11 de fevereiro de 2010

Vida para além da morte

Um dos temas que mais intriga toda a Humanidade. Em todos os tempos, várias civilizações estabeleceram a crença numa vida além túmulo. Encontramos vestígios dessas crenças, analisando os seus monumentos fúnebres e os rituais de passagem. Os antigos egípcios mumificavam os membros mais importantes da sociedade, de forma a garantir-lhes um lugar junto dos deuses.
Com o aparecimento do Cristianismo, a crença na vida além túmulo ganhou outro impulso. Os deuses foram substituídos por um Deus e, ao lugar dos Deuses, foi dado o nome de Paraíso celeste ou céu (senso comum).
No século XIX, um espírita francês, cujo pseudónimo é Allan Kardec, codificou aquilo a que chamou a Doutrina Espírita. Desde cedo, o pai sempre me falou acerca deste homem e dos livros que deixou publicados. Entre outros do mesmo autor, comprei o Livro dos Espíritos. O livro, segundo Kardec, são ensinamentos dados por Espíritos Superiores aos homens, por intermédio de médiuns. Nele, está explicitado o processo da vida e da passagem para o mundo imaterial.
Não é uma leitura fácil, podendo mesmo ferir a susceptibilidade de pessoas mais sensíveis. Para quem tem medo de espíritos ou "fantasmas" é totalmente desaconselhado por mim.
Li o livro não como crente, mas sim como alguém que se interessa por diversos pontos de vista, assim como já li a Bíblia e quero começar a ler o Alcorão.
A mãe não gostou, quando soube que estava a ler este género de livros. Disse, e com alguma razão, que podem sobreexcitar a minha cabeça. Já o pai achou o máximo (ele acredita na vida além túmulo). De facto, com o Memorial do Convento de José Saramago para ler (programa do 12º ano), bem que o Livro dos Espíritos podia esperar.
É um tema que suscita a minha curiosidade e divide a Humanidade. Em todas as crenças, em todas as religiões e em todos os tempos, milhões acreditaram e acreditam que a morte física não significa nada. Outros tantos acreditam que é o fim de tudo. Há fenómenos físicos inexplicáveis pela Ciência, o que faz a religiosidade ganhar adeptos.
A morte continuará a ser um dos maiores enigmas da Humanidade.

4 comentários:

  1. Fico sempre muito satisfeito quando leio algo de mais profundo e analítico num blog de um jovem como tu; pois a vida é um imenso manancial de coisas e é bom ter opinião sobre diversos temas e não nos limitarmos ao dia a dia.
    Este assunto de que falas é para mim, "incómodo", pois sendo um mistério o que está para além da morte, só a fé pode ajudar a compreender melhor esse fenómeno. Portanto, e devo confessá-lo, por vezes prefiro ficar na posição sempre cómoda (demasiada), de não pensar muito no assunto.
    Abraço amigo.

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  2. Pinguim :) eu gosto de abordar estes assuntos mais sérios, para além de temas culturais. É a tal ambiguidade que eu tenho. Sou indefinível. :PP
    A morte sempre me causou dúvidas e incertezas. Ainda busco incessantemente a verdade. :)
    Abraço também para ti. :)

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  3. Pois, mas podes ler "O Memorial do Convento" tem coisas interessantes sobre o assunto, a Blimunda tem visões... e mais não digo, terás tu que descobrir.

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  4. Vou começar a ler nas férias da Páscoa, ou mesmo durante estes dias. Eu gosto imenso de Saramago, mas ainda não tive paciência.
    (Já tenho o Caim na prateleira)

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