Hoje dei por mim a olhar para uma fotografia tua que guardo com carinho. São pequenos pedaços como este que compõem o ser humano. É surpreendente a nossa capacidade de improvisarmos um pormenor, um simples detalhe, de forma a preenchermos aquele lugar vazio no nosso coração. Ao observar aquela mera fotografia, foi impossível não relembrar cenas que vivemos, lugares que frequentámos, sorrisos que partilhámos. O mar, só por si, tem o dom de me tornar mais melancólico. Aguça a minha atenção, focalizando-a no espaço físico que existe na minha mente. Olho para todo aquele infinito e lembro-me de ti.
A esperança permanece no meu ser. Agora, já não desejo amar-te como outrora. Gosto da tua presença e isso chega para mim, assim como chega para ti. É uma outra forma de amar, bem menos física, mas muito mais espiritual. É um amor sublime, que atingiu um patamar de pureza tal que não necessita de demonstrações palpáveis que atestem a sua existência. Creio que sei o nome que, usualmente, é utilizado para designar este sentimento que guardo em mim: Amizade. É esse o seu nome. É o que existe quando tudo o mais se esvaneceu à passagem do tempo. Um carinho imenso, recordações de afecto e o desejo, tímido, da presença.
Encerro um capítulo das nossas vidas. Guarda-o tu, também.
Resta o philos...
ResponderEliminarlindo como tu
ResponderEliminare que venham mais capítulos. Abraço
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