17 de janeiro de 2025

Paris IV (Louvre e Sena).


  No nosso quarto dia em Paris, fomos ao Louvre, inevitavelmente. O Louvre é imenso, tem mais de 35.000 obras, pelo que decidimos fazer a visita com uma guia especialista em arte -para conhecer o fundamental-, e depois, por nossa conta, explorar o que desse. É realmente assim, o que der. A minha recomendação, para quem nunca foi ao maior museu do mundo, é para que faça uma visita guiada e, a par disso, uma selecção das obras a ver, caso o/a guia falhe alguma. Foi o que eu fiz (às vezes ter TOC tem as suas vantagens).


A magnífica Vitória de Samotrácia


     Não é necessário dizer que nos levou o dia inteiro. De manhã, à primeira hora, ao final da tarde. Saí quando comecei a sentir algum esgotamento. Almoçámos por lá, naturalmente. Fica tudo dito quanto ao Louvre porque é sobejamente conhecido. Vale muito a pena. Não desaponta. O pior são as hordas de turistas. Na sala da Gioconda quase não se pode entrar. O perímetro de segurança nem sequer permite que nos aproximemos. A meu ver, há outras obras no museu mais interessantes (e menos cobiçadas).


A Torre vista do barco


    À noite, e uma vez que estávamos cansados, resolvemos ir passear de barco pelo Sena (os bilhetes foram comprados em Espanha, com dia em concreto a determinar por nós). Foi das actividades mais prazeirosas na Cidade Luz, devo confessar-lhes. Fazia muito frio, mas foi tão bonito. Percorrer o Sena, ver a cidade e os monumentos ao longo das margens, até terminar na Torre Eiffel, dignamente decorada. Um encanto. Se forem a Paris, eu aconselho o trajecto de barco, que podem -e devem- comprar com antecedência. Se vão com alguém em plano romântico, é do melhor. É apenas a minha opinião. Cada um faz o que quer.

4 comentários:

  1. Mark, este museu é uma tarefa sem fim. Ando há anos a vê-lo, bocadinho a bocadinho, nunca me atrevo a tentar sequer ver muito de cada vez, pois perco metade das coisas, canso-me e vou-me embora com uma sensação de frustração.
    Levei semanas de seguida a vê-lo, dividindo-o por coleções e por autores de que eu gosto mais, e ainda não está todo visto como gosto de o fazer.
    Talvez qualquer dia ....
    O que gosto mesmo muito de ver em Paris são as casa-museu, que as há em grande quantidade, como a Jacquemart-André, o Guimet, a Cognacq-Jay e o Nissim de Camondo, para só citar algumas poucas, pois são em grande quantidade.
    Parece que irão transformar em casa-museu a célebre mansão da marquesa de Paiva, uma famosa cortesã do século XIX, com título português, mas que de portuguesa não tinha nada, pois era uma aventureira nascida na Rússia, no entanto, para possuir um título casou com um arruinado nobre português, daí o seu nome. Parece que a mansão já praticamente nada possui do recheio original, que era faustoso, com todo o moderno conforto da época, e causou brado na capital parisiense, de tal forma que até o imperador Napoleão III a visitou uma vez, tal a sua curiosidade. E olhe que para um imperador visitar a casa de uma concubina, ou uma demi-mondaine, como se dizia, era algo de completamente inusitado e até a raiar o escândalo social da puritana classe aristocrática parisiense do Segundo Império.

    Quanto aos passeios de "Bateaux-Mouches" pelo Sena, para mim nunca funcionaram, para além de serem caros. Ver as coisas a correr, com alguém a enumerar coisas, datas e factos não fazem o meu gosto. Uma das vezes fi-lo por forma a que incluísse uma refeição a bordo, novamente me arrependi, pois além de caro, a refeição foi uma porcaria.
    Fiz isso duas ou três vezes, mas nunca mais. Prefiro andar pelas margens do Sena, quedar-me e picnicar no "Vert Galant" na Ilha de Saint Louis, por exemplo, o que sempre me deliciou.
    Quantas vezes eu passava pelas ruas desta ilha parisiense, espreitando, invejoso, para os interiores opulentos das mansões, imaginando que algum dia ali poderia pernoitar ... nunca aconteceu, nem creio que venha a suceder.
    Enfim, ainda bem que se divertiu.
    Continue, e um bom ano cheio de passeios, é o que lhe desejo
    Manel

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    1. Olá, Manel.

      O Louvre é imenso. Vimos o que pudemos. Além da visita guiada, já levávamos previamente uma lista das obras que queríamos ver, caso a guia falhasse alguma, o que se veio a verificar. Na visita guiada não nos mostrou o Código Hammurabi. Vimo-lo depois, “por nossa conta”. Entre outras.

      Relativamente ao passeio pelo Sena, não foi assim. Ninguém enumerou nada, nem sequer falou. As pessoas iam sozinhas, sentadas (ou em baixo, ao quente, ou por cima), e em silêncio. Por isso teve encanto. Ou seja, não foi uma visita guiada. Foi um trajecto de barco. Eu gostei muito.

      Obrigado pelas sugestões para uma inevitável segunda visita a Paris.

      Cumprimentos!

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  2. Momento nostálgico mesmo (com muitas saudades mesmo)
    Quem sabe se um dia não voltarei, mas ainda há tantos lugares que eu quero conhecer... Repetir fica uma sensação de...
    Abraço amigo

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    1. Penso exactamente da mesma forma. Há pessoas (e não as critico) que vão várias vezes à mesma cidade. Tinha uma colega que fora pelo menos 11 vezes a Paris.

      Eu já comecei tarde a viajar, há muito mundo por ver, e repetir, se o fizer, será daqui a muitos anos. Preciso correr atrás do tempo perdido.

      Um abraço, amigo.

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