10 de outubro de 2010

Por Entre a Chuva


Não há nada melhor do que caminhar por entre a chuva. Senti-la na nossa pele. Sentir a liberdade de correr sem pressas e sem medo do que os outros possam pensar. Geralmente, nos filmes, as cenas mais românticas ou as cenas com chuva são associadas ao amor, à paixão e ao desejo profundo. Tudo isso sucede porque a chuva tem um encanto que lhe confere uma misticidade única. O brilho das luzes dos automóveis reflectido nas poças d'água aumenta a cor e a luz de uma cidade à noite. O som da chuva a cair nos beirais, o seu toque na janela ao acordar principiam um dia que se deseja mágico e feliz.
Não me incomodam os dias cinzentos e chuvosos. Por motivos de saúde, não é muito aconselhável que caminhe por entre a chuva. Quando a idade e a responsabilidade estão em lados opostos tudo é possível. Já caminhei por entre a chuva. Já senti o seu sabor a percorrer os meus lábios. Vivi intensamente esses momentos únicos. Contudo, o coração mantinha-se aquecido, impenetrável ao negro exterior. A chuva era um mero detalhe que embelezou o meu dia.
Caminhar com liberdade é o essencial. Caminhar por entre a chuva é uma sensação de corte com o normal.
Do lado de cá, tudo parece um fumo que se esvai com o pensamento.
O som continua.
A chuva cai lá fora.
A vida aguarda por viver.

5 comentários:

  1. Acontece que, o vimos nos filmes, poucas vezes acontece na realidade à chuva :S

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  2. bem Marta, mas se não andarmos à chuva é que não acontece mesmo.

    Boas constipações ;)

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  3. olha agora apanho chuva todos os dias quando saio de casa de manhã. lol não é muito romântico mas ok. lol a falar a sério, eu sei que é romântico estar com a pessoa que gostamos à chuva. É diferente. =P
    bem nunca vivi isso mas deve ser.

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  4. A chuva é necessária, mas incomodativa.
    O que é verdadeiramente agradável é ouvi-la "lá fora" e ainda mais, o cheiro da terra molhada, depois de uma boa chuvada.

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