9 de outubro de 2023

Conflito israelo-árabe.


    O Hamas lançou o maior ataque de sempre a Israel. Há décadas que o Estado hebreu não era ferido de forma tão dramática, com tomada de reféns e ocupação de partes do seu território. Perguntamo-nos como é possível que os serviços de inteligência israelitas tenham falhado tanto. 

    Eu sou pró-Israel e sionista. Quero que fique assente desde já. Há uma certa esquerda que defende a Palestina, e que omite, por ignorância ou intencionalmente, que aquela terra já pertencia aos judeus muito antes de surgir o Islão. Os judeus foram expulsos durante séculos pelos babilónios, assírios, romanos, e voltaram, progressivamente, à sua terra, ao longo do século XX. A ONU definiu um plano de partilha da Palestina findo o mandato britânico que os árabes não aceitaram. No dia seguinte à declaração de independência de Israel, uma coligação árabe invadiu o recém-criado Estado. A história de Israel desde 1948 até hoje tem sido de defesa da sua integridade territorial e de tentativas, mais ou menos frutuosas, de se legitimar no mundo árabe. Tem aumentado as fronteiras no seguimento das vitórias que logra perante os ataques ao seu território. Não é um inédito de Israel. Geralmente, os vencedores das guerras aumentam o território com as conquistas.

     Uma vez mais, prevê-se uma resposta contundente de Israel, não se sabendo ao certo o que fará respectivamente à Faixa de Gaza, o reduto problemático. A guerra, porém, não começa agora. A guerra tem sido uma constante desde 1948. É talvez o conflito cujo final menos se vislumbra. Reitero, contudo, que são os árabes os responsáveis por todas estas matanças, ao não reconhecerem em absoluto o direito do povo judeu a ter uma terra à qual possa chamar de sua.

8 comentários:

  1. Quem financiou o Hamas, se não o próprio Estado de Israel?

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    1. Quis dizer Irão, só pode. Deve ser uma gafe. Lol

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  2. De facto, está narrado na Bíblia que a Terra de Israel pertence ao povo Judeu.
    É o que dá ter vizinhos Islâmicos e Comunista à porta.
    Mas a Europa é Agnóstica e Ateia e até grita: Que eles não são todos iguais
    Segundo sinal dos céus, segundo as teorias da Conspiração, creio que ainda virá mais um antes da Guerra da Ucrânia terminar... Afinal, serão 3 anjos a descer à Terra antes desta colapsar
    Abraço amigo

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    1. Olá, amigo.

      Pois está claro que pertence. Aquela terra sempre foi dos judeus. Foram expulsos ao longo dos séculos.

      Um abraço,
      Mark

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  3. Seguindo o teu raciocínio se calhar então é melhor entregarmos o sul do nosso país aos árabes. Originalmente era deles.

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    1. Não, não era. A península foi invadida pelos árabes em 711 da Era Cristã. ;)

      Mark

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  4. Qualquer ataque a uma região onde vivem civis que não podem defender-se é de condenar, sejam eles quem forem.
    Eu, como descendente de uma família judaica, tenho à partida uma predisposição que não é de todo neutral. Assim, sou apologista da existência de um estado judaico; nem poderia pensar doutra forma depois de conhecer a história dos judeus, sabendo eu que estas pessoas foram seres errantes, tendo-se espalhado pela terra inteira, e, por terem ocupado camadas importantes da sociedade, não só intelectual como economicamente, porquanto detinham nas suas mãos o comércio e a banca, tendo na sua mão economias inteiras de reinos. Mas a isto foram empurrados, pois as leis dos povos onde eles se inseriam não lhes davam outra hipótese.
    Eu, conhecendo a história da minha família, sei que sofreram na pele durante séculos o facto de serem judeus, tendo inclusivamente sido assassinados pelo facto.
    E tudo isto por causa da religião católica, que denegriram esta raça por ter sido ela a causadora dos sofrimentos de Cristo, e, como tal, foram perseguidos de todas as formas e feitios, muito especialmente na Península Ibérica; não quero trazer aqui a perseguição a que foram sujeitos no século XX, porque esta foi feita por razões diferentes, exteriormente e aparentemente, por uma questão de superioridade rácica (como se os judeus fossem uma raça à parte, que não são, antes pessoas que comungam de um credo diferente), mas, na verdade, porque se prendiam com o poderio económico que detinham nas suas mãos.
    Acabei de ler há pouco tempo uma obra em dois volumes, "A Aldeia das Almas Desaparecidas", de Richard Zimler, que se dedica a este tema. Não sendo uma literatura de primeira qualidade, dá ideia como se vivia na Península Ibérica durante o período da Inquisição, e do sofrimento infligido sobre esta população pelos poderes da igreja.
    Que mereciam ter, finalmente (!), um local onde se estabelecer, creio que sim; que para isso tivessem de expulsar outro povo que aí vivia, bem, aqui o processo é discutível.
    Não sei da solução nem da metodologia usada, mas sei que a situação presente é insustentável. Toda a formação do estado de Israel é algo que, para mim, sempre foi considerada importante e viável, e os primeiros dirigentes, pessoas fascinantes - sou do tempo ainda de Golda Meir, por quem tive (e continuo a ter) o maior respeito e admiração, assim como outros históricos do regime, sobre os quais, agora, não me quero debruçar.
    Que os palestinianos, presentemente, vivem em condições desumanas, é verdade, e condenável, que não se pode misturar tudo no mesmo saco, também não creio que se possa, pois palestinianos são uma coisa, Hamas outra.
    Que os palestinianos possam estar de acordo com o ataque que foi perpetrado, até creio que estejam, mas eu, na sua condição, talvez o estivesse igualmente. Erros passados propagam-se e tendem a perpetuar-se pelo presente e pelo futuro, inquinando estes.
    Que este ataque, da forma que foi feito, é de condenar, com certeza que o é, em prol da humanidade, e não por ser Israel ou outro país qualquer. Estes ataques sobre pessoas inocentes, e sem capacidade de defesa não têm qualquer justificação, seja ela qual for.
    Por tudo isso, e independentemente dos povos em causa, condeno tanto esta situação como outra qualquer que se passe noutra parte qualquer do globo, como é o caso dos ataques à Ucrania, ou outros que se passam todos os dias, mas que, porque não interessam ao mediatismo dos povos e aos interesses instituídos, nós nem sequer sabemos, ou só são falados num parênteses qualquer da comunicação social.
    Espero que estejam bem e assim continuem, neste mundo feito de injustiça e violência
    Manel

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    1. Olá, Manel.

      Como acontece frequentemente, ao escrever esta publicação perguntei-me quais seriam as suas palavras. Julguei que estivesse perante um grande apoiante da Palestina (não me pergunte o porquê; just feelings), e afinal o Manel, como eu, tem antepassados judeus. Os meus estão bem lá atrás e chegaram ao meu conhecimento através de relatos. Mas quem mo disse já não é desse tempo também. A bem ver, até suponho por que razão julguei que o Manel fosse pró-Palestina; o movimento LGBT está com a Palestina, quando -é curioso- em Israel têm liberdade de se manifestar, e na Palestina nem sei se terão liberdade para um último discurso antes do enforcamento / decapitação. Lapidação? Não sei. Algum dos três.

      A violência todos condenamos, presumo. Há é que ver de onde vem, e tem vindo dos vizinhos árabes de Israel. Desde 1948 que Israel têm reagido ao contínuo assédio de povos que não respeitam o seu direito a existir. Israel é o país, presumo, com maior gasto militar comparativamente ao PIB. Não pode ser de outra forma. Têm de se armar, têm de lutar pela sua soberania. É um Estado em permanente sobressalto. Israel aceitou o plano da ONU para aquele território comum com os árabes. É sabido quem não aceita o quê e porquê. A paz não existe pela intransigência árabe. Depois, claro, quem sofre são os civis.

      Cumprimentos, e obrigado pela sugestão de leitura.
      Mark

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