uma loura oxigenada chegou-se à nossa mesa e foi cumprimentá-lo. Apesar de não me conhecer, cumprimentou-me e eu, educadamente, correspondi, não sem olhar para ela de alto a baixo como se se tratasse de uma minhoca. Vi logo que aquele beijinho que trocaram indiciava alguma coisa da parte dela. Então, conheceram-se nas praxes e até chegaram a sair juntos naquelas baboseiras universitárias! A vozinha irritante da songa-monga provocava-me vómitos interiores e não hesitei em mostrar o meu descontentamento, para ambos, virando a cara para o lado esquerdo. Talvez apercebendo-se do facto, o R. disse-lhe claramente que precisava de estudar porque estava aflito, pedindo-lhe desculpas e esperando que ela não levasse a mal. Aquela sonsinha? Imagino... Deve ter o pipi inflamado de desejo, uma vez que é tão oferecida!... Ao saber a minha opinião sobre ela, após a sua saída, imaginem, ainda me disse: «Porque é que és assim?», «Olha que ela é de boas famílias e é super educada» e «Se a conhecesses ias gostar dela porque são parecidos». Como se eu ficasse impressionado com o pedigree daquela cachorra suburbana! Desculpem-me, mas odeio-a, ponto.
Hora do teste. Saímos, descemos as escadas e fomos até à sala. Levou o teste todo a olhar para mim esperando obter uma resposta. Foi-me completamente impossível ajudá-lo, devido aos olhos de gavião do professor. Tentei mímica, mas não surtiu efeitos... Veremos. Até eu tive dificuldades. Foi horrível.
Estou um pouco de pé atrás com ele. Não gostei da forma como falou com a loura (não posso falar muito mal de louras pintadas porque a mãe é loura pintada / platinada). Foi muito palavrinhas doces e meigas. Detestei! Se por um lado sublinha o seu lado mais masculino, pelo outro evidencia um interesse que não me agrada. E odiei os pormenores nojentos sobre as saídas noturnas.
Para a próxima pede-lhe ajuda! Em troca, ele pode bem apagar-lhe o fogo púbico! Bah!
Texto fantástico! Faz-nos dar uma valente gargalhada! =D
ResponderEliminarTexto Fantástico!! Faz no dar uma valente gargalhada! Os bons Rapazes de Setúbal são muito complicados, acredita!
ResponderEliminarTenho duas coisas para te dizer:
ResponderEliminar1.º - És como eu nas idas às aulas. Sempre disse "eu pago propinas, por isso tenho o DIREITO de ir às aulas". Sempre o vi como um direito, e nunca como uma obrigação.
2.º - Parece que está aí uma (grande) pontinha de ciúme pela "cachorra suburbana"... (adorei essa expressão)
Muitas felicidades, e espero que o teste esteja melhor do que esperas;)
Ahahah! Era engraçado que o R.tivesse feito aquilo só para ver a tua reacção! :):)
ResponderEliminarAbraço e bons estudos para os testes que se avizinham!
LOL és tão ciumento Mark e ao mesmo tempo tão cute... XD
ResponderEliminarTens de ser o centro das atenções do teu amado não é? =)
Abr
João: Eu acredito... LOL (:
ResponderEliminarFilipe: Pois, eu adoro ir às aulas e aprender mais. Sei lá, sou assim. (:
Tive ciúmes, sim, e muitos!
Obrigado pelas palavras finais. (:
Blog Liker: Ele fez aquilo porque, no fundo, gosta de mulheres... Tenho a certeza!
Abraço e obrigado. ^^
Miguel: Não sou muito ciumento, mas gosto de ser o centro das atenções do meu amado, sim. (: Gosto de ser tratado com a tal reverência de que falámos aqui há uns dias, lembras-te? Ele, ontem, não correspondeu às expectativas...
Abraço.
As tuas palavras em relação à oxigenada mais parecem minhas. Bem, eu acrescento "burra". Claro que não é a todas, entenda-se!!!
ResponderEliminarNão achas que é tempo de dizeres "ao teu rapaz", o que gostas e o que não gostas? É um princípio básico da amizade. Se não gostas de frangas betosas oxigenadas e ele o souber, se te respeitar, logo tratará de as afastar. Mais, qual o problema em saber que gostas dele?
Força Mark!!!!
Paulo: Ele já deve suspeitar que gosto dele. Se não o souber - o que eu acho improvável - é porque anda muito distraído... Andamos próximos, mas parece que há uma barreira psicológica qualquer...
ResponderEliminarObrigado, Paulo. ^^
O Blogger apagou, como sabem, os comentários dos posts devido ao "apagão" que houve há uns dias... Acho um desrespeito aos utilizadores e foram milhões os afetados pelo problema!
ResponderEliminarUm pedido de desculpa formal ficar-vos-ia muito bem!
Agora fiquei um pouco confuso com o R.! É a primeira vez que referes um qualquer tipo de relacionamento dele com raparigas, e isso deixou-me confuso!
ResponderEliminarOu será ele que está confuso? Até chegaram a sair juntos, se bem que isso não quer dizer muito...
O R. já me está a deixar nervoso! Espero pela próxima aventura para ver se isto não foi um mero lapso.
Abraço! :-)
Ikki: Chegaram a sair juntos num daqueles "eventos" dos caloiros. Aqueles acontecimentos verdadeiramente detestáveis! Se ele está confuso? Não tenho a menor dúvida... :S
ResponderEliminarAbraço.