Durante a minha estadia no Algarve, um amigo levou-me a um parque de diversões aquático pela primeira vez. Eu não sou nada aventureiro, nada. Ver aquelas atracções todas, com escorregas, montanha russa, pistas etc, encheu-me de medo. Não queria ir, mas com tanta insistência acabei por aceitar. Além disso, e embora não seja nada aventureiro e corajoso, sou tremendamente curioso, e há um lado em mim que quase me obriga a viver certas experiências para ter o que contar.
O parque fica situado em Quarteira. É enorme, e eles dizem -o meu amigo corroborou- que é o mais completo do país. Está dotado, a par das atracções que o tornam apetecível, de piscinas: tropical, para nadar e uma que, de tempos a tempos, gera ondas artificiais. Dispõe ainda de uma piscina-jacuzzi de água quente com tempo cronometrado, senão muitos (incluindo eu) não sairiam dali.
Das ditas atracções, umas são pistas individuais sem bóia, ou seja, lançamo-nos sem qualquer acessório; depois há aquelas individuais com bóia e algumas que permitem duas ou mais pessoas numa bóia. Escusado será dizer que eu não me atrevi a entrar em nenhuma individual, por medo, e fiz praticamente todas a dois ou mais (éramos três). E fui à montanha russa.
O que mais receio me provocou foi a velocidade que as bóias atingem. Impulsionadas pela água (algumas com jactos), aquilo vai por ali afora de modo descontrolado. A bóia gira, inclusive pode-se virar, e nós no meio. Não houve nenhum momento em que me tenha sentido em perigo -é um parque moderno, concorrido, com fiscalização. É aquela sensação de descontrolo e desgoverno, aliados à novidade, que me fizeram ficar apreensivo. Longe vão os tempos daqueles parques aquáticos em Portugal que levaram à morte de duas crianças.
Em que atracções andei? Pois bem, foram elas: o Riverslide, o Shark Slide, a Montanha Russa, o Thunder Cruise, o Mammothblast e o Lazy River, mais as piscinas. Houve alguns em que, mesmo acompanhado, não tive coragem de me meter. Para mim e para uma primeira vez, foi mais do que poderia esperar (acreditei que nada faria).
Uma vez que andamos pelo parque, que é extenso, e deixamos os nossos pertences por ali mesmo, nos vários jardins habilitados para o efeito, não levei o telemóvel, por precaução. Assim mesmo, eles têm um staff encarregue de nos tirar fotos (que depois vendem a um preço escandalosamente elevado para o que é). Porque foi um inédito e provavelmente não me meterei de novo em algo assim, comprei as minhas fotos na montanha russa e na piscina de ondas. Duas recordações.
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