No nosso terceiro dia, tínhamos programado ir ao Palácio de Versailles, um indispensável numa viagem a Paris, embora não fique exactamente em Paris, senão nos arredores da cidade, quiçá a uns 20 km. Há transportes públicos, designadamente comboio suburbano, mas, ao sabermos da greve, convocada de forma súbita, achámos melhor ir de Uber. Um trajecto que se faz muito bem e não é caro. Para azar nosso, e contrariamente àquilo que nos haviam dito (de que o Palácio não fecharia), sim, estava fechado. Deixaram-nos entrar apenas nos jardins, que também não explorámos muito devido à chuva e ao frio. Convém dizer que arriscámos ir ao Palácio sabendo da greve porque já levávamos os bilhetes comprados desde Espanha -eu planifico tudo-.
![]() |
Os famosos jardins de Versailles |
Depois do almoço, fizemos um tour pela cidade onde ocorreu a Revolução Francesa: Paris, naturalmente, mas focando-nos nos locais emblemáticos da Revolução de 1789, por exemplo, a Praça da Concórdia, onde Luís XVI e Maria Antonieta foram executados.
![]() |
A Praça da Concórdia com o imponente Obelisco de Luxor |
Terminando o tour, subimos os Campos Elísios e encerrámos o dia no Arco do Triunfo. A semelhança entre os Campos Elísios e a Avenida da Liberdade é tremenda. Os Campos Elísios são maiores, entretanto, a configuração, o design, das avenidas é igual.
![]() |
Os maravilhosos Champs-Élysées |
Foi claramente uma inspiração para os obreiros da principal avenida lisboeta. Estavam lindíssimos, decorados de Natal. A quantidade de lojas de luxo é impressionante. Ali, é possível gastar milhões de euros numa única noite.
Nostalgia de quando estive em Paris há muitos e muitos anos
ResponderEliminarAbraço amigo e bom 2025
Tens de voltar, amigo. É tão perto.
EliminarUm abraço e feliz ano!
Já não vou a Paris há mais de 10 anos! Terei de voltar, até porque ainda não conheço Versalhes, e quero muito.
ResponderEliminarOlha que Versalhes não é, pelo menos na minha opinião, o que se espera. Achei muito fraquinho. O mais interessante é a sala dos espelhos (eu voltei noutro dia para entrar, já que neste não pude pela greve). O nosso Palácio de Queluz não fica atrás.
EliminarMas em escala esse é bem maior. Queluz é quase uma "casinha de bonecas". É a ideia que tenho.
EliminarSim, e é uma ideia correcta. Em escala, Queluz não tem nada que ver. Eu, contudo, esperava mais opulência.
EliminarUm bom ano para vós. Que tudo vos corra da melhor maneira possível.
ResponderEliminarDe regresso, espero poder continuar a comentar o que me for possível.
Quanto à cidade de Paris, é algo que me traz de volta à minha juventude e ao tempo em que ali vivi durante algum tempo.
É sempre um "come back", que não o da Gloria Swanson do Sunset Boulevard!!!! lol
Não estou nada de acordo consigo na sua opinião de Versailles, pois o nosso Queluz não mais é que uma pálida, e mesmo muito pálida aproximação do palácio francês, se é que alguém pretende estabelecer algum paralelo entre estes dois edifícios. Aquele é magnífico na sua opulência, quer do recheio, quer na qualidade da sua construção ou mesmo na sua extensão. Quanto aos jardins é de se ficar de boca à banda, se acaso não se ficou com o interior da residência ... eu fiquei, e olhe que os conheço de quase toda a Europa.
Mas é a minha opinião, claro.
Talvez, se visitar o palácio sob diferentes circunstâncias, acabe por ter uma opinião diferente daquele palácio, que é o primeiro da Europa em quase todos os sentidos.
O palácio foi esvaziado de todas as suas maravilhas (que hoje fazem as maravilhas de quem visita o Louvre), que foram vendidas ao desbarato após a revolução francesa, e só com muito esforço este espaço foi ganhando a dignidade que hoje possui. E este esvaziamento do palácio fez-se porque, igualmente, se pensava vendê-lo, ou mesmo demoli-lo, para que mais nenhum membro de famílias reais voltasse a habitá-lo, o que realmente se verificou; mais nenhum membro da realeza francesa, ou outra, o habitou posteriormente. Mas, felizmente, não foi demolido, perder-se-ia uma joia arquitetónica fantástica.
Possui centenas de quartos e salões, todos eles ricamente decorados. Possuiu durante muito tempo vasto número de peças de mobiliário em prata maciça, em que parte dele foi derretido para Luís XIV fazer face aos custos da Guerra dos Nove Anos. Para não falar nas pedras preciosas e semipreciosas que ornamentavam os serviços de mesa reais, em prata e ouro. Os tecidos riquíssimos que revestem os interiores, as talhas e as esculturas que se espalham por centenas de salas fazem deste palácio um edifício ímpar no que toca ao que melhor as artes decorativas tinham para oferecer durante os séculos XVII e XVIII.
Decididamente, o nosso Queluz, é uma muito pálida imagem, e, ainda por cima, o seu interior, hoje, deixa muito a desejar, mas também, o preço que custa manter estes palácios é proibitivo, há coisas mais importantes a que é necessário atender. Eu sou apologista a que se pague para entrar e visitar estas residências, e que este dinheiro seja utilizado (não chega, eu sei) para recuperar os edifícios.
Mais uma vez, deixo-lhe aqui os desejos de um bom ano para vós. Cuidai-vos, pois ninguém o fará por vós.
Manel
Olá, Manel.
EliminarEm primeiro lugar, um feliz ano de 2025!
Foi a comparação que me ocorreu, sem prejuízo da diferença abissal entre ambos, até no tamanho. O que quis dizer, em suma, é que Versalles me desiludiu.
Pois então, não sei se fecharam essas salas e guardaram todos esses tesouros, porque não os vi. A horda de turistas também não ajuda, uma vez que dificulta que possamos apreciar os lugares devidamente. Como calcula, estava apinhado de gente. O percurso que fizemos foi bastante rápido, atendendo àquilo que estava aberto para ver.
Relativamente aos jardins, não fiquei impressionado, quiçá pela chuva e pelo frio extremo que se fazia sentir. Imagino que a perspectiva seja diferente num dia de sol.
Cumprimentos! Que este ano seja frutuoso!