Todos nós sofremos diariamente com coisas que nos acontecem e que nos tornam os dias mais cinzentos. Ninguém pode dizer de pleno direito: "Eu sou feliz!". Será uma mentira porque ninguém é inteiramente feliz. Na medida em que a felicidade é um termo absoluto (ou se é feliz ou não se é feliz), ninguém é feliz. Temos, contudo, momentos de abstracção, de verdadeira alienação com a realidade. Desfrutamos de pequenos prazeres que nos dão a ilusão de que detemos a felicidade: somos falsamente e inversamente felizes. É uma felicidade ilusória e meramente parcial. A felicidade é eterna, logo, não poderia nunca ser quebrada. Mais uma prova de que não somos felizes. Por fim, é perpétua. Tem início, mas não tem fim.
Devemos, então, desistir, baixar os braços? Não. Esse não é o caminho. Se queremos alguma coisa, devemos persistir na luta para atingirmos esse objectivo. Devemos acreditar em nós próprios, na nossa infinita capacidade de superarmos os nossos limites. Ao acreditarmos nas nossas capacidades, enfrentamos o desafio de frente, não virando a cara ao risco inerente a qualquer batalha. Apenas temos de nos manter firmes e sempre com a determinação inicial.
Ter fé, é importante ter fé, mais não seja em nós.
Quando acreditamos, as noites tornam-se menos longas e mais aprazíveis.
Luta, vive, acredita. Faz acontecer!
eu gosto de pensar que sou feliz. saudavel, empregado, com uma familia nao muito disfuncional e amo e sou amado. mas sou da tua opiniao: ainda nao me sinto completo e acho que nunca ira acontecer. ainda assim acredito que a felicidade encontra-se nas pequenas coisas da vida. e as pessoas com menores ambiçoes ou expectativas encontram a felicidade mais facilmente que as demais.
ResponderEliminarlots of hugs teddybear
A gente vive constantemente em busca da felicidade, embora ela seja passageira e nunca estamos satisfeitos, sempre buscamos mais.
ResponderEliminarOtimismo é uma ótima ferramenta para dias melhores em busca da felicidade...
Forte abraço e felicidades em 2011.
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ResponderEliminarAs minhas felicidades são extraídas de pequenos gestos como dar um abraço, dar um beijo, olhar as nuvens, tirar uma foto, fazer um bolo... e digo as minhas felicidades porque acredito que existem vários tipos de felicidade, assim como existem vários tipos de amor.
ResponderEliminarPara cada momento existe uma felicidade certa que me transcende.
E à medida que o tempo se desenvolve, vamos descobrindo mais e mais formas de felicidade.
José Luís Peixoto torna isto mais claro, nas suas brilhantes palavras.
partilho aqui, se não te importares :P
ResponderEliminarJosé Luís Peixoto- Uma casa na escuridão
«Ser feliz por momentos é algo de que não se deve ter vergonha. Momentos que o fim torna ridículos. A felicidade, como o amor, é um sentimento ridículo. Mas a felicidade, como o amor, só é ridícula quando vista de fora. A felicidade, como o amor, só é ridícula antes ou depois de si própria. A felicidade são momentos que, no seu presente fugaz, são mais fortes do que todas as sombras, todos os lugares frios, todos os arrependimentos. Ser feliz em palavras que, durante essa respiração breve, mudam de sentido. E nem a forma do mundo é igual: o sangue tem a forma de luz, as pedras têm a forma de nuvens, os olhos têm a forma de rios, as mãos têm a forma de árvores, os lábios têm a forma de céu, ou de oceano visto da praia, ou de estrela a brilhar com toda a sua força infantil e a iluminar a noite como um coração pequeno de ave ou de criança. Momentos que o fim torna ridículos. Momentos que fazem viver, esperando por um dia, depois de todas as desilusões, depois de todos os arrependimentos e fracassos, em que se possam viver de novo, para de novo chegar ao fim e de novo a esperança e de novo o fim. Não se deve ter vergonha de se ser feliz por momentos. Não se deve ter vergonha da memória de se ter sido feliz por momentos.»
Não, não me importo. Até achei simpático e divertido da tua parte essa disponibilidade em citar José Luís Peixoto. :) Não tens de pedir desculpa. :D
ResponderEliminarÀs tantas, a nossa noção de felicidade nem é assim tão diferente. Como referi, não há a "felicidade", mas sim "momentos felizes". São meramente ilusórios, mas é a "felicidade" que está ao nosso alcance.
Volte sempre! :)
lots of love ^^
Gostei bastante deste texto!
ResponderEliminarComo eu gosto destes teus textos filosóficos.
ResponderEliminarNão podia concordar mais contigo. E digo-te mais, ainda bem nunca atingimos a felicidade plena, porque é essa lacuna que nos motiva a continuar a lutar por momentos felizes e por tornar felizes os que nos rodeiam. Acredito que não sou feliz, mas tendo para isso. É como uma assimptota (eu sei que não gostas de matemática!).
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